Lista de governadores do Brasil colonial





Disambig grey.svg Nota: Se procura pelo(a) pelos atuais governadores estaduais do Brasil, veja Lista de governadores das unidades federativas do Brasil.






















































Esta é uma lista dos governadores e vice-reis do Brasil colonial.


O cargo de governador-geral foi criado pela primeira vez em 1549, por D. João III de Portugal, em favor de Tomé de Sousa, que assumiu o posto na recém-fundada cidade de Salvador. Em 1624, por ocasião da primeira das invasões holandesas, é nomeado o primeiro governador-geral nascido no Brasil, Matias de Albuquerque, o Conde de Alegrete, que administrou a colônia a partir de Olinda por aproximadamente um ano. Seu sucessor, Francisco de Moura Rolim, era também olindense, algo incomum, uma vez que os governadores do Brasil eram geralmente nascidos em Portugal.[1]


O título de vice-Rei foi instituído pela primeira vez em 1640, por Filipe III de Portugal, a favor de D. Jorge de Mascarenhas, Marquês de Montalvão. Como acontecia na Índia Portuguesa, o título de vice-Rei só era, inicialmente, atribuído aos governadores-gerais pertencentes à mais alta fidalguia. Entre 1640 e 1719, foi atribuído somente três vezes: ao Marquês de Montalvão, ao Conde de Óbidos e ao Marquês de Angeja, tendo sido ainda nomeado Vice-Rei do Brasil D. Sancho Manuel de Vilhena, Conde de Vila Flor, mas que morreu antes de tomar posse do cargo. O título de vice-Rei só se tornou permanente a partir de 1719, com a nomeação de Vasco Fernandes César de Menezes, Conde de Sabugosa, muito embora não se conheça nenhum documento oficial que torne esse título permanente. No entanto alguns sustentem que tal terá ocorrido com a transferência de capital de Salvador para o Rio de Janeiro, em 1763, após uma vaga do cargo durante um período de três anos. O estatuto oficial do Brasil continuou a ser o de "Estado" - e não de "vice-Reinado" - mesmo sob o governo de vice-reis.


Em 7 de março de 1808 o príncipe regente D. João chegou ao Rio de Janeiro, fugindo às invasões napoleónicas, e aí instalou a corte e a capital da Coroa de Portugal, cessando assim funções o então vice-Rei. Quase oito anos mais tarde, em dezembro de 1815, o Brasil era elevado da condição de Estado a Reino integrado na Coroa de Portugal, formando-se assim o chamado Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
























































































































































































































































































































































































































































































































































































Nome
Imagem
Cargo
Início do mandato
Fim do Mandato
Observações
Referências

Tomé de Sousa

Tomedesousa.jpg
Governador
7 de julho de 1549
1 de maio de 1553


[2][3][4]

Duarte da Costa

Governador
1 de maio de 1553
3 de janeiro de 1558

[5]

Mem de Sá

Mem de Sa - Manuel Víctor Filho.jpg
Governador
3 de janeiro de 1558
2 de março de 1572


[6][7]

Território dividido em dois governos-gerais, um ao Norte na Bahia e outro ao Sul no Rio de Janeiro (1572-1578)

Luís de Brito e Almeida

Governador na Bahia
10 de dezembro de 1572
12 de abril de 1578


[8][9]

Antônio Salema

Governador no Rio de Janeiro
1574
1577

[10]

Reunificação do governo-geral na Bahia (1578)

Lourenço da Veiga

Governador-geral
12 de abril de 1578
17 de junho de 1581


[11][12][13]
[14][15]

Cosme Rangel de Macedo
António Barreiros

Junta governativa
17 de junho de 1581
11 de maio de 1582

[11]

Manuel Teles Barreto

Governador-geral
11 de maio de 1582
9 de maio de 1587


[11][16]
[17][18]

Antônio Barreiros
Cristóvão de Barros
António Coelho de Aguiar

Junta governativa
9 de maio de 1587
1592


[11][19]
[20][21]

Francisco de Sousa
Marquês das Minas

Governador-geral
1592
1 de abril de 1602

[22]

Diogo Botelho

Governador-geral
1 de abril de 1602
1607


[23][24][25]

Território dividido em dois governos-gerais, um ao Norte na Bahia e outro ao Sul no Rio de Janeiro (1608-1612)

Diogo de Meneses e Sequeira

Governador-geral na Bahia
1608
22 de agosto de 1612



Francisco de Sousa
marquês das Minas

Governador-geral no Rio de Janeiro
1609
1611

[22]

Reunificação do governo-geral na Bahia (1612)

Gaspar de Sousa

Governador-geral
1613
1 de janeiro de 1617


[11][26]
[27][28]

Luís de Sousa,
conde do Prado

Governador-geral
1 de janeiro de 1617
12 de outubro de 1621



Autonomização da Capitania do Maranhão, elevada à dignidade de Estado do Maranhão (1621)

Diogo de Mendonça Furtado

Governador-geral
12 de outubro de 1621
26 de julho de 1624



Matias de Albuquerque,
conde de Alegrete

Matias de Albuquerque, 1.º Conde de Alegrete (1595?-1647), 1673-1675 - Feliciano de Almeida (Galleria degli Uffizi, Florence).png
Governador-geral
1624
1625



Francisco de Moura Rolim

Governador-geral
1625
1627



Diogo Luís de Oliveira

Governador-geral
1627
11 de dezembro de 1635



Pedro da Silva,
conde de São Lourenço

Governador-geral
11 de dezembro de 1635
23 de janeiro de 1639

[29]

Fernando de Mascarenhas,
conde da Torre

Governador-geral
23 de janeiro de 1639
1640



Vasco de Mascarenhas,
conde de Óbidos

Vasco de Mascarenhas, 1.º Conde de Óbidos (recorte).jpg
Governador-geral
1640
26 de maio de 1640



Jorge de Mascarenhas,
marquês de Montalvão

Vice-rei
26 de maio de 1640
16 de abril de 1641



Pedro da Silva Sampaio
Luís Barbalho Bezerra
Lourenço de Brito Correia


Junta governativa provisória
16 de abril de 1641
14 de julho de 1642



Antônio Teles da Silva

Governador-geral
1642
26 de dezembro de 1647



António Teles de Meneses,
conde de Vila Pouca de Aguiar

Governador-geral
26 de dezembro de 1647
10 de março de 1650



João Rodrigues de Vasconcelos e Sousa,
conde de Castelo Melhor

Governador-geral
10 de março de 1650
14 de dezembro de 1654



Jerónimo de Ataíde, 6.º Conde de Atouguia




Governador-geral
14 de dezembro de 1654
20 de junho de 1657



Francisco Barreto de Meneses

Governador-geral
20 de junho de 1657
21 de julho de 1663



Vasco de Mascarenhas,
conde de Óbidos

Vasco de Mascarenhas, 1.º Conde de Óbidos (recorte).jpg
Vice-rei
21 de julho de 1663
13 de junho de 1667



Alexandre de Sousa Freire

Governador-geral
13 de julho de 1667
8 de maio de 1671



Afonso Furtado de
Castro de Mendonça
,
visconde de Barbacena

Governador-geral
8 de maio de 1671
26 de novembro de 1675



Agostinho de Azevedo Monteiro
Álvaro de Azevedo
Antônio Guedes de Brito

Junta governativa provisória
26 de novembro de 1675
5 de março de 1678



Roque da Costa Barreto

Governador-geral
5 de março de 1678
23 de maio de 1682



Antônio de Sousa Meneses

Governador-geral
23 de maio de 1682
4 de junho de 1684



António Luís de Sousa Telo de Meneses,
marquês das Minas

Governador-geral
4 de junho de 1684
4 de junho de 1687



Matias da Cunha

Governador-geral
4 de junho de 1687
24 de outubro de 1688



Manuel da Ressurreição
(presidente)
Manuel Carneiro de Sá


Junta governativa
24 de outubro de 1688
8 de outubro de 1690



Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho

Governador-geral
8 de outubro de 1690
22 de maio de 1694



João de Lencastre

Governador-geral
22 de maio de 1694
3 de julho de 1702



Rodrigo da Costa

Governador-geral
3 de julho de 1702
8 de setembro de 1705



Luís César de Meneses

Governador-geral
8 de setembro de 1705
3 de maio de 1710



Lourenço de Almada

Governador-geral
3 de maio de 1710
14 de outubro de 1711



Pedro de Vasconcelos e Sousa

Governador-geral
14 de outubro de 1711
14 de outubro de 1714



Pedro António de Meneses Noronha de Albuquerque,
marquês de Angeja

Vice-rei
14 de outubro de 1714
11 de junho de 1718



Sancho de Faro e Sousa,
conde de Vimieiro

Governador-geral
21 de agosto de 1718
13 de outubro de 1719



Sebastião Monteiro da Vide
Caetano de Brito e Figueiredo
João de Araújo e Azevedo


Junta governativa provisória
14 de outubro de 1719
23 de novembro de 1720



Vasco Fernandes César de Meneses,
conde de Sabugosa

Vasco Fernandes de Meneses.jpg
Vice-rei
23 de novembro de 1720
11 de maio de 1735



André de Melo e Castro,
Conde das Galveias

Vice-rei
11 de maio de 1735
17 de dezembro de 1749



Luís Pedro Peregrino de Carvalho e Ataíde,
conde de Atouguia

Vice-rei
17 de dezembro de 1749
17 de agosto de 1754



José Botelho de Matos
Manuel António da Cunha Souto Maior
Lourenço Monteiro


Junta governativa provisória
17 de agosto de 1754
23 de dezembro de 1755



Marcos José de Noronha e Brito,
conde dos Arcos

Vice-rei
23 de dezembro de 1755
9 de janeiro de 1760



António de Almeida Soares Portugal,
marquês do Lavradio

Vice-rei
9 de janeiro de 1760
4 de julho de 1760



Tomás Rubi de Barros Barreto
José Carvalho de Andrade
Gonçalo Xavier de Barros e Alvim


Junta governativa provisória
4 de julho de 1760
27 de junho de 1763



Transferência da capital da Bahia para o Rio de Janeiro (1763)

Antônio Álvares da Cunha,
conde da Cunha

Antônio Álvares da Cunha - Conde da Cunha.jpg
Vice-Rei e Capitão-General de Mar e Terra do Estado do Brasil[30]
27 de junho de 1763
31 de agosto de 1767



Antônio Rolim de Moura Tavares,
conde de Azambuja

Antônio Rolim de Moura Tavares.jpg
Vice-rei
17 de novembro de 1767
4 de novembro de 1769


[31][32]

Luís de Almeida Portugal Soares de Alarcão d'Eça e Melo Silva Mascarenhas,
marquês do Lavradio e conde de Avintes

Luís de Almeida Soares Portugal de Alarcão d'Eça e Melo Silva Mascarenhas.jpg
Vice-rei
4 de novembro de 1769
30 de abril de 1778

[33]

Extinção do Estado do Grão-Pará e Rio Negro e do Estado do Maranhão e Piauí, e sua incorporação ao Estado do Brasil (1775)

Luís de Vasconcelos e Sousa, 4.º Conde de Figueiró

LuisVasconcelosSousa-LeandroJoaquim-XVIII-MHN.jpg
Vice-rei
30 de abril de 1778
9 de maio de 1790


[34][35][36]

José Luís de Castro,
conde de Resende

José Luís de Castro conde de Resende.jpg
Vice-rei
4 de junho de 1790
14 de outubro de 1801

[37]

Fernando José de Portugal e Castro,
marquês de Aguiar

Pes 13656.jpg
Vice-rei
14 de outubro de 1801
14 de outubro de 1806



Marcos de Noronha e Brito,
conde dos Arcos

Marcos de Noronha e Brito, 8.º Conde dos Arcos.png
Vice-rei
14 de outubro de 1806
22 de janeiro de 1808




Referências




  1. «Biografia de Matias de Albuquerque». eBiografia. Consultado em 11 de junho de 2017 


  2. «Governo de Tomé de Sousa». www.mundoeducacao.com. Consultado em 9 de setembro de 2013 


  3. «Tomé de Sousa». www.brasilescola.com. Consultado em 9 de setembro de 2013 


  4. «Tomé de Sousa». www.suapesquisa.com. Consultado em 9 de setembro de 2013 


  5. «Duarte da Costa». www.brasilescola.com. Consultado em 9 de setembro de 2013 


  6. «Governo de Mem de Sá (1558 – 1572)». cvc.instituto-camoes.pt. Consultado em 23 de julho de 2013 


  7. «Mem de Sá». www.historiabrasileira.com. Consultado em 23 de julho de 2013 


  8. VICENTE, "História do Brasil, 1500-1627" de 1982 com 437 páginas, citado na página 140.


  9. "Grande enciclopédia portuguesa e brasileira" de 1936, citado na página 60.


  10. Biblioteca Lusitana, de Diogo Barbosa Machado, tomo I, página 383


  11. abcde WORLD STATESMEN.org (em inglês)


  12. pitoresco.com (em português)


  13. Medeiros Barbosa, Maria de Fátima (2006). «IV». As letras e a cruz. pedagogia da fé e estética religiosa na experiência missionária de José de Anchieta, S.I. (1534-1597). Roma: Editrice Pontificia Università Gregoriana. p. 334-335. 461 páginas. ISBN 9788878390560. Consultado em 2 de março de 2011 


  14. Medeiros Barbosa, Maria de Fátima (2006). «IV». As letras e a cruz. pedagogia da fé e estética religiosa na experiência missionária de José de Anchieta, S.I. (1534-1597). citando ANCHIETA, J. "Breve Informação do Brasil - 1584", in TH, 41; LEITE, S. "História", II, 155; VIOTTI, H.A. "Anchieta", 190-191; CARDOSO, A. "Um Carismático", 255. Roma: Editrice Pontificia Università Gregoriana. p. 334-335. 461 páginas. ISBN 9788878390560. Consultado em 2 de março de 2011 


  15. portugalweb.net (em português)


  16. Klick Educação (em português)


  17. Vainfas, Ronaldo (1995). A heresia dos índios. catolicismo e rebeldia no Brasil colonial. São Paulo: Editora Companhia das Letras. p. 78-80. 275 páginas. ISBN 9788571644601. Consultado em 9 de setembro de 2013 


  18. Moniz Bandeira (2000). «III». O feudo. a Casa da Torre de Garcia d'Ávila : da conquista dos sertões à independência do Brasil. São Paulo: Editora Record. p. 133. 601 páginas. ISBN 9788520005231. Consultado em 9 de setembro de 2013 


  19. MultiRio. «A União Ibérica e a Expansão Oficial». Consultado em 9 de setembro de 2013 


  20. José Maria da Silva Paranhos Júnior,Barão do Rio Branco,Efemérides brasileiras ,publicado de 1891 até 1916 e republicado pelo Sénado brasileiro em 1999


  21. Francisco Adolfo de Varnhagen, Visconde de Porto Seguro, História Geral do Brasil ed. Melhoramentos


  22. ab "O Epos Bandeirante e São Paulo Vila e Cidade" in Ensaios Paulistanos, 1958, p. 627.


  23. Vicente do Salvador. História do Brasil, 1627


  24. Hermann, J. No reino do desejado. São Paulo: Companhia das Letras, 1998


  25. Vainfas, Ronaldo (direção). Dicionário do Brasil Colonial: 1500 - 1808. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2000


  26. Pereira, João Félix (1854). Chorographia do Brazil. Lisboa: Imprensa de Lucas Evangelista. p. 115-116. 349 páginas. Consultado em 9 de setembro de 2013 


  27. Jaboatão, Antônio de Santa Maria (1858). «XIV». Novo orbe serafico brasilico ou Chronica dos frades Menores da provincia do Brasil. 1. livro de 1761. Rio de Janeiro: Typografia brasiliense de Maximiano Gomes Ribeiro. p. 182-187. 349 páginas. Consultado em 3 de março de 2011 


  28. «Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa» 


  29. «São Lourenço (Pedro da Silva, 1.º conde de).». www.arqnet.pt/dicionario/saolourenco1c.html Portugal - Dicionário Histórico. Consultado em 9 de setembro de 2013 


  30. Anais do Congresso, comemorativo do bicentenário da transferência da sede do govêrno do Brasil da cidade do Salvador para o Rio de Janeiro. Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Vol. 4, p. 139.


  31. «Quem foi Rolim de Moura?». www.supermercadostrento.com.br. Consultado em 9 de setembro de 2013 


  32. «O fantástico Rolim de Moura». www.gentedeopiniao.com.br. Consultado em 9 de setembro de 2013 


  33. «1769 – 1779: D. LUÍS DE ALMEIDA PORTUGAL SOARES D'EÇA ALARCÃO DE MELO E SILVA MASCARENHAS (MARQUÊS DE LAVRADIO)». www.pensario.uff.br identidades do Rio. Consultado em 10 de setembro de 2013 


  34. MACEDO, Joaquim Manuel de, Anno biographico brazileiro (v.1), Typographia e litographia do imperial instituto artístico, Rio de Janeiro, 1876.


  35. «d.Luís de Vasconcelos». www.passeiopublico.com. Consultado em 10 de setembro de 2013 


  36. «Vasconcelos e Sousa (Luís de).». www.arqnet.pt Portugal - Dicionário Histórico. Consultado em 10 de setembro de 2013 


  37. Joaquim Manuel de Macedo (1878). «7». Memórias da Rua do Ouvidor. [S.l.: s.n.] 227 páginas. ISBN 8523001107. Digitalizado por Google Livros 



Ligações externas |


  • Marcelino, Maria da Graça dos Santos (2009), O Vice-reinado do Brasil, in O esclarecido vice-reinado de D. Luís de Almeida Portugal, 2º Marquês do Lavradio: Rio de Janeiro 1769-1779. Tese de mestrado, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2009.













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