Rede Ferroviária Federal









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RFFSA

Rede Ferroviária Federal


Logo da empresa

Razão social
Rede Ferroviária Federal S/A

Tipo anterior


Empresa estatal
Atividade

Transporte ferroviário, Logística
Gênero

Sociedade anônima
Fundação

6 de março de 1957 (61 anos)
Destino

Privatizada
Encerramento

7 de dezembro de 1999 (19 anos)[1]
Sede

BrasilRio de Janeiro, RJ, Brasil
Área(s) servida(s)

Região Sul, Região Sudeste, Região Centro-Oeste e Região Nordeste
Locais

Brasil
Proprietário(s)

Governo Federal
Produtos
Transporte de passageiros e movimentação de carga

Subsidiárias

ENGEFER
Antecessora(s)

Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, Estrada de Ferro de Bragança, Ferrovia São Luís-Teresina, Estrada de Ferro Central do Piauí, Rede de Viação Cearense, Estrada de Ferro Mossoró-Sousa, Estrada de Ferro Sampaio Correia, Rede Ferroviária do Nordeste, Viação Férrea Federal do Leste Brasileiro, Estrada de Ferro Bahia-Minas, Estrada de Ferro Leopoldina, Estrada de Ferro Central do Brasil, Rede Mineira de Viação, Estrada de Ferro Goiás, Estrada de Ferro Santos a Jundiaí, Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, Rede de Viação Paraná-Santa Catarina, Estrada de Ferro Dona Teresa Cristina e Fepasa
Sucessora(s)

CPTM, SuperVia, CBTU (passageiros)
MRS Logística S.A., Transnordestina Logística S.A, Ferrovia Centro-Atlântica S.A., Ferrovia Sul Atlântico, Ferroban, Ferrovia Novoeste S.A., Grupo Brasil Ferrovias S.A., Ferrovia Teresa Cristina S.A. (cargas)

Website oficial

Site da RFFSA

A Rede Ferroviária Federal, Sociedade Anônima (RFFSA) foi uma empresa estatal brasileira de transporte ferroviário que cobria boa parte do território brasileiro e tinha sua sede na cidade do Rio de Janeiro.




Índice






  • 1 História


    • 1.1 Ferrovias formadoras




  • 2 Competências


    • 2.1 Malha Paulista


    • 2.2 Privatização e liquidação




  • 3 O Sistema SIGO na RFFSA


  • 4 Concessionárias ferroviárias no Brasil hoje


  • 5 Entidades preservacionistas da memória ferroviária


  • 6 Locomotivas


  • 7 Curiosidades


  • 8 Ver também


  • 9 Referências


  • 10 Ligações externas





História |


Criada em 1957 mediante autorização da Lei nº 3.115, de 16 de março de 1957, e dissolvida de acordo com o estabelecido no Decreto nº 3.277, de 7 de dezembro de 1999[2], alterado pelo Decreto nº 4.109, de 30 de janeiro de 2002, pelo Decreto nº 4.839, de 12 de setembro de 2003, e pelo Decreto nº 5.103, de 11 de junho de 2004, reunia 18 ferrovias regionais, e tinha como intuito promover e gerir o desenvolvimento no setor de transportes ferroviários. Seus serviços estenderam-se por 40 anos antes de sua desestatização (privatização), promovida pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, operando em quatro das cinco regiões brasileiras, em 19 unidades da federação.


A RFFSA existiu por 50 anos e 76 dias, sendo oficialmente extinta por força da MP nº 353, de 22 de janeiro de 2007, convertida na Lei Federal n° 11.483, de 31 de maio de 2007.



Ferrovias formadoras |




Logotipo da RFFSA em frente à estação ferroviária de São José dos Campos (SP).


A Rede Ferroviária Federal foi formada pela união do acervo patrimonial das seguintes empresas:



  • Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

  • Estrada de Ferro de Bragança

  • Ferrovia São Luís-Teresina

  • Estrada de Ferro Central do Piauí

  • Rede de Viação Cearense

  • Estrada de Ferro Mossoró-Sousa

  • Estrada de Ferro Sampaio Correia

  • Rede Ferroviária do Nordeste

  • Viação Férrea Federal do Leste Brasileiro

  • Estrada de Ferro Bahia-Minas

  • Estrada de Ferro Leopoldina


  • Estrada de Ferro Central do Brasil[3]

  • Rede Mineira de Viação

  • Estrada de Ferro Goiás

  • Estrada de Ferro Santos a Jundiaí

  • Estrada de Ferro Noroeste do Brasil

  • Rede de Viação Paraná-Santa Catarina

  • Estrada de Ferro Dona Teresa Cristina


A Estrada de Ferro de Ilhéus só foi incorporada à RFFSA em 1959 após 2 anos de brigas judiciais entre seus proprietários ingleses e o governo brasileiro.
Por motivo desconhecido a Estrada de Ferro de Nazaré só foi incorporada à RFFSA em 1968, sendo erradicada logo em seguida.


A Estrada de Ferro Santa Catarina e a Viação Férrea do Rio Grande do Sul encontravam-se arrendadas aos governos dos respectivos Estados, na época, sendo posteriormente absorvidas pela Rede. A Estrada de Ferro Tocantins permaneceu sob regime especial de administração até 1974, quando foi erradicada.


Somente as ferrovias estatizadas pelo governo de São Paulo ficaram de fora da RFFSA, formando em 1971 a estatal Fepasa.



Competências |




Antiga sede da SR-3 da RFFSA na cidade de Juiz de Fora. Hoje é sede da MRS Logística


De acordo com o artigo 7.º da lei de criação(Lei nº 3.115, de 16 de março de 1957) a RFFSA tinha as seguintes competências:




  • a) administrar, explorar, conservar, reequipar, ampliar, melhorar e manter em tráfego as estradas de ferro a ela incorporadas;


  • b) lançar no mercado, por seu valor nominal, obrigações ao portador de sua própria emissão ou de emissão de empresas que vier a organizar, até o limite do dobro de seu capital integralizado, com ou sem garantia do Tesouro;


  • c) subscrever capital das sociedades sob seu controle e conceder-lhes empréstimos ou garantias;


  • d) sistematizar e fiscalizar a administração das empresas sob seu controle, bem como seus métodos e processos de operação, mediante contrato de prestação de serviços em que garanta a essas empresas assistência técnica, contábil, jurídica e administrativa;


  • e) propor as revisões e modificações de tarifas, que julgar necessárias, ao Departamento Nacional de Estradas de Ferro que estudará as propostas, ouvindo os órgãos competentes e submetendo o resultado à aprovação final do Ministro da Viação e Obras Públicas;


  • f) elaborar o plano de atividades e aprovar os orçamentos das sociedades sob seu controle, fiscalizando a respectiva execução;


  • g) reestruturar os quadros de pessoal em função das necessidades de serviço e padrões de vida regionais, fixar o seu número nas empresas que organizar, sua remuneração, direitos e deveres;


  • h) realizar todos os trabalhos de estudo e construção de estradas de ferro que lhe forem cometidos pela União, ou para os quais lhe forem fornecidos recursos;


  • i) fiscalizar, em todo o território nacional, os serviços de transporte ferroviário; (Incluído pela Lei 6.171, de 1974);


  • j) promover a coordenação de estudos tarifários e de custos de transportes ferroviários em geral; (Incluído pela Lei 6.171, de 1974);


  • l) planejar a unificação e padronização do sistema ferroviário brasileiro; (Incluído pela Lei 6.171, de 1974);


  • m) proceder à avaliação qualitativa e quantitativa do sistema ferroviário nacional; (Incluído pela Lei 6.171, de 1974);


  • n) realizar pesquisa relacionada com o aperfeiçoamento das atividades ferroviárias no País; e (Incluído pela Lei 6.171, de 1974);


  • o) proceder à execução da parte ferroviária do Plano Nacional de Viação. (Incluído pela Lei 6.171, de 1974).



Malha Paulista |


Em 1998, a RFFSA, já em fase de liquidação, incorporou a Ferrovia Paulista S.A. (FEPASA), operadora das antigas Linha Tronco e Linha Tronco Oeste, ao que se seguiu, em dezembro desse ano, a privatização daquela malha. Nos anos seguintes, a Malha Paulista seria operada por:




  • Ferrovia Bandeirantes S.A. (FERROBAN, 1998-2008)


  • América Latina Logística Malha Paulista S.A. (ALL, 2008-2015)


  • Rumo Malha Paulista S.A. (desde 2015)



Privatização e liquidação |




Locomotiva abandonada da RFFSA no Museu do Trem, no Rio de Janeiro.


A privatização foi uma das alternativas para retomar os investimentos no setor ferroviário. O governo de Fernando Henrique Cardoso concedeu linhas públicas para que a iniciativa privada pudesse explorar o transporte de cargas. No entanto, as concessionárias não se interessaram pelo transporte de passageiros, que foi quase totalmente extinto no Brasil.[4][5]


A liquidação foi iniciada em 17 de dezembro de 1999, por deliberação da assembleia geral de acionistas, sendo definitivamente extinta pela Lei Federal n° 11.483, de 31 de maio de 2007 já no governo Lula.


Está em processo de privatização, sendo a transferência da malha existente (22 mil quilômetros de linhas - 1996 - correspondente a 73% do total nacional) para a iniciativa privada, entre 1996/98, dando origem a receitas para o governo federal de cerca de R$ 1,764 bilhão.


Em 1998, a RFFSA incorporou a Ferrovia Paulista S.A. - FEPASA, ao que se seguiu, em dezembro desse ano, a privatização daquela malha.


A concessão de 30 anos estabelece metas de aumento do volume transportado, modernização e expansão do sistema. As novas operadoras deverão investir R$ 3,8 bilhões [carece de fontes?] durante o tempo que perdurar o contrato.


O objetivo maior de passá-la para o setor privado [carece de fontes?] foi o de acabar com gargalos na infraestrutura do setor ferroviário no país, devido à falta de capacidade de investimento do Estado na época e a imprensa fez explanações que supostamente havia pressões de interesses do neoliberalismo.



O Sistema SIGO na RFFSA |




Antiga locomotiva da RFFSA, atualmente operada pela Ferrovia Centro-Atlântica, na Estação de Boa Vista em Campinas (SP).




Placa de identificação patrimonial da RFFSA na Estrada de Ferro Central do Piauí


O SIGO foi um sistema implantado em 1983 para padronizar as numerações dos veículos ferroviários no Brasil. O sistema funciona com 6 números, um dígito para confirmar os números anteriores (dígito verificador) e uma letra, esta para informar a localidade.


Nas locomotivas, os dois primeiros números ficam ocultos, sendo usados somente em documentos. Ex: 905120-1F, o 90 representa: Locomotiva RFFSA, 5120: Nº da locomotiva, -1 é o digito que confere os 6 números anteriores, e a letra F é onde o veículo é alocado.




























































Número
Tipo de Locomotiva
0001-0100
Vapor de bitola 0,76 m
0101-0400
Vapor de bitola 1,00 m
0401-0500
Vapor de bitola 1,60 m
0401-0500
Diesel diversos de bitola 1,00 m
0751-1000
Diesel diversos de bitola 1,60 m
2001-3000
Diesel GE de bitola 1,00 m
3001-4000
Diesel GE de bitola 1,60 m
4001-5000
Diesel GM de bitola 1,00 m
5001-6000
Diesel GM de bitola 1,60 m
6001-7000
Diesel ALCO de bitola 1,00 m
7001-8000
Diesel ALCO de bitola 1,60 m
8001-9000
Elétrica de bitola 1,00 m
9001-9999
Elétrica de bitola 1,60 m



Concessionárias ferroviárias no Brasil hoje |




  • SuperVia - (malha metropolitana fluminense da antiga EFCB)→ Controlada pela Odebrecht TransPort;


  • MRS Logística S.A. - (malha do interior do RJ, MG, e SP da antiga EFCB);


  • Transnordestina Logística S.A;


  • Ferrovia Centro-Atlântica S.A. - FCA;


  • Ferrovia Sul Atlântico → Controlada pela ALL;


  • Ferroban – Ferrovias Bandeirantes → incorporada pela ALL;


  • Ferrovia Novoeste S.A. → incorporada pela ALL;


  • Grupo Brasil Ferrovias S.A. → incorporada pela ALL;


  • Ferrovia Teresa Cristina S.A. - FTC



Entidades preservacionistas da memória ferroviária |




  • Associação Brasileira de Preservação Ferroviária - ABPF


  • Associação Nacional de Preservação Ferroviária - ANPF


  • Projeto Memória Ferroviária de Pernambuco - MFPE



Locomotivas |


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Curiosidades |


Uma homenagem indireta a RFFSA está na canção "De Teresina a São Luís", composta por João do Vale e Helena Gonzaga e lançada no álbum Ô Veio Macho, de Luiz Gonzaga, em 1962. Nela são citadas as peculiaridades das cidades de Teresina, Caxias, Codó e Coroatá, paradas da Ferrovia São Luís–Teresina em seu trajeto até a cidade de São Luís.


Outra música que fala indiretamente sobre a RFFSA é "Trem do Pantanal", composta em 1975 por Geraldo Roca em parceria com Paulo Simões. A música fala sobre o trecho da RFFSA que começa em Aquidauana e termina em Corumbá, na fronteira com a Bolívia.[6]


A dupla de irmãos gaúchos Kleiton e Kledir homenageou a RFFSA citando a estatal na música "Maria Fumaça", composição gravada em 1980 para o Festival de Música da Rede Tupi (em um dos últimos momentos da histórica emissora, falida ainda naquele ano), que se tornou grande sucesso durante o evento. A música mais tarde foi incluída no LP de estreia, que leva o nome da dupla, lançado também em 1980.[7]



Ver também |



  • Transporte ferroviário no Brasil

  • Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

  • Polícia Ferroviária Federal

  • Estrada de Ferro Central do Brasil

  • Estrada de Ferro de Bragança

  • Estrada de Ferro Noroeste do Brasil

  • Estrada de Ferro Leopoldina

  • Estrada de Ferro Oeste de Minas

  • Estrada de Ferro Paracatu

  • The Minas and Rio Railway Company

  • Estrada de Ferro Muzambinho

  • Estrada de Ferro Santa Isabel do Rio Preto

  • Viação Férrea Sapucaí

  • Rede Sul Mineira

  • Rede Mineira de Viação

  • Estrada de Ferro Santos a Jundiaí

  • FEPASA

  • SuperVia

  • Trem de Prata



Referências




  1. Último ano como operadora ferroviária. Foi extinta oficialmente em 21 de janeiro de 2007.


  2. DECRETO No 3.277, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1999.


  3. SILVA, Moacir Malheiros Fernandes. Geografia das estradas de ferro brasileiras em seu l.̊ centenário. Rio de Janeiro, 1954.


  4. «Título ainda não informado (favor adicionar)» 


  5. «Título ainda não informado (favor adicionar)» 


  6. Trem do Pantanal


  7. Maria Fumaça



Ligações externas |












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  • Página oficial da RFFSA

  • Página oficial da Ferrovia Centro Atlântica, a FCA

  • Página oficial da MRS Logística S/A

  • Página oficial da América Latina Logística S/A

  • Ferrovias formadoras da RFFSA no site do Boletm Centro-Oeste (VFCO)

  • Ferrovias", "Divisões" e "Regionais" - As fases da RFFSA no site do Boletm Centro-Oeste (VFCO)
















































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