Ocupação japonesa da Coreia

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大日本帝國朝鮮 Dai-nihon-tei-koku-chōsen 일제시대 (日帝時代) IIlje Sidae Domínio Japonês na Coreia | |||||
Dependência anexada pelo | |||||
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Hino nacional "Kimigayo" | |||||
![]() Coreia como parte do Império do Japão em 1939. | |||||
Continente |
Ásia |
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Capital |
Keijō |
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Língua oficial |
Japonês (de jure) Coreano (de facto) |
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Religião |
Oficialmente, nenhuma; Extra-oficialmente, o Xintoísmo estatal. |
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Governo |
Monarquia constitucional |
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Governador-Geral da Coreia |
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• 1910-1916 |
Terauchi Masatake |
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• 1919-1927, 1929-1931 |
Saitō Makoto |
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• 1927, 1931-1936 |
Kazushige Ugaki |
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• 1936-1942 |
Jirō Minami |
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• 1942-1944 |
Kuniaki Koiso |
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• 1944-1945 |
Nobuyuki Abe |
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Período histórico |
Japão Imperial |
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• 17 de novembro de 1910 |
Protetorado japonês |
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• 22 de agosto de 1910 |
Assinado tratado de anexação |
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• 29 de agosto de 1910 |
Anexado pelo Japão |
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• 1 de março de 1919 |
Movimento Primeiro de Março |
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• 1939 |
Ordem Sōshi-Kaimei |
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• 15 de agosto de 1945 |
Rendição do Japão |
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• 2 de setembro de 1945 |
Vitória sobre o Japão |
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Moeda |
Yen coreano |
A Ocupação japonesa da Coreia começou em 1910 após o colapso do Império Coreano e durou até o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945. O governo japonês sobre a Coreia foi um processo que, na verdade, começou após a assinatura do Tratado de Ganghwa, de 1876, onde uma coalizão de representantes e autoridades militares, econômicas e do governo Meiji buscaram integrar a Península Coreana política e economicamente ao Império do Japão. Em 1905, é assinado então o Tratado de Eulsa, onde o Império Coreano se tornou um protetorado do Japão. A anexação da Coreia pelos japoneses foi oficialmente firmada no Tratado Japão-Coreia de 1910, que na verdade nunca foi assinado pelo governante coreano, o imperador Gojong.[1][2]
Os japoneses impuseram um regime de terror na península coreana. Milhares de pessoas foram jogadas em campos de trabalho forçado ou em fábricas, onde trabalhavam em condições análogas a escravidão. Foi imposto também uma série de leis que visavam suprimir a cultura coreana e iniciar um processo de assimilação forçada. A língua coreana, por exemplo, foi banida, a literatura e canções nacionais foram proibidas e, posteriormente, sob a lei Sōshi-kaimei, nomes de origem coreana foram barrados, com as famílias sendo obrigadas a darem aos seus filhos nomes de origem japonesa. Embora houvesse resistência, a repressão cultural e a brutalização da população nativa coreana pelas mãos dos japoneses persistiu por três décadas e meia. Durante a Guerra do Pacífico (1941-1945), coreanos foram enviados para trabalhar (como escravos) nas nações ocupadas pelo exército imperial japonês, ao mesmo tempo que milhares de mulheres (incluindo crianças) foram forçadas pelos japoneses a prostituição (as chamadas "mulheres de conforto"). Embora, posteriormente, o governo do Japão tenha pedido desculpas pelos seus crimes na Coreia, ainda há nítidas sequelas e a relação entre os dois países no século XXI, ainda que siga amigável e cooperativa, permanece meio tensa, ao menos socialmente falando.[3]
A administração japonesa da Península Coreana foi dirigida pelo chamado Governo-Central. Quando os japoneses se renderam aos Aliados, em 1945, a Coreia foi dividida em duas, com dois sistemas político-econômicos distintos para cada: o Norte comunista, sob influência soviética, e o Sul capitalista, sob influência estadunidense.[3]
O governo imperial japonês sobre a Coreia acabou em 1945, quando tropas dos Estados Unidos e da União Soviética invadiram a península pelo norte e pelo sul, respectivamente, e ocuparam militarmente a região. Em 1965, todos os chamados 'tratados desiguais' assinados entre a Coreia e o Japão Imperial, especialmente aqueles firmados em 1905 e 1910, foram declarados ilegais e, consequentemente, nulos. Um novo tratado de cooperação e boa relação foi assinado entre o Japão e a Coreia do Sul, ainda em 1965.[4]
A industrialização da península coreana começou durante a Dinastia Joseon (através da Reforma Gwangmu, imposta pelo imperador Gojong), quando o país ainda era independente,[5][6][7] mas foi acelerada durante a ocupação japonesa. Os japoneses, contudo, não tinham qualquer interesse em distribuir de forma justa os frutos das reformas econômicas, levando quase todo o resultado do potencial industrial e de agricultura coreana de volta para o Japão, para benefício de sua própria economia.[8] O povo coreano sofreu, forçado a escravidão em seu próprio país, marginalizado, e tendo que ver sua cultura e história serem reprimidas e seus recursos naturais sendo explorados por uma nação estrangeira, com repercussões políticas negativas atingindo as Coreias até os dias atuais, causando muita controvérsia.[3]
Referências
↑ Yutaka, Kawasaki (7 de agosto de 1996). «Was the 1910 Annexation Treaty Between Korea and Japan Concluded Legally?». Murdoch University Electronic Journal of Law. Consultado em 26 de maio de 2018
↑ «Treaty of Annexation». USC-UCLA Joint East Asian Studies Center. Consultado em 19 de fevereiro de 2007. Arquivado do original em 11 de fevereiro de 2007
↑ abc «Koreans Suffered Under 36 Years of Harsh Japanese Rule». The New York Times. Consultado em 26 de maio de 2018
↑ Hook, Glenn D. (2001). Japan's International Relations: Politics, Economics, and Security; p. 491. [S.l.: s.n.]
↑ Jae-gon Cho The Industrial Promotion Policy and Commercial Structure of the Taehan Empire. Seoul: Jimoondang Publishing Company (2006)
↑ D.W. Shin, S.I. Hwang (1996). The Historical Interpretation on the Formation of the Modern Health Care System in Late Choson.
↑ «Summer Institute Summaries». Consultado em 5 de janeiro de 2015. Arquivado do original em 12 de agosto de 2013
↑ Lee, Jong-Wha. «Economic Growth and human Production in the Republic of Korea, 1945–1992» (PDF). United Nations Development Programme. Consultado em 19 de fevereiro de 2007
Ver também |
- Crimes de guerra do Japão Imperial
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