Mercado Ver-o-Peso




Coordenadas: 1º27'08"S, 48º30'13"W




Vista do Mercado Ver-o-Peso às margens da Baía do Guajará.


O Mercado Ver-o-Peso ou Mercado Municipal Bolonha de Peixe ou Mercado de Ferro ou somente Ver-o-Peso (inicialmente chamado Casa de Haver o Peso), é um mercado público inaugurada em 1625, pertencente ao Complexo do Ver-o-Peso, situado na cidade brasileira de Belém, no estado do Pará, localizado na Avenida Boulevard Castilhos França, no bairro da Campina, às margens da baía do Guajará.


É um dos mercados públicos mais antigos do País, considerado como uma das maravilhas do estado. Foi eleito uma das 7 Maravilhas do Brasil por ser um dos mercados mais antigos do Brasil.[1][2]Ponto turístico, cultural e econômico da cidade de Belém, formado pelo Mercado de Ferro, Praça do Pescador, Doca das Embarcações, Pedra do Peixe e, Feira Livre - considerado a maior feira ao ar livre da América Latina[1] - que abastece a cidade com variados tipos de gêneros alimentícios e ervas medicinais, vindos das ilhas circunvizinhas à capital e dos municípios do interior, fornecidos por via fluvial.[1]




Índice






  • 1 História


  • 2 Patrimônio histórico


  • 3 Referências


  • 4 Ver também


  • 5 Ligações externas





História |


Com posição estratégica na desembocadura do Amazonas, Belém era o maior entreposto comercial da região de produtos extraidos da região amazônica (drogas do sertão) com destino aos mercados locais e internacionais, de carne com preço baixo dos rebanhos na Ilha do Marajó,[3] e ponto de chegada dos produtos europeus.[4] Então em 1625, na área do igarapé do Piri (no atual Mercado Ver-o-Peso), os portugueses instalaram o posto de fiscal comercial Casa de Haver o Peso,[5][6] para controle do peso e, arrecadação de tributos dos gêneros trazidos para a sede da Capitania do Grão-Pará (Estado do Maranhão),[7] concedido por provisão real à Câmara de Belém.


Em 1803, no governo de Dom Marcos de Noronha e Brito, Conde dos Arcos, o igarapé do Piri foi aterrado para atender aos avanços urbanísticos da Belém.[8] A foz foi transformada em doca, mantendo-se ali as atividades da Casa de Haver o Peso.[8]


Embora em 1839 a cidade estivesse abalada pela revolta popular denominada Cabanagem (1835 - 1840), a Casa de Haver o Peso funcionou até meados do ano de 1839, quando em outubro, o presidente Bernardo de Souza Franco extinguiu a repartição fiscal e, a Casa foi arrendada destinada à venda de peixe fresco, até o ano de 1847, quando terminou o contrato de arrendamento e a Casa de Haver o Peso foi demolida.


Em 1855 durante o Ciclo da Borracha (1879 - 1912), aumentou a importância comercial, principalmente para o cenário internacional. Assim ocorreram novas mudanças urbanísticas: a margem da baía do Guajará foi aterrada, transformando os trapiches de madeira e a praia na Doca do Ver-o-Peso e na Pedra do Peixe feito com pedra de lioz pelos ingleses. Importantes edificações foram erguidas seguindo o padrão arquitetônico europeu de estilo eclético, influenciado pela art nouveau,[8] entre as quais: o Mercado Municipal de Carnes (1867), Palácio Antônio Lemos (1873) e, o Theatro da Paz (1874).


Em de 1897, a empresa La Rocque Pinto & Cia venceu a concorrência pública para a construção do Mercado Municipal de Peixe ou Mercado de Ferro,[8] como inicialmente era conhecido o Mercado Ver-o-Peso,[9]' autorizado pela lei municipal nº 173.


Em 1899, teve início sua edificação, com o projeto de Henrique La Rocque,[9] próximo ao Mercado Municipal de Carnes ou Mercado Bolonha. Sendo inaugurado em 1901,[10] na forma de um dodecágono com medida de 1.197 m², com estrutura metálica em zinco veille-montaine, trazida pré-fabricado da Inglaterra e de Nova Iorque, seguindo a tendência estética francesa de art nouveau da Belle Époque.[9] transportado via fluvial para Belém.[11] Neste período tambpem ocorreu a ampliação do Mercado de Carne;


O complexo passou por duas grandes reformas. A primeira em 1985, na administração municipal de Almir Gabriel, com melhorias no: Mercado de Ferro, Solar da Beira (sendo transformado em restaurante e espaço cultural), a Praça do Pescador e, a feira livre do mercado. Ocorreu também a construção da Praça dos Velames e montagem de barracas padronizadas. Em 1998 e 2002, ocorreu a segunda reforma em etapas, sob administração municipal de Edmilson Rodrigues, com intervenção geral na feira, contemplando aspectos paisagístico do local e qualificatórios dos feirantes.[8]



Patrimônio histórico |


O Mercado faz parte do complexo arquitetônico e paisagístico do Ver-o-Peso tombado pelo IPHAN, em 1977,[12][1] que compreende uma área de 35 mil metros quadrados, com uma série de construções históricas, incluindo o Mercado da Carne, a Praça do Pescador, a Praça do Relógio, a Doca, a Feira do Açaí, a Ladeira do Castelo e o Solar da Beira.
[12]



Referências




  1. abcd «Ver-o-Peso da cidade: O mercado, a carne e a cidade no final do século XIX» (PDF). Universidade Federal do Pará. Consultado em 13 de dezembro de 2012 


  2. «Caras homenageia estados das setes maravilhas brasileiras». Revista Caras Online. Portal Universo Online (UOL). 2009. Consultado em 1 de março de 2018 


  3. «Mercado de carne vai sair em duas etapas». Diário Online - Pará (em inglês). Consultado em 27 de fevereiro de 2018 


  4. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. «Ver-o-Peso (PA)». Complexo arquitetônico e paisagístico Ver-o-Peso 


  5. "AVER, e deriv. V. Haver. [...] §. Aver de peso: fazenda, effeito, genero, que se vende a peso, ou medido; v. g. arroz, legumes, azeites; e se achão na Casa do aver do peso, onde estavão balanças publicas, e medidas, para servirem aos que compravão, e vendião. [...] (do Francez avoir du poids) [...]". SILVA, Antonio de Moraes, Diccionario da lingua portugueza, p. 239. Lisboa. 1813.


  6. "Já em tempo d'El Rei D. Affonso V, á libra romana de 12 onças, até então conhecida em Portugal, foi substituído o arratel de Colonha ou libra de 16 onças; e para conferência regularmente uniforme d'esse novo peso, nas compras e vendas dos generos d'importação e d'exportação, foi admitida a norma de conferimento geralmente conhecida em todas as cidades hanseaticas com o nome de — avoir du poids, que temos traduzido e conservado em o de ver o peso, ver do peso, e que deve ser haver de peso; por ser esta phrase a formula por que começa a breve, mas muito authentica certidão que se dava do peso dos generos, quando verificado nesse officio publico." Memoria sobre as Medidas e o Peso de Portugal comparadamente com as Medidas e o Peso actuaes da França, in Annaes das sciencias, das artes, e das letras; por huma sociedade de portuguezes residentes em Parîs. Tomo V, parte segunda, p. 37. Paris, 1819.


  7. «Conhecimentos Belém-CTBEL». follow science. Consultado em 27 de março de 2014. Arquivado do original em 28 de março de 2014 


  8. abcde INRC Ver-o-Peso e Iphan Pará. «O Mercado e a Cidade de Belém, um pouco da história do Ver-O-Peso». Ver-o-histórico. UFPa. Consultado em 27 de fevereiro de 2018 


  9. abc Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. «Boulevard Castilhos França : Belém (PA)». Biblioteca Catálogo On-line 


  10. «Mercado Ver-o-Peso, Belém, Pará». Basilio.fundaj.gov.br 


  11. «Patrimônio Material - Pará». Portal IPHAN. Portal do Governo Federal do Brasil. Consultado em 20 de junho de 2016 


  12. ab Virgínia Barbosa. «Mercado Ver-o-Peso, Belém, Pará». Portal Pesquisa Escolar. Fundação Joaquim Nabuco - FUNDAJ. Consultado em 20 de junho de 2016 



Ver também |



  • Cultura e turismo de Belém (Pará)

  • Belém (Pará)



Ligações externas |
















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