Castanhola
Nota: Se procura pelo(a) pelo peixe, veja Australoheros facetus.
Nota: Se procura pelo(a) pelo árvore, veja Amendoeira-da-praia.
As castanholas (do espanhol castañuelas) ou castanhetas[1] são um instrumento de percussão que há três milénios já era conhecido pelos fenícios, os quais vulgarizaram o instrumento nas áreas do Mediterrâneo através do comércio marítimo. Na Andaluzia, em Espanha, tornou-se um instrumento nacional.
É constituído por dois pedaços de madeira de castanheiro em forma de prato fundo, perfurado e ornamentado com uma fita que se coloca em redor do polegar. O seu nome deriva do seu formato, que lembra uma castanha.
As castanholas emitem um som seco e oco, de entoação imprecisa. São também bastante populares em Portugal, onde há diversos modelos, assim como em vários países hispano-americanos.
As castanholas servem de acompanhamento rítmico para muitas danças folclóricas, como o flamenco. Na Igreja Católica, são utilizadas no Caminho Neocatecumenal. Na orquestra, são colocadas no extremo de uma pequena vara que é agitada, facilitando, deste modo, a sua execução a estrangeiros. Empregam-se na música erudita para obter um colorido espanholː por exemplo, na Carmen de Georges Bizet.
Em qualquer par de castanholas, há uma que tem o som mais agudo do que a outra, distinguindo-se, respetivamente, com os nomes de castanhola-fêmea e castanhola-macho. A castanhola-fêmea é segura com a mão direita e a castanhola-macho é segura com a mão esquerda. A castanhola-fêmea tem uma linha na parte superior para identificá-la visualmente da castanhola-macho. Para tocá-las, tem que segurá-las com o polegar através do cordão que as une; o qual atravessa a sua parte superior, chamada "orelha", fazendo-as estalar através da percussão rítmica dos restantes dedos. Em algumas ocasiões, as castanholas de uma das mãos batem com as da outra, dependendo dos passos de baile. Também podem ser produzidos efeitos de glissando, ondulando (alternando as duas mãos), trilos e rufos, que vêm do norte de Portugal.
Referências
↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 366.