Brás Cubas
Nota: Para outros significados, veja Brás Cubas (desambiguação).
Brás Cubas | |
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Retrato de Brás Cubas por Benedito Calixto (1903) | |
Nome completo | Brás Cubas |
Nascimento | dezembro de 1507 Porto, Portugal |
Morte | 1592 (85 anos) Porto |
Nacionalidade | português |
Ocupação | fidalgo explorador |
Brás Cubas (Porto, dezembro de 1507 — Porto, 10 de março de 1592[1]) foi um fidalgo e explorador português. Fundador da vila de Santos (hoje cidade),[2][3] governou por duas vezes a Capitania de São Vicente (1545-1549 e 1555-1556). É considerado por alguns historiadores como fundador de Mogi das Cruzes, em 1560.
Biografia |
Filho de João Pires Cubas e de Isabel Nunes, chegou ao Brasil no ano de 1531 com a expedição de Martim Afonso de Sousa, fundador da vila de São Vicente.
Em 1536, recebeu sesmarias na recém-formada Capitania de São Vicente, onde desenvolveu a agricultura da cana-de-açúcar e montou engenho de açúcar.[4] Chegou a ser o maior proprietário de terras da baixada Santista, fundando um porto, uma capela e um hospital[4] - a Santa Casa de Misericórdia de Todos os Santos (1543),[3] que dariam origem à vila, atual cidade de Santos.[2]
Sendo o porto de Santos mais bem localizado que o de São Vicente, Brás Cubas foi o responsável pela transferência do porto da Ponta da Praia para o Centro, nas cercanias do Outeiro de Santa Catarina.
Capitão-mor de São Vicente (1545), em 1551, foi nomeado por D. João III Provedor e Contador das rendas e direitos da Capitania; no ano seguinte, fez erguer o Forte de São Filipe da Bertioga na ilha de Santo Amaro.[4] Teve participação destacada na defesa da Capitania contra os ataques dos Tamoios, aliados aos franceses. Mais tarde, por ordem do terceiro governador-geral Mem de Sá, realizou expedições pelo interior em busca de ouro e prata. Teria chegado até à chapada Diamantina no sertão da Bahia.
Suas tentativas de escravizar os indígenas resultaram numa revolta que acabou por determinar o surgimento da Confederação dos Tamoios, que só pôde ser parcialmente contida pela atuação dos padres jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta.
Ao falecer, era fidalgo da Casa Real e um dos homens mais respeitados da Capitania. O título de Alcaide-mor da vila de Santos passou a seu filho, Pero Cubas.
Em seu epitáfio, está registrado que descobriu "ouro e metais em 1560". Em 1578, aliás, era corrente a notícia da existência das minas de ouro e prata na Capitania, segundo um súdito inglês residente em Santos.
Confusão com o personagem de Machado de Assis |
Não tem nenhuma relação com o personagem homônimo da obra Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), de Machado de Assis, apesar de este personagem fictício referir-se ao Brás Cubas histórico no início da obra.
Referências
↑ BUENO, Eduardo. Capitães do Brasil: a saga dos primeiros colonizadores. Rio de Janeiro: Objetiva, 1999, p. 133.
↑ ab «História de Santos». Santos Cidade. Consultado em 29 de setembro de 2012
↑ ab «Resumo Histórico». Portal de Santos. Consultado em 29 de setembro de 2012
↑ abc «Estudo do Meio: Santos – Aspectos Históricos, Ecológicos e Turísticos» (PDF). a Secretaria de Cultura e Turismo da cidade de Santos. Jardim São Paulo. Consultado em 29 de setembro de 2012