Partido Trabalhista Cristão
Partido Trabalhista Cristão | |
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Número eleitoral | 36 |
Presidente | Daniel Tourinho |
Fundação | 11 de julho de 1985 (como Partido da Juventude) |
Registro | 2 de fevereiro de 1989 (29 anos)[1] |
Sede | Rio de Janeiro, RJ |
Espectro político | Centro-direita |
Membros | 195,164 filiados[2] |
Senadores (2018) | 0000000000000001 1 / 81 |
Deputados federais (2018) | 0000000000000002 2 / 513 |
Deputados estaduais (2018)[3] | 0000000000000012 12 / 1 024 |
Prefeitos (2016)[4] | 0000000000000015 15 / 5 568 |
Vereadores (2016) | 0000000000000569 569 / 56 810 |
Cores | Azul Amarelo |
Página oficial | |
Página oficial do PTC | |
Política do Brasil Partidos políticos Eleições |
Partido Trabalhista Cristão (PTC) é um partido político brasileiro. Seu número eleitoral é o 36 e obteve registro definitivo em 22 de fevereiro de 1990.[5] Foi criado após a redemocratização do Brasil, com o fim do regime militar, em 1985, sob o nome de Partido da Juventude (PJ), havendo participado com esta denominação das eleições de 1985, 1986 e 1988. No início de 1989, foi renomeado como Partido da Reconstrução Nacional (PRN) e elegeu o primeiro presidente via eleições diretas após a redemocratização do país, Fernando Collor de Mello.
Em 1990, o partido havia lançado diversos membros de sua Executiva Nacional como candidatos aos governos estaduais: Hélio Costa em Minas Gerais, José Carlos Martinez no Paraná, João Castelo no Maranhão, Renan Calheiros em Alagoas e o advogado Aguiar Júnior no Ceará, entre outros, tendo então conquistado mais de 8% dos votos para a Câmara Federal. Nenhum deles foi eleito. Após o impeachment de Collor e da posse de Itamar, o partido encolheu.[carece de fontes] Nas eleições de 1994 lançou o empresário baiano Walter Queirós, expulso do partido em plena campanha, e logo depois substituído por Carlos Antônio Gomes, também pouco conhecido em âmbito nacional, na época. Depois de ter eleito menos de 20 prefeitos e um igualmente baixo número de vereadores nas eleições de 1996, repetindo o resultado pífio em 1998, o partido muda novamente de nome para Partido Trabalhista Cristão em fins de 2000, colhendo melhores resultados.
A bandeira política do partido no campo econômico, desde sua criação (principalmente durante o Governo Collor, como PRN), tem sido o liberalismo econômico, ou seja, a economia de mercado, o livre comércio e o Estado mínimo. Já no campo político, o partido defende o Estado laico e as liberdades individuais, de acordo com o seu estatuto, portanto, é defensor da bandeira do Liberalismo, e por defender propostas de Leonel Brizola, é considerado Trabalhista. Com isso, se olharmos o espectro político, é claramente um partido de centro, mas por ter pessoas que defendem o Humanismo cristão e no campo econômico serem liberais, o partido é posicionado como de centro-direita.
Índice
1 História
1.1 Partido da Juventude (1985-1989)
1.2 Partido da Reconstrução Nacional (1989-2000)
1.3 Atualidade
2 Bancada na Câmara dos Deputados
3 Participação do partido nas eleições
3.1 Eleições estaduais de 2014
3.2 Eleições presidenciais
4 Referências
5 Fontes
6 Ligações externas
História |
Partido da Juventude (1985-1989) |
O Partido da Juventude (PJ) foi um partido político brasileiro que deu origem ao Partido Trabalhista Cristão. Seu código eleitoral foi o 20, atualmente usado pelo PSC. Seu primeiro presidente nacional foi Daniel Tourinho,[6][7] ex-integrante do Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Em 1986, o partido se coligou com candidatos do PDS, PDT e PMDB (João Castelo no Maranhão, Darcy Ribeiro no Rio de Janeiro, Fernando Collor em Alagoas, e vários).
Partido da Reconstrução Nacional (1989-2000) |
Em 1989, com a entrada de dissidentes do PDS, PMDB e até do PSDB, o partido foi renomeado para PRN (Partido da Reconstrução Nacional) em 2 de fevereiro de 1989, também com Daniel Tourinho na presidência.
Em 1989, o partido lançou Fernando Collor de Mello como candidato à presidência, que foi eleito no segundo turno com 35.085.457 votos. No Congresso Nacional, o PRN possuía como seus mais destacados líderes o senador Ney Maranhão e o deputado (e futuro senador) Renan Calheiros, líder do governo na Câmara dos Deputados.
Em 1990, o partido levou ao segundo turno cinco dos seus dez candidatos a governador, entretanto o curso da campanha foi adverso aos planos da legenda: em Minas Gerais, Hélio Costa (depois ministro das comunicações do Governo Lula) foi derrotado por Hélio Garcia, no Paraná, José Carlos Martinez (proprietário da Rede OM e futuro presidente do PTB) foi vencido por Roberto Requião e em Rondônia, Valdir Raupp (atualmente senador pelo PMDB) sucumbiu ao avanço de Osvaldo Piana. No Nordeste a derrota atingiu João Castelo e Renan Calheiros. Nos dois casos, o PRN iniciou a disputa como favorito, todavia o cenário foi paulatinamente revertido: no Maranhão, o apoio de José Sarney permite que Edison Lobão derrote João Castelo e em Alagoas uma dissensão partidária elegeu Geraldo Bulhões (que trocou o PRN pelo PSC no início do ano) em lugar de Renan Calheiros. Encerrada a campanha, Márcia Kubitschek foi eleita vice-governadora do Distrito Federal na chapa de Joaquim Roriz (então no também extinto PTR) e o partido elegeu dois senadores e quarenta deputados federais (metade oriunda do Paraná, São Paulo e Minas Gerais).
Embora nenhum de seus membros tenha sido nomeado para o ministério, o PRN integrou a base parlamentar de Fernando Collor ao lado do PFL e do PDS e elegeu noventa e oito prefeitos em 1992 ante as três conquistadas pelo Partido da Juventude em 1988. Entretanto, as acusações que pairavam sobre o Presidente da República e a posterior abertura do processo de impeachment tiveram um efeito devastador e a legenda faz apenas um deputado federal em 1994. Nas eleições presidenciais daquele ano, o candidato baiano Walter Queirós foi expulso do partido durante a campanha, logo sendo substituído pelo gaúcho Carlos Antônio Gomes, o qual obteve apenas 387.611 votos.
No ano 2000, as lideranças do PRN deliberaram pela mudança de sigla e surgiu então o Partido Trabalhista Cristão. Porém, nesse período, Collor já não estava no partido, estabelecendo-se à época no PRTB.
Atualidade |
Ainda em 2000, o candidato do partido à prefeitura de São Paulo, Ciro Moura, ganha seus "15 minutos de fama" ao não mostrar o rosto em nenhum programa eleitoral. Nas eleições de 2002, apoia o ex-governador fluminense Anthony Garotinho, então no PSB, à Presidência da República. Em 2002 o mesmo Ciro Moura é lançado candidato para governador de São Paulo com a coligação "Bandeira Paulista" na qual foi formada pelo PTC junto ao PSC - com o ex-governador de São Paulo e o que viria a ser o futuro presidente da CBF José Maria Marin, PRP e PTdoB.
O PTC costuma abrigar em seus quadros alguns artistas que tentam se candidatar: o cineasta José Mojica Marins, o "Zé do Caixão", tentou candidatar-se a vereador na cidade de São Paulo, sem muito sucesso. Em 2006, o estilista e apresentador de TV Clodovil Hernandes (falecido em 2009, quando já era filiado ao PR) conquistou uma vaga na Câmara dos Deputados, também pelo estado de São Paulo, ao obter uma votação expressiva para o cargo – a terceira maior em todo o país. Com sua morte, em março de 2009, o coronel da Policia Militar Paes de Lira, que houvera recebido pouco mais de seis mil votos, assumiu a vaga. No mesmo ano, Éder Xavier foi o candidato ao governo de São Paulo, tendo recebido votação pouco expressiva.
Nas eleições de 2008, o PTC lança Ciro Moura como candidato a prefeito da cidade de São Paulo. O partido chega a lançar um candidato monarquista, Jean Tamazato, / citado pela jornalista Sônia Racy, do Estadão. Além deles, Havanir Nimtz (ex-PRONA), o empresário Oscar Maroni, Osmar "Peroba" Lins (ex-presidente do extinto PAN) e outros quase 60 candidatos compuseram a chapa. Nenhum candidato do PTC conseguiu se eleger.
Em 2010, forma com o PP a coligação "Em Defesa do Cidadão" e apoia a candidatura de Celso Russomanno ao governo de SP, lançando Ciro Moura como candidato ao senado, tendo este ficado em sétimo lugar, com 275.664 votos (0,79% das intenções de voto). Entre os candidatos a deputado federal e estadual, destacou-se o estilista Ronaldo Ésper, que não conseguiu repetir o desempenho de Clodovil Hernandes em 2006, tendo votação pouco expressiva para a Câmara dos Deputados.
Em 2012, o PTC sobe de 13 para 19 prefeitos, com destaque para a vitória em São Luís, com Edivaldo Holanda Junior. Em 2016, o PTC recebe a filiação do ex-presidente e agora Senador pelo estado de Alagoas, Fernando Collor de Mello, após sua desfiliação ao PTB.
Bancada na Câmara dos Deputados |
Composição atual
Deputados | AC | AL | AM | AP | BA | CE | DF | ES | GO | MA | MG | MS | MT | PA | PB | PE | PI | PR | RJ | RN | RO | RR | RS | SC | SE | SP | TO |
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0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 |
MG: Deputado Estadual Anselmo José Domingos
Fonte: Portal da Câmara dos Deputados - Conheça os Deputados - Selecione "Partido..." e "UF...", e clique no segundo botão "Pesquisar".
Bancada eleita para a legislatura
Legislatura | Eleitos | % | AC | AL | AM | AP | BA | CE | DF | ES | GO | MA | MG | MS | MT | PA | PB | PE | PI | PR | RJ | RN | RO | RR | RS | SC | SE | SP | TO | Diferença |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
54ª (2011-2015) | 1 | 0,19 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | -2 |
53ª (2007-2011) | 3 | 0,58 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 | 0 | 0 | 0 | 1 | 0 | +3 |
52ª (2003-2007) | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | ±0 | |
51ª (1999-2003) | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 |
Fonte: Portal da Câmara dos Deputados - Bancada na Eleição.
Participação do partido nas eleições |
Eleições estaduais de 2014 |
Candidatos majoritários apoiados pelo PTC em 2014 [8] | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Legenda: em azul estão os candidatos eleitos.
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Eleições presidenciais |
Ano | Imagem | Candidato(a) a Presidente | Candidato a Vice-Presidente | Coligação | Votos | % | Colocação |
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1989 | Fernando Collor (PRN) | Itamar Franco (PRN) | PRN, PSC, PTR e PST | 35.089.998 | 49,94 | 1º | |
1994 | Carlos Antônio Gomes (PRN) | Dilton Carlos Salomoni (PRN) | sem coligação | 387.738 | 0,61 | 7º | |
2002 | Anthony Garotinho (PSB) | José Antonio Figueiredo (PSB) | PSB, PSC, PGT e PTC | 15.180.097 | 17,86 | 3º | |
2006 | Luciano Bivar (PSL) | Américo de Souza (PSL) | sem coligação[nota 1] | 62.064 | 0,06 | 7º | |
2010 | Dilma Rousseff (PT) | Michel Temer (PMDB) | PT, PMDB, PR, PSB, PDT, PCdoB, PSC, PRB, PTC e PTN | 55.752.529 | 56,05 | 1º | |
2014 | Aécio Neves (PSDB) | Aloysio Nunes (PSDB) | PSDB, PMN, SD, DEM, PEN, PTN, PTB, PTC e PTdoB | 51.036.040 | 48,36 | 2º | |
2018 | Álvaro Dias (PODE) | Paulo Rabello de Castro (PSC) | PODE, PSC, PTC, PRP | 859.574 | 0,8 | 9° |
Referências
↑ Tribunal Superior Eleitoral (TSE). «TSE - Partidos políticos registrados no TSE». Consultado em 7 de novembro de 2015
↑ «Estatísticas do eleitorado». Tribunal Superior Eleitoral. Consultado em 29 de setembro de 2018
↑ «Deputados Estaduais Eleitos no País em 2018». G1
↑ «Prefeitos Eleitos no País em 2016». G1
↑ Tribunal Superior Eleitoral: Partidos políticos registrados no TSE, acessado em 25 de julho de 2007
↑ Conservative Parties, the Right, and Democracy in Latin America (em inglês) Kevin J. Middlebrook
↑ História dos partidos brasileiros Globo.com
↑ TSE 2014 - Estatísticas de candidaturas - Cargo/partido/coligação/sexo
Fontes |
Almanaque 12 ed. , São Paulo: Abril, 1986 .
Almanaque 16 ed. , São Paulo: Abril, 1990 .
Isto É – Brasil 500 Anos: Atlas Histórico, São Paulo: Três, 1998 .
«Voto maduro», Isto É Senhor, 3 de outubro de 1990 .
Ligações externas |
Sítio oficial (em português)
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