Companhia Telefônica Brasileira
Companhia Telefônica Brasileira | |
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Logotipo da CTB utilizado em 1940 | |
Atividade | Telecomunicações |
Fundação | 28 de novembro de 1923 (95 anos) |
Encerramento | 22 de fevereiro de 1976 (42 anos) |
Sede | Rio de Janeiro |
Área(s) servida(s) | Rio de Janeiro e São Paulo |
Sucessora(s) | TELERJ e TELESP |
Companhia Telefônica Brasileira (CTB) foi uma empresa de telefonia fixa que atendia os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, além de Minas Gerais e Espírito Santo através de subsidiárias.
Índice
1 História
1.1 Antecessoras
1.2 Início da CTB
1.3 Nacionalização
1.4 Divisão e fim da empresa
2 Área de cobertura
2.1 São Paulo
3 Galeria
4 Ver também
5 Referências
História |
Antecessoras |
Em 1879 é concedida pelo Imperador Dom Pedro II a Charles Paul Mackie, representante da Bell no Rio de Janeiro, a primeira autorização para a exploração de serviços telefônicos. Em 13 de outubro de 1880 nasce a Brazilian Telephone Company, a primeira empresa que receberia este nome.
Em janeiro de 1884 é a vez de São Paulo entrar na era da telefonia com a Companhia de Telegraphos Urbanos, que no dia seguinte da sua inauguração instala os primeiros 11 telefones paulistas. No mesmo ano, nasce em Campinas a Empresa Telephonica Campineira.
No ano de 1896 nasce em Bragança Paulista a Companhia Rede Telephonica Bragantina, que viria a se tornar um império de telefonia em 15 anos, envolvendo 98 cidades dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, inclusive a capital paulista. Neste período, a Brazilian Telephone Company do Rio de Janeiro, a Companhia Telephonica do Estado de São Paulo (antiga Bragantina) e a Empresa Telephonica Campineira passam pelas mãos de vários donos até que a empresa canadense Brazilian Traction, Light & Power incorpora a todas em 1912[1].
Início da CTB |
Em 11 de janeiro de 1923, em assembleia realizada pela direção da empresa, em Toronto, ficou resolvido que a Brazilian Traction, Light & Power mudaria de nome, tornando-se a segunda empresa de telefonia a se chamar Brazilian Telephone Company. Em 28 de novembro de 1923, o Decreto 16.222 autorizava a empresa continuar operando sob a denominação de Brazilian Telephone Company (Companhia Telephonica Brasileira – CTB)[1]. Neste momento, o Brasil já possuía 100 mil telefones, 75% dos quais controlados pela CTB.
No final de 1929, a CTB atinge a casa dos 100 mil telefones. Com a grande crise econômica mundial nos anos 30 e até a Segunda Guerra, os equipamentos telefônicos param de chegar ao Brasil. Começam a crescer as filas de espera por linhas, sendo em São Paulo de 21 mil pessoas e no Rio de Janeiro de 29 mil pessoas. Mais de 145 mil linhas estavam instaladas. A crise foi piorando com as baixas tarifas cobradas pelos serviços e a alta alíquota de importação de equipamentos.
Nacionalização |
Em 1956, durante o governo do presidente Juscelino Kubitschek, através do Decreto nº 40.439 de 29 de novembro, foi concedida a Brazilian Telephone Company a nacionalização, agora sob a denominação de Companhia Telefônica Brasileira, tendo em vista a transferência de sua sede para o Brasil[2].
A Embratel assumiu o controle acionário da CTB em junho de 1966, por deliberação do governo federal. Nesta altura a CTB e suas empresas associadas eram responsáveis por 62% dos telefones do país, operando numa área que abrigava 45% da população brasileira. A CTB passa então a ser regida pela política de comunicações do governo brasileiro e são programadas as instalações de mais 500 mil novos telefones.
Em 1967 a nova Constituição Brasileira cria o Ministério das Comunicações e a concessão dos serviços telefônicos passa para a União. O Ministério faz um levantamento da situação da telefonia no país, lança um plano de soluções de emergência e de soluções a longo prazo e decide dividir a área de atuação da CTB, que ficaria com a responsabilidade de atender a cidade do Rio de Janeiro e o estado do Rio de Janeiro[1].
A partir de 1970 a CTB começou a construir e ampliar diversas centrais automáticas em sua área de atuação[3]. Já o Ministério das Comunicações estabeleceu como política básica para realização dos grandes planos de expansão a integração operacional nos estados e territórios. Assim a CTB iniciou um processo de controle acionário para posterior incorporação de várias empresas telefônicas no estados do Rio de Janeiro e São Paulo[4]. Tentou incorporar também a COTESP, que cobria grande área do estado de São Paulo, mas não obteve sucesso.
Divisão e fim da empresa |
Para colocar em prática a nova política de telecomunicações e para funcionar como empresa holding foi criada em 1972 a Telebras. Ainda nesse ano a CTB transferiu para a Telebras o controle acionário das suas subsidiárias CTMG e CTES[5].
Em abril de 1973 foi criada a TELESP para ser a empresa-pólo no estado de São Paulo e no mês seguinte a CTB transferiu seu acervo[6][7] neste estado para esta empresa, conforme já havia sido determinado anos antes pelas diretrizes do Ministério das Comunicações.
A partir desse ano a CTB passou a dedicar toda a sua atenção para a expansão e modernização dos serviços na área formada pelos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro. Foram incorporadas nesse ano mais algumas empresas telefônicas. Enfim, após a fusão dos dois estados em 1975, a CTB foi incorporada em fevereiro de 1976 pela TELERJ.
Área de cobertura |
São Paulo |
Cidades que eram atendidas pela Companhia Telefônica Brasileira no estado de São Paulo em 1973[8].
- Aguaí
- Águas da Prata
- Águas de Lindoia
- Agudos
- Altair
- Alto Alegre
- Américo Brasiliense
- Amparo
- Analândia
- Arandu
- Araraquara
- Areias
- Areiópolis
- Avaí
- Avanhandava
- Avaré
- Barra Bonita
- Barretos
- Barrinha
- Barueri
- Bauru
- Bebedouro
- Bernardino de Campos
- Bocaina
- Bofete
- Boituva
- Bom Jesus dos Perdões
- Borborema
- Botucatu
- Bragança Paulista
- Brotas
- Cabrália Paulista
- Cabreúva
- Cafelândia
- Cajamar
- Cajobi
- Campinas
- Cândido Rodrigues
- Capivari
- Carapicuíba
- Cerqueira César
- Cerquilho
- Cesário Lange
- Chavantes
- Colina
- Conchas
- Corumbataí
- Cravinhos
- Cristais Paulista
- Cruzeiro
- Dobrada
- Dois Córregos
- Dumont
- Elias Fausto
- Embu das Artes
- Fernando Prestes
- Ferraz de Vasconcelos
- Francisco Morato
- Franco da Rocha
- Gália
- Garça
- Glicério
- Guaiçara
- Guaraci
- Guarantã
- Guariba
- Guarujá
- Herculândia
- Ibaté
- Ibitinga
- Icém
- Igaraçu do Tietê
- Indaiatuba
- Ipaussu
- Iperó
- Itapecerica da Serra
- Itapetininga
- Itapeva
- Itapevi
- Itapira
- Itápolis
- Itapuí
- Itaquaquecetuba
- Itatiba
- Itatinga
- Itirapina
- Itu
- Jaborandi
- Jaboticabal
- Jandira
- Jarinu
- Jaú
- Jeriquara
- Joanópolis
- Laranjal Paulista
- Lavrinhas
- Leme
- Lençóis Paulista
- Lindoia
- Lorena
- Luís Antônio
- Mairinque
- Mairiporã
- Manduri
- Maracaí
- Marília
- Matão
- Mineiros do Tietê
- Mococa
- Mogi Guaçu
- Mogi Mirim
- Monte Alegre do Sul
- Monte Azul Paulista
- Morungaba
- Nazaré Paulista
- Olímpia
- Onda Verde
- Oriente
- Orindiúva
- Palmares Paulista
- Paraíso
- Paranapanema
- Pardinho
- Paulínia
- Paulo de Faria
- Pederneiras
- Pedra Bela
- Pedreira
- Penápolis
- Pereiras
- Piedade
- Pinhalzinho
- Piracaia
- Piraju
- Pirajuí
- Pirangi
- Pirapora do Bom Jesus
- Piratininga
- Pitangueiras
- Poá
- Pompeia
- Pontal
- Porto Feliz
- Pradópolis
- Presidente Alves
- Promissão
- Queluz
- Quintana
- Rafard
- Restinga
- Ribeirão Bonito
- Rincão
- Rio Claro
- Riolândia
- Roseira
- Salto
- Santa Cruz do Rio Pardo
- Santa Ernestina
- Santa Gertrudes
- Santa Lúcia
- Santa Maria da Serra
- Santa Rosa do Viterbo
- Santana de Parnaíba
- Santo Antônio do Jardim
- Santos
- São José da Bela Vista
- São José do Barreiro
- São José dos Campos
- São Manuel
- São Paulo
- São Pedro
- São Roque
- São Simão
- Sarutaiá
- Serra Azul
- Serra Negra
- Serrana
- Sertãozinho
- Severínia
- Silveiras
- Socorro
- Tabatinga
- Taboão da Serra
- Taiaçu
- Taiúva
- Taquaritinga
- Tatuí
- Taubaté
- Terra Roxa
- Tietê
- Torrinha
- Tremembé
- Vera Cruz
- Viradouro
Sob administração[9][10]
- S.M.T.A. São João da Boa Vista
- Telefônica Jacareí
- Cia. Telefônica Rio Preto de São José do Rio Preto
- Telefônica Jundiaí
- Cia. Paulista de Telecomunicações de Piracicaba
- Cia. Telefônica Média Mogiana de Casa Branca
- Empresa Telefônica Paulista de Presidente Prudente
Galeria |
Poço de visita com logotipo da CTB.
Poço de visita, sucessora da CTB.
Poço de visita com logotipo da Telefônica, sucessora da Telesp.
Ver também |
- TELERJ
- TELESP
- Centrais telefônicas na cidade de São Paulo
Referências
↑ abc «História da telefonia no Brasil e da Companhia Telefônica Brasileira». Página arquivada Telesp
↑ Telemarketing - Comunicação, Funcionamento e Mercado de Trabalho. Bia Albernaz, Luiz Ratto, Maurício Peltier. Senac. ISBN 9788574582177
↑ «CTB - Relatório Anual de 1970». Acervo Folha de S.Paulo
↑ «DECRETO Nº 67.910, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1970 - Outorga à Companhia Telefônica Brasileira concessão para explorar o serviço de telefonia público urbano em diversos Municípios do Estado de São Paulo». Portal do Senado Federal
↑ «TELEBRÁS (Telecomunicações Brasileiras S. A.)». FGV / CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil
↑ «Decreto nº 72.291, de 23 de Maio de 1973 - Transfere para a Telecomunicações de São Paulo S.A. concessões da Companhia Telefônica Brasileira». Portal da Câmara dos Deputados
↑ «Relação do patrimônio da CTB incorporado pela Telesp» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo
↑ «Mapa da área de concessão da CTB em São Paulo». Acervo O Estado de São Paulo
↑ «CTB - Relatório Anual de 1971». Acervo Folha de S.Paulo
↑ «CTB - Relatório Anual de 1972». Acervo Folha de S.Paulo