René Magritte



























































René Magritte


Nascimento

21 de novembro de 1898
Lessines
Morte

15 de agosto de 1967 (68 anos)
Bruxelas
Sepultamento

Cemitério do Schaerbeek
Cidadania

Bélgica
Cônjuge
Georgette Berger
Irmão(s)
Paul Magritte

Alma mater

Academia Real de Belas-Artes de Bruxelas
Ocupação
pintor, ilustrador

Magnum opus

La trahison des images
Escola/tradição
Académie Royale des Beaux-Arts, Bruxelas
Movimento estético

Surrealismo
Causa da morte

câncer de pulmão, câncer pancreático
Assinatura

Magritte, Rene 1898-1967 Signature.jpg

[edite no Wikidata]


René François Ghislain Magritte (Lessines, 21 de Novembro de 1898 ― Bruxelas, 15 de Agosto de 1967) foi um dos principais artistas surrealistas belgas, ao lado de Paul Delvaux.






Índice






  • 1 Biografia


  • 2 Obras e Características


  • 3 Imagens


  • 4 Quadros conhecidos


  • 5 Bibliografia


  • 6 Ligações externas





Biografia |


Magritte nasceu em Lessines, Bélgica, no dia 21 de Novembro de 1898, filho caçula de Léopold Magritte. Em 1912, a sua mãe, Régina, cometeu suicídio por afogamento no rio Sambre.


Em 1916, ingressou na Académie Royale des Beaux-Arts, em Bruxelas, onde estudou por dois anos. Foi durante esse período que conheceu Georgette Berger, com quem se casou em 1922. Trabalhou em uma fábrica de papel de Parede, e foi designer de cartazes e anúncios até 1926, quando um contrato com a Galerie la Centaure, na capital belga, fez da pintura a sua principal atividade. Nesse mesmo ano, Magritte produziu a sua primeira pintura surrealista, Le jockey perdu, tendo a primeira exposição apresentada no ano seguinte.


René Magritte praticava tanto o surrealismo realista, como o realismo mágico. Começou a imitar a vanguarda, mas precisava realmente de uma linguagem mais poética e viu-se influenciado pela pintura metafísica de Giorgio de Chirico.


Magritte tinha espírito travesso, e, em A queda, os seus bizarros homens de chapéu-coco despencam do céu absolutamente serenos, expressando algo da vida como conhecemos. A sua arte, pintada com tal nitidez que parece muitíssimo realista, caracteriza o amor surrealista aos paradoxos visuais: embora as coisas possam dar a impressão de serem normais, existem anomalias por toda a parte: A Queda tem uma estranha exatidão, e o surrealismo atrai justamente porque explora a nossa compreensão oculta da esquisitice terrena.


Mudou-se para Paris em 1927, onde começou a envolver-se nas atividades do grupo surrealista, tornando-se grande amigo dos poetas André Breton e Paul Éluard e do pintor Marcel Duchamp.


Quando a Galerie la Centaure fechou e seu contrato encerrou, Magritte retornou a Bruxelas. Permaneceu na cidade mesmo durante a ocupação alemã, na Segunda Guerra Mundial.


O seu trabalho foi exposto em 1936 na cidade de Nova York, Estados Unidos, e em mais duas exposições retrospectivas nessa mesma cidade, uma no Museu de Arte Moderna, em 1965, e outra no Metropolitan Museum of Art, em 1992.


Magritte morreu de câncer em 1967 e foi enterrado no Cemitério do Schaerbeek.



Obras e Características |


Pintor de imagens insólitas, às quais deu tratamento rigorosamente realista, utilizou-se de processos ilusionistas, sempre à procura do contraste entre o tratamento realista dos objetos e a atmosfera irreal dos conjuntos.


Suas obras são metáforas que se apresentam como representações realistas, através da justaposição de objetos comuns, e símbolos recorrentes em sua obra, tais como o torso feminino, o chapéu coco, o castelo, a rocha e a janela, entre outros mais, porém de um modo impossível de ser encontrado na vida real.


O pintor surrealista René Magritte fazia parte de uma movimento artístico denominado surrealismo, o nome diz respeito ao desejo de muitos jovens pintores, em meados da década de 1920, em criar uma realidade por meio das pinturas que transcendessem a própria realidade. Em outras palavras, os artistas criaram um movimento artístico que retratava uma realidade mais real qual eles estavam inseridos. Isso ocorreu porque os artistas da época estavam com um sentimento de que havia algo errado nos pedidos que a academia clássica de pintura fazia para que os artistas pintassem exatamente o que estava sendo visto diante dos seus olhos.[1]


Uma das obras do pintor belga em que é possível perceber a realidade sendo criada é a obra "Tentando o impossível" (óleo sobre tela -1928[1]). Nessa obra, um artista está fazendo a pintura de uma mulher. Sempre parecido com o próprio pintor, ou seja, Magritte. Na obra, o artista pinta no "ar", criando assim, usando um pincel e uma paleta de cores, uma mulher de três dimensões. A criação dessa mulher é totalmente ilusória porque o quadro permanece em dois planos. Essa obra dialoga com o movimento surrealista a qual o artista pertence por se utilizar se uma auto metalinguagem, em que o pintor (Magritte) pinta si próprio retratando uma pintura. Cria, assim, na pintura, uma realidade tão real quanto a própria. [2]


Em outras palavras, ao retratar o que está sendo visto, o artista acaba criando uma própria realidade que é feita baseada nos traços e impressões do artista que está retratando o corpo humano. O pintor, em outras palavras, não está copiando uma realidade e sim criando uma nova, da mesma maneira que acontece com os sonhos dos homens, em que a realidade criada nos sonhos é, por um determinado momento em quanto se sonha, mais real que a própria realidade.[1]


Por conta da onda de obras clássicas que estavam ocorrendo no mundo, os pintores e artistas do século 20 precisaram inventar novas formas de fazer arte. Para ter a chance de chamar a atenção da academia e dos críticos, os artistas precisavam ser grandes inventores, tanto da forma quanto do conteúdo, para se distanciar dos pintores e escultores do Renascimento, que o mundo e a academia passaram a admirar e seguir como padrão de arte. Qualquer distanciamento da tradição renascentista que simultaneamente despertasse o interesse dos crísticos de arte e atraísse seguidores era ovacionado. O século XX nas artes foi marcada por uma constante experimentação incansável, por parte dos artistas, na forma de pintar visando gerar uma nova arte. [1]



Imagens |









Quadros conhecidos |



  • La trahison des images

  • L'empire des lumières

  • Le fils de l'homme

  • Ceci n´est pas une pomme



Bibliografia |




  • Allmer, Patricia (2009). René Magritte - Beyond Painting (em inglês). Manchester: Manchester University Press. ISBN 0-7190-7928-4 


  • Bertolucci, Bernardo; Gérard, F. S.; Kline, T. J. (2000). Bernardo Bertolucci: Interviews. Jackson: Miss: University Press of Mississippi. ISBN 1-57806-205-5  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)


  • Calvocoressi, Richard (1990). Magritte (em inglês). Nova Iorque: Watson-Guptill. ISBN 0-8230-2962-X 


  • Fragola, Anthony; Smith, Roch C. (1995). The Erotic Dream Machine: Interviews with Alain Robbe-Grillet on His Films (em inglês). [S.l.]: SIU Press. ISBN 0-8093-2004-5  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)




  1. abcd Gombrich, E.H. A História da Arte. Rio de Janeiro: LTC. pp. 434 – 435 e 457  |acessodata= requer |url= (ajuda)


  2. Krause, Gustavo Bernardo. «O OVO DE MAGRITTE: da metaficção como proteção do enigma» 



Ligações externas |



Commons

O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre René Magritte



  • Página Oficial da Fundação Magritte (em inglês e em francês)


  • Portal da Bélgica
  • Portal de biografias
  • Portal da arte







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