Moita




Coordenadas: 38º 39' N 9º 0' O



Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Moita (desambiguação).









































































Moita

Brasão de Moita

Bandeira de Moita




Gaio-Rosário-Praia.jpg
Praia do Rosário, na freguesia de Gaio-Rosário


Localização de Moita

Gentílico

Moitense

Área
55,26 km²

População
66 029 hab. (2011)

Densidade populacional
1 194,9  hab./km²

N.º de freguesias
4

Presidente da
câmara municipal
Rui Garcia (CDU)

Fundação do município
(ou foral)


1691

Região (NUTS II)

Lisboa

Sub-região (NUTS III)

Península de Setúbal

Distrito

Setúbal

Província

Estremadura

Orago

Nossa Senhora da Boa Viagem

Feriado municipal

Terça-feira após o segundo Domingo de Setembro

Código postal
2860

Sítio oficial

www.cm-moita.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg

A Moita é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito de Setúbal, região de Lisboa e sub-região da Península de Setúbal, com cerca de 17 600 habitantes.


É sede de um município com 55,26 km² de área[1] e 77. 600 habitantes.


00 habitantes (2011),[2][3] subdividido em 4 freguesias.[4] O município é limitado a norte, através de baixios do estuário do Tejo, pela área principal do município do Montijo, a nordeste também pelo Montijo, a sudeste e sul por Palmela e a oeste pelo Barreiro.




Índice






  • 1 Caracterização


  • 2 População


  • 3 Freguesias


  • 4 História


  • 5 Artesanato


  • 6 Gastronomia


  • 7 Património


  • 8 Política


    • 8.1 Eleições autárquicas


    • 8.2 Eleições legislativas




  • 9 Geminações


  • 10 Ligações externas


  • 11 Referências





Caracterização |


O concelho da Moita, território integrante da Área Metropolitana de Lisboa, situa-se na margem esquerda do Estuário do Tejo, com uma frente ribeirinha superior a 20 km. Com exceção do Vale da Amoreira, todas as outras freguesias (Alhos Vedros, Baixa da Banheira, Gaio-Rosário, Moita e Sarilhos Pequenos) estão em contacto com o rio.


A nova centralidade e a acessibilidade trazidas pela construção da Ponte Vasco da Gama constituem um trunfo no posicionamento deste concelho na região de Setúbal, nomeadamente para a valorização dos seus recursos naturais e zona ribeirinha, constituindo um atrativo para a instalação de novos equipamentos, empresas e residentes. Estão, assim, a surgir novas oportunidades para o desenvolvimento local e regional, resultantes do esforço da Câmara Municipal na requalificação urbanística e ambiental.[5]



População |






































Número de habitantes [6]

1864

1878

1890

1900

1911

1920

1930

1940

1950

1960

1970

1981

1991

2001

2011
4 404
4 808
5 490
6 350
6 117
7 062
9 486
12 384
19 465
29 110
38 735
53 240
65 086
67 449
66 029

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)























































































Número de habitantes por Grupo Etário [7]


1900

1911

1920

1930

1940

1950

1960

1970

1981

1991

2001

2011

0-14 Anos
2 342
2 440
2 246
3 287
4 045
5 740
8 018
9 935
13 766
14 288
11 231
10 549

15-24 Anos
1 201
1 114
1 455
2 019
2 247
3 591
4 934
5 815
8 130
10 223
10 314
7 424

25-64 Anos
2 533
2 389
3 100
3 849
5 495
9 118
14 820
20 465
27 008
33 959
37 213
36 775

= ou > 65 Anos
250
260
280
391
495
798
1 338
2 520
4 336
6 616
8 691
11 281
> Id. desconh
4
1
39
2
42

(Obs.: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente.)



Freguesias |








Freguesias do concelho da Moita.


O concelho da Moita está dividido em 4 freguesias:

0



  • Alhos Vedros

  • Baixa da Banheira e Vale da Amoreira

  • Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos

  • Moita


0




História |


As origens da ocupação humana no concelho da Moita remontam aos inícios do Neolítico e correspondem a uma ocupação de carácter habitacional com cerca de 6 mil anos, comprovada pelos achados arqueológicos da jazida do Gaio.



Contudo, não se conhece uma continuidade da ocupação do espaço, na medida em que só a partir de meados do século XIII podemos apontar a existência de um núcleo humano em Alhos Vedros, como certifica o mais antigo documento que se conhece referente a esta localidade, que confirma a existência desse lugar com um capelão chamado Fernão Rodrigues, datado de 30 de janeiro de 1298.





Estuário do Tejo


O povoamento da faixa ribeirinha, na qual se integra o território do atual concelho da Moita, só terá ocorrido de forma mais ou menos contínua com a pacificação de toda esta zona, daí se supõe que apenas terá sucedido após a reconquista definitiva de Alcácer do Sal no ano de 1217.


Toda esta extensa região (doada por D. Sancho I em 1186) que se estendia desde a margem sul do rio Tejo até à margem extrema do Alentejo estava na dependência direta da Ordem Militar de Santiago. É neste contexto que surge a designação de Riba Tejo, termo utilizado pelos freires de Santiago para denominarem o vasto território compreendido entre o rio de Coina e a ribeira das Enguias e no qual nasceram e se foram desenvolvendo vários núcleos populacionais, atraídos pela força do estuário.


É no âmbito desta estrutura organizacional que surge a freguesia de São Lourenço de Alhos Vedros, confirmada documentalmente por uma sentença, datada de 5 de outubro de 1319. O período que medeia os séculos XIV e XVI é propício ao desenvolvimento económico e populacional de Alhos Vedros, de tal forma que vê crescer a sua importância no contexto regional, ao receber o estatuto de vila (1477), o poder municipal (1479) e a carta de foral (1514).


Contudo, no final do século XIV e início do século XV, é que terá assumido o seu período áureo, abrangendo o seu termo um extenso território que compreendia os atuais concelhos do Barreiro e da Moita, estendendo-se desde a Ribeira de Coina até Sarilhos Pequenos. Embora detivesse uma área de jurisdição, o antigo concelho de Alhos Vedros estava na dependência direta da Ordem Militar de Santiago, a sua donatária, pelo que constituía uma comenda da Mesa Mestral da Ordem.



É neste contexto espaciotemporal que vão surgindo pequenos aglomerados, constituídos por pouco mais do que uma dezena de habitantes, demonstrando que a humanização no território do atual concelho da Moita se fez muito lentamente, o que se deveu, em grande parte, à estrutura do solo, coberto exclusivamente por matas e extensos pinhais.





Moinho de Maré de Alhos Vedros


Dados os imperativos geográficos, os aglomerados que nasceram no termo de Alhos Vedros cresceram em estreita articulação com o trabalho no rio, através de uma rede efetiva de ligações fluviais com a outra margem, o que permitia uma rápida circulação de pessoas e de bens. Aliás, o desenvolvimento da Moita está indissociavelmente ligado ao transporte de cabotagem, atividade que a converteu numa terra de passagem e num importante nó de ligação entre o sul do país e a cidade de Lisboa.


Assim, à medida que se assiste ao crescimento da Moita, que culmina com a sua elevação a vila em 1691, Alhos Vedros vai lentamente declinando, situação que se reflete na desintegração do seu território e no consequente decréscimo da população, de modo que, no século XVIII, Alhos Vedros tinha apenas 124 moradores, enquanto a Moita já registava 225 “vizinhos” e o lugar de Sarilhos Pequenos 55 “vizinhos”.


Nos finais do século XVII, passaram-se a ter duas vilas e dois concelhos com as respetivas áreas jurisdicionais, administradas individualmente por dois juízes ordinários, vereadores, um procurador do concelho, um escrivão da Câmara, um juiz dos órfãos com o seu escrivão, dois tabeliões, um alcaide e uma companhia de ordenança.


No século XIX, no decorrer das reformas administrativas empreendidas pelo governo liberal, Alhos Vedros perdeu definitivamente a sua autonomia municipal e foi integrado como freguesia, num primeiro momento, no Barreiro (1855) e, num segundo momento, na Moita (1861). Na última década deste século, com a segunda extinção do concelho da Moita (1895), a freguesia de Alhos Vedros voltou a ser anexada, por mais três anos, ao Barreiro, para ser de novo reintegrada, em definitivo, no concelho da Moita (1898).[8]



Artesanato |





Varino, embarcação típica do Tejo


De entre um vasto conjunto de atividades desenvolvidas por artesãos do concelho, muitas das quais trazidas de outras regiões do país pelas vagas de migrantes que aqui se instalaram, tais como a latoaria, a cestaria, a olaria, entre outras, a mais emblemática do concelho da Moita é a construção de miniaturas de barcos típicos do Tejo nas freguesias do Gaio-Rosário e de Sarilhos Pequenos.


Peças como varinos, faluas e fragatas são habilmente reproduzidas à escala por antigos marítimos, cuja vida cedo os empurrou para a labuta nestas embarcações. Começaram por ser “moços”, aos nove ou dez anos, depois passaram a “camaradas” e mais tarde a “arrais”, as três etapas possíveis desta ancestral atividade que consistia em fazer o transporte de produtos e pessoas entre as margens sul e norte do rio Tejo. As decorações típicas não podiam deixar de embelezar estes barcos, onde as cores garridas das tintas ilustram paisagens, cenas religiosas, números, letras e flores.[9]



Gastronomia |





Arroz de marisco


Terra de mar e fragatas, a gastronomia da Moita está estreitamente ligada ao rio Tejo. Nos vários restaurantes do concelho, podem ser provadas iguarias que fazem parte da gastronomia local e que merecem ser apreciadas demoradamente:[10]




  • Caldeirada à Fragateiro

  • Massinha da Caldeirada

  • Ensopado de Enguias

  • Arroz de Marisco

  • Choco Frito

  • Massa de Peixe

  • Massinha de Sapateira

  • Grelhados no carvão



Património |




Capela de Nossa Senhora do Rosário



Ver artigo principal: Lista de património edificado na Moita

O concelho da Moita possui o seguinte património arquitetónico e histórico:



  • Capela da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros

  • Capela da Igreja de São Lourenço ou Igreja Matriz de Alhos Vedros

  • Pelourinho de Alhos Vedros

  • Ermida de Nossa Senhora do Rosário

  • Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Boa Viagem

  • Capela do Carvalhinho (Propriedade da Fábrica da Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Boa Viagem na Moita)



Política |



Eleições autárquicas |

































































































































































Data
%
V
%
V
%
V
%
V
%
V
%
V
%
V

APU/CDU

PS

PPD/PSD

AD

PRD

B.E.

PSD-CDS
1976

63,82
6
21,14
1





1979

67,06
6
13,81
1
9,19
-
1982

65,41
6
16,85
1

AD
10,71
-
1985

61,26
5
18,35
1


13,24
1
1989

53,76
4
23,02
2
16,48
1

1993

52,79
6
23,59
2
14,32
1
1997

45,25
5
33,32
3
10,15
1
2001

41,40
5
32,53
3
10,98
1
3,35
-
2005

49,79
5
26,17
2

PSD-CDS
8,83
1
9,12
1
2009

44,93
5
26,64
3
7,92
-
11,60
1

2013

45,54
5
24,80
3
6,19
-
8,43
1
2017

41,10
4
28,99
3

PSD-CDS
10,30
1
8,47
1


Eleições legislativas |



































































































































































Data
%

PCP

PS

UDP

PSD

CDS

APU/CDU

AD

FRS

PRD

PSN

B.E.

PAN

PàF
1976

61,84
19,12
6,07
4,12
2,45








1979

APU
14,34
7,36

AD

AD

61,15
12,35
1980

FRS
5,74

59,25
14,63
15,58
1983
21,62
3,73
7,84
3,13

60,11


1985
11,31
3,90
10,14
2,60

50,65
17,81
1987

CDU
13,25
2,97
24,31
1,44

43,77
9,07
1991
23,66

27,47
2,29

37,05
1,00
2,28
1995

39,93
1,34
14,88
5,62
33,33

0,19
1999

38,82

14,00
4,48
34,40
0,27
3,59
2002

36,06
19,13
6,26
29,40

4,86
2005

39,29
12,46
3,52
28,81
11,12
2009

30,63
11,11
7,65
27,82
16,36
2011
26,53
18,66
9,47

27,74
8,44
1,39
2015

32,22

PàF

PàF
27,56
13,50
1,98
15,12


Geminações |


O concelho da Moita é geminado com os seguintes municípios:[11]



  • Cabo Verde Tarrafal, Ilha de Santiago, Cabo Verde


  • França Plaisir, Île-de-France (Yvelines), França


  • Portugal Pinhel, Guarda, Portugal


Ligações externas |




O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Moita


  • Município da Moita


Referências




  1. Instituto Geográfico Português (2013). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2013». Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Direção-Geral do Território. Consultado em 28 de novembro de 2013. Arquivado do original (XLS-ZIP) em 9 de dezembro de 2013 


  2. INE (2012). Censos 2011 Resultados Definitivos – Região Lisboa (PDF). Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 98. ISBN 978-989-25-0185-7. ISSN 0872-6493. Consultado em 15 de abril de 2014 


  3. INE (2012). «Quadros de apuramento por freguesia» (XLSX-ZIP). Censos 2011 (resultados definitivos). Tabelas anexas à publicação oficial; informação no separador "Q101_LISBOA". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 27 de julho de 2013 


  4. Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.


  5. «Caracterização | CM Moita». www.cm-moita.pt. Consultado em 27 de junho de 2017 


  6. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes


  7. INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros


  8. Câmara Municipal de Moita (2004). «Retrato em Movimento do Concelho da Moita». Consultado em 27 de junho de 2017 


  9. «Artesanato | CM Moita». www.cm-moita.pt. Consultado em 27 de junho de 2017 


  10. «Gastronomia | CM Moita». www.cm-moita.pt. Consultado em 27 de junho de 2017 


  11. «Geminações de Cidades e Vilas - Moita». www.anmp.pt. Consultado em 27 de junho de 2017 


0






Concelhos do Distrito de Setúbal
Mapa do distrito de Setúbal

































Alcácer do Sal


Alcochete


Almada


Barreiro


Grândola


Moita


Montijo


Palmela


Santiago do Cacém


Seixal


Sesimbra


Setúbal


Sines


Alcácer do Sal

Alcochete

Almada

Barreiro

Grândola

Moita

Montijo

Palmela

Santiago do Cacém

Seixal

Sesimbra

Setúbal

Sines


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