Estratigrafia






Estratos rochosos na Salta (Argentina).




Seção geológica mostrando a estratigrafia do Grand Canyon, Estados Unidos. Números pretos correspondem à grupos de formações e números brancos correspondem à formações geológicas (clique na figura para ver mais detalhes).


A Estratigrafia (do latim stratum e do grego graphia) é o ramo da geologia que estuda os estratos ou camadas de rochas, buscando determinar os processos e eventos que as formaram. Basicamente segue o princípio da sobreposição das camadas.


O estudo e definições da estratigrafia numa escala global são elaboradas pela The International Commission on Stratigraphy (Comissão Internacional de Estratigrafia) que, por sua vez, é o maior corpo científico dentro da International Union of Geological Sciences (União Internacional das Ciências Geológicas).[1]




Índice






  • 1 Definição clássica


  • 2 Divisões da estratigrafia


  • 3 Princípios estratigráficos


  • 4 Ver também


  • 5 Referências





Definição clássica |





Afloramento de rocha mostrando estratificação, origem do termo estratigrafia


A estratigrafia, vem do latim stratum + grego graphia, é a descrição de todos os corpos rochosos que formam a crosta da Terra e sua organização em unidades mapeáveis distintas e úteis, com base em suas propriedades ou atributos intrínsecos, com vistas a estabelecer sua distribuição e relações no espaço e sua sucessão no tempo, e para interpretar a história geológica. A estratigrafia evoluiu bastante desde sua concepção. Atualmente a Estratigrafia de Sequências pode ser considerada o último grande avanço científico mundial.



Divisões da estratigrafia |




Carta estratigráfica simplificada da Bacia do Paraná, mostrando sua divisão em supersequências aloestratigráficas (M.a.: milhões de anos).




  • Litoestratigrafia: É a mais óbvia e a mais antiga das divisões da estratigrafia. Correlaciona os pacotes rochosos baseados na sua litologia, sem necessariamente se preocupar com o tempo de sua deposição ou formação. Ou seja, define a individualização dos pacotes rochosos, de outros pacotes, conforme suas características litológicas, composição mineralógica, granulometria ou mesmo cor. A unidade básica da litoestratigrafia é a formação geológica.


  • Bioestratigrafia: Estuda as sucessões fossilíferas existentes nas rochas e sua correlação espacial. Estratos de diferentes localizações, com a mesma fauna ou flora são correlacionais em tempo. Está baseada no Princípio de sucessão faunística de William Smith;

  • Cronoestratigrafia: Estuda a idade relativa das rochas em relação a sua circunvizinhas;

  • Aloestratigrafia: O estudo de estratos sedimentares que podem ser definidos e identificados das descontinuidades que limitam os mesmos, e que podem ser mapeados. Envolve interpretação estratigráfica, correlação e mapeamento destas descontinuidades e superfícies para dividir a seção sedimentar. Estas descontinuidades e superfícies podem ser hiatos deposicionais, discordâncias erosivas, superfícies de inundação e etc.[2]

  • Estratigrafia de sequências: É o ramo da geologia que tenta subdividir e correlacionar os depósitos sedimentares entre discordâncias numa variedade de escalas e explicar estes unidades estratigráficas em termos de controle da variação relativa do nível do mar e do aporte sedimentar.[3]

  • Magnetoestratigrafia.


A partir das descobertas nas diversas áreas da estratigrafia, criou-se uma escala de tempo geológico, que serve de referencial temporal não só à geologia como também à paleontologia.



Princípios estratigráficos |



  • Princípio da sobreposição das camadas

  • Uniformitarismo

  • Princípio da continuidade lateral

  • Principio da identidade paleontológica

  • Principio da intersecção

  • Principio da inclusão



Ver também |




  • Geologia

  • Geologia do petróleo

  • Estrato geológico

  • Paleontologia

  • Formação Santa Maria

  • Formação Caturrita


  • Sítio Paleontológico Arroio Cancela.




Referências




  1. «The International Commission on Stratigraphy» (em inglês). Consultado em 8 de novembro de 2010 


  2. Bhattacharya, J. and Walker, R.G. 1991, Allostratigraphic subdivision of the Upper Cretaceous Dunvegan, Shaftesbury, and Kaskapau formations in the subsurface of northwestern Alberta. Bulletin of Canadian Petroleum Geology, v. 39., p. 145-164.


  3. SEPM Sequence Stratigraphy Web: http://sepmstrata.org/






































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