Infarto









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O infarto ou enfarte é a consequência máxima da falta de oxigenação de um órgão ou parte dele.[1]
Quando existe uma lesão arterial que diminua a irrigação de um órgão, este órgão passa a sofrer de isquemia. Se o problema arterial não for resolvido rapidamente então dá-se o que se chama de "enfarte" - as células morrem. Assim, enfarte é sinônimo de necrose. Quando o enfarte não atinge todo um órgão, a zona de necrose está rodeada por uma zona de isquemia onde a diminuição do fluxo arterial põe as células em sofrimento, mas não é suficientemente grave para provocar necrose. O infarto do miocárdio ocorre quando parte desse músculo cardíaco deixa de receber sangue pelas artérias coronárias que os nutrem. Quando isso acontece, a parte do músculo que não é eliminada deixa de funcionar, o que pode levar a pessoa a morte.[carece de fontes?]


Os órgãos mais acometidos por esta complicação são o miocárdio e cérebro (ver artigos detalhados: Enfarte cardíaco e AVC), no entanto qualquer órgão do corpo humano pode ser alvo deste problema. Por exemplo, numa oclusão intestinal por aderências, as aderências provocam uma torção de uma ansa intestinal, comprometendo a sua circulação, levando primeiro a isquemia e depois necrose com rotura da ansa e a peritonite concomitante. Outro exemplo seria o caso muito raro numa cirurgia da aorta abdominal, na qual uma complicação levaria a um infarto medular.


A aterosclerose com estenoses severas produz isquémia, como acontece nas artérias dos membros inferiores ou nas artérias mesentéricas. Esta última situação é responsável por muitos quadros de abdómen agudo na pessoa idosa. Já nos membros inferiores a necrose de uma extremidade só acontece quando várias artérias estão completamente obstruídas pois existem anastomoses que conseguem irrigar a distalidade. Por exemplo para que se dê a necrose do pé é necessário que as três artérias tibial anterior, tibial posterior e peronial estejam ocluídas e que não tenha havido tempo para desenvolver uma rede colateral eficaz. Nestes casos é habitual utilizar também a palavra gangrena como sinónimo de necrose.[2]



Referências




  1. Braunwald, Tratado de Cardiologia 8e. edição espanhola, Elsevier, 2009 ISBN 978-8480863766


  2. Harrison's Principles of Internal Medicine, 17th Edition (Harrison's Principles of Internal Medicine, 17e. edition, Mc Graw Hill, 2007 ISBN 0071466339



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