Censo demográfico





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O censo ou recenseamento demográfico é um estudo estatístico referente a uma população que possibilita o recolhimento de várias informações, tais como o número de homens, mulheres, crianças e idosos, onde e como vivem as pessoas. Esse estudo é realizado, normalmente, de dez em dez anos, na maioria dos países.


Segundo a definição da ONU, "um recenseamento de população pode ser definido como o conjunto das operações que consistem em recolher, agrupar e publicar dados demográficos, econômicos e sociais relativos a um momento determinado ou em certos períodos, a todos os habitantes de um país ou território".




Índice






  • 1 Censo no Brasil


  • 2 Censo em Portugal


  • 3 Em outros países lusófonos


  • 4 Características do recenseamento


  • 5 Fases do recenseamento


  • 6 Referências


  • 7 Ver também


  • 8 Ligações externas





Censo no Brasil |



Ver artigo principal: Censo demográfico no Brasil

No Brasil, o responsável pelos censos demográficos é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), desde 1936, quando o instituto foi criado, realizando em média a cada dez anos o Censo Demográfico. O primeiro censo foi realizado no ano de 1872, seguido pelos de 1890, 1900 e 1920.


Os censos demográficos são planejados para serem executados nos anos de finais zero, ou seja, a cada dez anos. Desta forma o último censo realizado no Brasil foi no ano de 2010. No intervalo entre dois censos demográficos, realiza-se a contagem de população. Todavia, por questões orçamentárias e financeiras, a contagem planejada para 2005 só foi concretizada em 2007, realizando-se simultaneamente ao Censo Agropecuário.[1]



Censo em Portugal |



Ver artigo principal: Censo demográfico em Portugal

Em Portugal, as primeiras contagens populacionais recuam ao tempo de D. Afonso III (1260–1279) e D. João I (1421–1422), restringindo-se ao apuramento dos homens aptos para a guerra («Rol de Besteiros»).[1] A primeira contagem populacional de âmbito geral seria feita apenas em 1527, no reinado de D. João III, com base predominantemente nos fogos, do que resultou um arrolamento de 1 262 376 portugueses.[2] Outras recolhas se seguiram, de âmbito geral ou restrito, como a «Contagem de Homens Válidos» ou «Resenha de Gente de Guerra» de 1636–1639 (sob Filipe III), o «Censo do Marquês de Abrantes» de 1732–1736 (sob D. João V) ou o «Censo de Pina Manique» de 1776–1798 (sob D. Maria I)[1][2]


As primeiras contagens da população que se aproximam do conceito moderno de recenseamento só apareceram no século XIX. A primeira destas (Censo de [1802]) foi feita com base em números fornecidos pelas autoridades eclesiásticas das paróquias, opção da Coroa explicável pelo facto de que, em contraste com a debilidade da presença do Estado, a Igreja mantinha registos detalhados do percurso dos indivíduos (batismos, casamentos, óbitos).[3] Nestas condições, os dados enviados reflectiam a organização eclesiástica da altura (dioceses, isentos e paróquias), tendo a Coroa solicitado a reordenação dos dados segundo as circunscrições administrativas de então (províncias, comarcas e concelhos).[4]


Apesar do reforço dos poderes e da presença do Estado a seguir às Reformas Liberais (que dividiu o país em províncias, distritos, concelhos e freguesias), a máquina administrativa continuou débil ao nível local, pelo que no censo de 1849 foi ainda necessário recorrer aos párocos como fonte primária de informação.[5]


O I Recenseamento Geral da população portuguesa, regendo-se pelas orientações internacionais da época (Congresso Internacional de Estatística de Bruxelas de 1853), realizar-se-ia apenas em 1864, marcando o início dos recenseamentos da época moderna. Embora as orientações seguidas indicassem já que os recenseamentos deveriam ser realizados a cada 10 anos, o censo seguinte apenas se realizou em 1878, seguindo-se-lhe o de 1890. A partir de então os recenseamentos da população têm vindo a realizar-se, com algumas excepções (ditadas por diferentes circunstâncias), em intervalos regulares de 10 anos[1][6]: 1900, 1911[7], 1920, 1930, 1940, 1950, 1960, 1970, 1981[8], 1991, 2001 e 2011.



Em outros países lusófonos |


Em alguns países foram realizados recenseamentos durante o período colonial, em 1930 em Moçambique e em 1950 nos restantes. Actualmente, em Portugal e em Moçambique, os responsáveis pelos censos são os Institutos Nacionais de Estatística de cada país.



Características do recenseamento |



  1. É projetado e executado sob os auspícios (proteção, direção, conselho…) do Governo, logo, obrigatório responder;

  2. Universal - são contados uma única vez todos os habitantes do território;

  3. Simultaneidade de recolha de informações, que se referem todas a um período bem determinado. Isto é, realizado ao mesmo tempo em todas as zonas do país, para evitar duplas contagens.

  4. Recolha com base no indivíduo, das informações nele contidos sobre a população recenseada- as pessoas são contadas na sua residência e são criados boletins para cada indivíduo.

  5. Âmbito territorial bem delimitado, em que assenta a contagem da população- realiza-se o recenseamento no território de um país, podendo fazer-se em embaixadas (que são consideradas território de um país) e pessoas que vão a bordo de aviões portugueses, etc., no dia do recenseamento.

  6. Elaboração periódica dos dados- hoje em dia os dados não são guardados em segredo, encontrando-se à disposição de todos.

  7. Realização periódica (habitualmente, de 10 em 10 anos).


A contagem e a recolha periódica de informações relativas à população não é algo de novo. Ao longo da História do Homem têm-se registrado esforços para recolher periodicamente informações relativas à população.



Fases do recenseamento |



  1. Notação e recolha;

  2. Compilação e verificação;

  3. Apuramento e publicação dos dados.



Referências




  1. abc Instituto Nacional de Estatística (2009) – "História dos Censos em Portugal".


  2. ab Nuno Valério, coord. (2001) – "Estatísticas Históricas Portuguesas, vol. I", p. 33 (ficheiro: p. 32). Lisboa: Instituto Nacional de Estatística.


  3. Luís Nuno Espinho da Silveira, coord. (2001) – "Os Recenseamentos da População Portuguesa de 1801 e 1849: Edição crítica, vol. I", p. 26 (ficheiro: p. 27). Lisboa: Instituto Nacional de Estatística.


  4. Luís Nuno Espinho da Silveira, coord. (2001) – op. cit., pp. 26-27 (ficheiro: pp. 27 e 34).


  5. Luís Nuno Espinho da Silveira, coord. (2001) – op. cit., p. 33 (ficheiro: p. 44).


  6. Instituto Nacional de Estatística (2009) – "Censos em Portugal de 1864 a 2001".


  7. Atraso provocado pela perturbação resultante da implantação da República em Outubro de 1910. Cf. Instituto Nacional de Estatística (2009) - "1911 - 1 de Dezembro (V Recenseamento Geral da População)".


  8. Adiado de Dezembro de 1980 para Março de 1981 de modo a ficar em consonância com o calendário censitário (de 1 de Março a 31 de maio de 1981) em vigor nos países da Comunidade Económica Europeia, a que Portugal pretendia aderir. Cf. Instituto Nacional de Estatística (2009) - "1981 - 16 de Março (XII Recenseamento Geral da População) (II Recenseamento Geral da Habitação)".



Ver também |



  • Recenseamentos gerais da população em Portugal

  • Recenseamentos gerais da habitação em Portugal

  • Instituto Nacional de Estatística (INE)

  • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

  • Contagem de população



Ligações externas |




  • Introdução à demografia com os dados do Censo (em português). Revista Nova Escola.


  • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. XII Censo Demográfico - 2010.




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