Bienal de Veneza
Bienal de Veneza | |
---|---|
Inauguração | 1895 (124 anos) |
Website oficial | |
Geografia | |
Coordenadas | |
Logradouro | Ca' Giustinian, Palazzo del Cinema, VEGA Parco Scientifico Tecnologico |
Cidade | Veneza |
País | Itália |
[edite no Wikidata] |
A Bienal de Veneza (em italiano: Biennale di Venezia) é uma exposição internacional de arte realizada de dois em dois anos, desde 1895, em Veneza, Itália.
O nome "Bienal" deriva-se, naturalmente, da frequência bienal na qual se realizam os vários eventos, com exceção do Festival de Veneza, realizado anualmente.
Índice
1 Divisões da mostra
2 Historia da Bienal
3 Os pavilhões
4 Prêmios
5 Referências
6 Ligações externas
Divisões da mostra |
A Bienal organiza exposições multidisciplinares subdivididas em setores:
- Arquitetura - Mostra Internacional de Arquitetura
- Artes Visuais - Exposição Internacional de Arte
- Cinema - Festival Internacional de Cinema de Veneza (frequência anual)
- Dança - Festival Internacional de Dança Contemporânea
- Música - Festival Internacional de Música Contemporânea
- Teatro - Festival Internacional de Teatro.
Também há o setor do Arquivo Histórico de Arte Contemporânea (Archivio Storico delle Arti Contemporanee-ASAC) que tem como objetivo a conservação do patrimônio da Bienal, em todos os seus âmbitos.
Historia da Bienal |
A iniciativa para criar a Bienal surgiu de um grupo de intelectuais venezianos chefiados pelo prefeito de Veneza da época, Riccardo Selvatico.
A primeira Bienal foi realizada em 1895; o carro chefe das primeiras edições eram as artes decorativas. O evento foi adquirindo se caráter internacional nas primeiras décadas do século XX: a partir de 1907, vários países começaram a instalar pavilhões nacionais na exposição. Depois da Primeira Guerra Mundial, a Bienal mostrou um interesse cada vez maior pelas inovações da Arte Moderna. Entre as duas grandes guerras, vários artistas modernos[vago] tiveram seus trabalhos ali exibidos.
A partir da edição de 1907 começaram a surgir um certo número de complexos (cerca de 27) criados por conceituados arquitetos (entre os quais Carlo Scarpa, James Stirling, Alvar Aalto, Bruno Giacometti, o grupo milanês B.B.P.R.).
Em 1930, o controle da Bienal passou da municipalidade de Veneza para o governo nacional fascista. Nos anos 30, vários novos setores do evento foram criados: o Festival de Música em 1930, o Festival Internacional de Cinema em 1932 e Festival de Teatro em 1934. A partir de 1938, os Prêmios começaram a ser distribuídos no setor de arte.
Depois de uma pausa de seis anos durante a Segunda Guerra Mundial, a Bienal foi restabelecida em 1948 com uma atenção voltada para os movimentos de avant-garde europeus e, depois os movimentos de arte contemporânea internacionais. O Expressionismo abstrato foi introduzido nos anos 1950, Pop Art nos anos 1960. De 1948 a 1972, o arquiteto italiano Carlo Scarpa fez uma série de mudanças notáveis nos espaços de exposição da Bienal.
Os protestos de 1968 marcaram uma crise para a Bienal; os Grande Prêmios foram abandonados e deu-se mais ênfase às exposições temáticas ao invés das exposições monográficas. A edição de 1974 foi inteiramente dedicada ao Chile, como um grande protesto cultural contra a ditadura de Augusto Pinochet. Novos prêmios - Leão de Ouro, como os prêmios para a Mostra Internacional de Arte Cinematográfica de Veneza - foram criados; a arte pós-moderna entrou em cena com a crescente variedade e popularidade das exposições.
Em 1980 realizou-se pela primeira vez uma edição da Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza sob a direção de Paolo Portoghesi, abrindo pela primeira vez o espaço do Arsenal de Veneza.
A Bienal de Arte passa ser realizada em anos alternados aos da Exposição de Arquitetura.
Também em 1980 Achille Bonito Oliva e Harald Szeemann introduziram o "Aperto", uma se(c)ção de exposição imaginada para explorar a arte emergente. O historiador de arte italiana Giovanni Carandente dirigiu as edições de 1988 e 1990. Uma pausa de três anos foi intencionalmente feita para que a edição de 1995 coincidiria com o centenário da Bienal de Veneza. A edição de 1993 foi dirigida por Achille Bonito Oliva enquanto Jean Clair e Germano Celant foram nomeados como diretores às edições de 1995 e 1997 respetivamente.
Em 1999 e 2001, Harald Szeemann dirigiu duas edições em sequência (48.ª e 49.ª) trazendo uma representação maior de artistas da Ásia e da Europa do Leste e um maior número de jovens artistas. Ele expandiu as mostras em vários novos espaços recém restaurados do Arsenal.
A 50.ª edição, dirigida por Francesco Bonami, teve o número recorde de sete co-curadores, incluindo Hans Ulrich Obrist, Catherine David, Igor Zabel, Hou Hanru e Massimiliano Gioni.
A 51.ª edição a Bienal abriu em Junho de 2005, tendo pela primeira vez duas curadoras, Maria de Corral e Rosa Martinez. De Corral organizou "A Experiência da Arte" na qual incluiu 41 artistas, desde velhos mestres a figuras mais jovens. Rosa Martinez ocupou-se do Arsenal com "Sempre um Pouco a Frente". Baseado no "mito do viajante romântico" sua exposição envolveu 49 artistas, variando do elegante ao profano.
Na 51.ª Bienal, a artista americana Barbara Kruger foi premiada com o "Leão de Ouro" por sua obra completa.
Em 2007, Robert Storr houve o primeiro diretor americano de uma edição da Bienal. Ela foi intitulada Pense com os Sentidos – Sinta com a Mente. Arte no Tempo Presente. Naquele ano, o México gteve a sua primeira presença oficial na Bienal com a exposição do artista Rafael Lozano-Hemmer no palacio Van Axel.
O curador sueco Daniel Birnbaum foi escolhido para diretor artístico da edição de 2009 (53.ª Bienal).
A Bienal de Veneza teve diversas reformas. A primeira no ano de 1973 transformando-se em "Ente Autónomo do Estado" formulando um novo estatuto. Em fevereiro de 1998 foi publicado da Gazzetta Ufficiale o decreto de reforma que privatiza a Bienal que passa a ser uma "Empresa de cultura". A última reforma foi em 2004 transformando a Bienal em "fundação".
Presidente da Bienal, nomeado em janeiro de 2008, é Paolo Baratta
Os pavilhões |
A Bienal é instalada em numerosos pavilhões representando os artistas e os diferentes países convidados. Pela primeira vez, durante a 52ª Bienal (em 2007), houve um pavilhão africano.
Prêmios |
O cinema e a arte contemporânea são as categorias premiadas a cada edição da Bienal. Entre os prêmios é conferido o Leão de Ouro.
- 2007 :
- Leão de Ouro pelo conjunto da obra : Malick Sidibé (Mali)
- Leão de Ouro de critico de arte : Benjamin Buchloh (historiador de arte americano e professor na Universidade de Columbia)
- Menção de Honra por um pavilhão nacional : pavilhão lituano: Nomeda Urboniene e Gediminas Urbonas
- Leão de Ouro pela participação nacional : pavilhão húngaro: Andreas Fogarasi
- Leão de Ouro para artista de menos de 40 anos : Emily Jacir (Palestina)
- Leão de Ouro para artista tendo participado à exposição internacional : León Ferrari (Argentina)
- Menção de Honra para artista tendo participado à exposição internacional : Nedko Solakov (Bulgária)
- 2005 : Annette Messager (França)
- 2003 : Su-Mei Tse (Luxemburgo)
- 2001 : Richard Serra (Estados Unidos) e Cy Twombly (Estados Unidos)
- Leão de Ouro pela participação nacional : pavilhão alemão (Gregor Schneider).
- Prêmio Especial do Juri : Pierre Huyghe (França), Janet Cardiff e George Bures Miller (Canada), Marisa Merz (Itália)
- Prêmio especial para jovens artistas : Federico Herrero (Costa Rica), Anri Sala (Albânia), John Pilson (Estados Unidos) e A1-53167 (Guatemala)
- Menções especiais : Yinka Shonibare (Grã-Bretanha), Tiong Ang (Indonésia), Samuel Beckett-Marin Karmitz (França) e Juan Downey (Chile)
- 1999 : Louise Bourgeois (França)
Referências
↑ Vittorio Sgarbi, Lo Stato dell'Arte, Moncalieri (Torino), Istituto Nazionale di Cultura, 2012
Ligações externas |
La Biennale di Venezia - Pagina oficial (em inglês e em italiano)- [en,it http://www.treccanilab.com/biennale_di_venezia Artefacta]. Pagina em colaboração com o Instituto da Enciclopédia Italia Treccani com 400 filmes sobre 52.ª Bienal de Veneza.