Vale do Paraíba

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Vista parcial dos mares de morros do Vale do Paraíba.


O Vale do Paraíba é um acidente geográfico natural que abrange as Mesorregiões: Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, no estado de São Paulo e Mesorregião do Sul Fluminense, no estado do Rio de Janeiro, que se destaca por concentrar uma parcela considerável do PIB do Brasil.


O nome deve-se ao fato de que a região é parte da bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul, já que esse rio se estende por parte do estado de São Paulo e ao longo de quase todo o comprimento do estado do Rio de Janeiro e parte do estado de Minas Gerais.


Deve-se ressaltar que em sentido estrito, o nome "vale do Paraíba" deve ser utilizado apenas para se referir a uma região com certa característica geográfica.
Não se tratando portanto de uma Região, Mesorregião ou Microrregião oficial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.




Índice






  • 1 Localização


    • 1.1 Municípios da região




  • 2 Demografia


    • 2.1 História


    • 2.2 Economia


      • 2.2.1 Agropecuária


      • 2.2.2 Indústria




    • 2.3 Educação


      • 2.3.1 Ensino Médio e Técnico


      • 2.3.2 Ensino superior






  • 3 Referências


    • 3.1 Ver também


    • 3.2 Ligações externas







Localização |


Localiza-se nas margens da [rodovia Presidente Dutra] (BR-116), exatamente entre as [cidades] do [Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro] e [São Paulo (cidade)|São Paulo], dentro do complexo metropolitano formado pelas duas capitais e com seu principal eixo urbano seguindo o traçado da Via Dutra. Apesar de altamente urbanizada e industrializada, a região também tem reservas naturais importantes, como a Serra da Mantiqueira, na divisa com Minas Gerais, um dos pontos mais altos do Brasil, e a da [Serra da Bocaina|Bocaina], reduto de [Mata Atlântica] que também inclui pequenas cidades e fazendas de interesse histórico e arquitetônico.



Municípios da região |




A Mesorregião do Vale do Paraíba Paulista e a Microrregião do Vale do Paraíba Fluminense.


A população somada de todos os municípios da região é de quase 3,3 milhões de habitantes, equivalente à população do estado do Rio Grande do Norte.


As cidades mais importantes da região são:



  • No lado fluminense: Volta Redonda, Resende, Barra Mansa e Barra do Piraí;

  • No lado paulista: São José dos Campos, Taubaté, Jacareí, Pindamonhangaba, Guaratinguetá, Lorena, Caraguatatuba e Cruzeiro. Além destas, Aparecida e Cachoeira Paulista, possuem grande destaque nacional graças ao turismo religioso.


Outras cidades da região são:



  • No lado fluminense: Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Quatis, Rio Claro, Valença, Rio das Flores, Porto Real e Paraty.

  • No lado paulista: Arapeí, Areias, Bananal, Campos do Jordão, Caçapava, Canas, Cunha, Igaratá, Jambeiro, Lagoinha, Lavrinhas, Monteiro Lobato, Natividade da Serra, Paraibuna, Piquete, Potim, Queluz, Redenção da Serra, Roseira, Santa Branca, São José do Barreiro, São Luiz do Paraitinga, São Sebastião, Silveiras, Tremembé e Ubatuba.



Demografia |






















































































































História |


A história do Vale do Paraíba está intimamente ligada ao ciclo econômico do café, período de opulência que deu prestígio e poder político à região. A despeito da cidade de Lorena que começou seu desenvolvimento com o ciclo do ouro nos anos 1700 devido à passagem pelo Rio Paraíba do Sul.[2]


No início do século XX, um grupo de religiosos da ordem trapista se instalou na fazenda Maristela, em Tremembé, e introduziu a cultura do arroz nas várzeas do rio Paraíba do Sul, além de novas técnicas de plantio e irrigação.


A produção de leite foi introduzida com a decadência do café, ocorrida a partir da crise econômica mundial de 1929.


A industrialização do Vale do Paraíba iniciou-se na década de 1940, durante o Estado Novo, após um acordo diplomático feito entre Brasil e Estados Unidos, que previa um projeto ambicioso: a construção de uma usina siderúrgica que suprisse a demanda por aço dos "países aliados" durante a Segunda Guerra Mundial e ajudasse no desenvolvimento do Brasil. No ano de 1946, foi inaugurado um dos maiores complexos siderúrgicos do mundo e o maior da América Latina, a Companhia Siderúrgica Nacional - CSN, instalada em Volta Redonda. O início da produção de aço na CSN serviu de base para a industrialização do país e, especialmente, do Vale do Paraíba, com a chegada de empresas ligadas a siderurgia na região, assim como a indústria automotiva e aeroespacial.



Economia |



Agropecuária |




Plantação de arroz em Pindamonhangaba.


A agropecuária ainda é de grande importância para vários municípios dessa região.


O Vale do Paraíba é o segundo maior polo produtor de leite do país. Por questões conjunturais, a produção de leite se encontra em decadência, mas ainda sustenta boa parte da população rural dos pequenos municípios.


O arroz é um dos mais importantes produtos agrícolas da região atingindo na safra de 2002/2003, a marca de 850 mil sacas de 60 kg.[3]


Outras culturas diversificadas vêm sendo experimentadas por alguns produtores nessas várzeas.


A atual estrutura fundiária do Vale do Paraíba é fruto de mudanças significativas na forma de distribuição das terras ocorridas a partir da decadência do café, quando as grandes fazendas passaram a ser retalhadas em partilhas e heranças familiares. Esse processo se multiplicou à medida que as gerações foram se sucedendo, o que resultou numa região pontuada por pequenas propriedades e produção agropecuária marcadamente familiar.



Indústria |





















Embraer 190 no seu roll-out em São José dos Campos, cidade vista informalmente como capital da região, por sua influência, tamanho e dinamismo econômico. O PIB e a renda per capita de São José dos Campos se elevou mais do que algumas capitais do País como Rio Branco, Maceió ou Porto Velho.



Autos Fornos da CSN operando. A maior siderúrgica do hemisfério sul trouxe riqueza para Volta Redonda, marcando-a como "Cidade do Aço", além de melhor cidade para se viver no Estado do Rio de Janeiro em 2015, segundo o IBGE.




Na década de 1950, a região industrializou-se rapidamente. Nesta época destacou-se, no território paulista, a criação do Instituto Tecnológico da Aeronáutica, a consequente instalação da indústria aeronáutica com a Embraer, o maior complexo aeroespacial da América Latina, além das montadoras Volkswagen, Ford, GM, Chery, as empresas de eletrônicos LG e Ericsson, além da Alstom e Usiminas, entre outras. No território fluminense, a CSN atraiu outras empresas do setor de mineração e siderurgia. Além dessas, destacam-se outros complexos industriais como da Coca-Cola, Nissan, Jaguar Land Rover, PSA Peugeot Citroën, MAN Caminhões e Ônibus e Hyundai Heavy Industries, além de outras empresas como Guardian do Brasil, ArcelorMittal Siderúrgica Barra Mansa, Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Michelin, White Martins, a Industria Nacional de Aços Laminados (INAL), a Companhia Estanífera Brasileira (CESBRA), S/A Tubonal, Saint-Gobain Canalização, entre outras.



Educação |



Ensino Médio e Técnico |


O Vale do Paraíba é uma região que conta com várias ETECs, presentes nas seguintes cidades ETEC Machado de Assis (Caçapava), ETEC Prof. Marcos Uchôas dos Santos Penchel (Cachoeira Paulista), ETEC Professor José Santana de Castro (Cruzeiro), ETEC Professor Alfredo de Barros Santos (Guaratinguetá), ETEC Cônego José Bento (Jacareí), ETEC Padre Carlos Leôncio da Silva (Lorena), ETEC João Gomes de Araújo (Pindamonhangaba), ETEC São José dos Campos (São José dos Campos), e ETEC Doutor Geraldo José Rodrigues Alckmin (Taubaté).


Todas as cidades do Vale do Paraíba contam com no mínimo uma escola do Sistema S de Ensino SENAR, SENAC, SESC, SESCOOP, SENAI, SESI, SEST, SENAT, SEBRAE, entre outros.


São José dos Campos possuí o colégio Embraer Juarez Wanderley, que apesar de ser uma escola considerada particular é totalmente gratuita, ela atendendo a 600 alunos nas três séries do ensino médio, em regime de tempo integral ( 10 horas/dia - 6.000 horas-aula em 3 anos).


As cidades de Lorena e Guaratinguetá também possuem colégios técnicos, oferecendo também o Ensino Médio, vinculados às universidades. Em Lorena, é o Colégio Técnico de Lorena "Professor Nelson Pesciotta" (COTEL), que é vinculado à USP e oferece curso de Química com aulas durante período integral. Já em Guaratinguetá, o Colégio Técnico Industrial de Guaratinguetá "Prof. Carlos Augusto Patrício Amorim" (CTIG), vinculado à UNESP, oferece 4 cursos, Eletrônica, Eletroeletrônica, Mecânica e Informática, todos em período integral. Em ambos os colégios, para que o aluno receba o diploma de técnico, é necessário que ele faça um estágio supervisionado.


Guaratinguetá abria ainda a E.E.A.R - Escola de Especialistas de Aeronáutica, unidade de ensino técnico da Força Aérea Brasileira responsável pela formação de Sargentos Especialistas.



Ensino superior |

















Instituições federais de ensino superior de renome estão presentes no Vale do Paraíba, como a Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, e a Universidade Federal Fluminense - UFF.




O Vale do Paraíba é uma região com grande concentração de instituições de ensino superior. Entre as públicas, estão: FATEC (Cruzeiro, Guaratinguetá, Pindamonhangaba, Taubaté, Jacareí e São José dos Campos), ITA (em São José dos Campos), UERJ (campus em Resende), UFF (campus em Volta Redonda), Unesp (campus em São José dos Campos - Odontologia e Engenharia Ambiental e campus em Guaratinguetá), Unifesp (campus em São José dos Campos), USP (campus em Lorena) e UNITAU (campus em Taubaté).


Na região também estão situadas a Escola de Engenharia da UFF (em Volta Redonda), a Faculdade INPG na graduação e com cursos de MBA, um campus da UNIP, a Universidade do Vale do Paraíba (Univap, em São José dos Campos), unidades da Anhanguera Educacional (Taubaté, Pindamonhangaba, São José dos Campos e Jacareí, Pólo presencial em Roseira), um campus da Unisal (em Lorena), a Fatea também em Lorena, a FCN (Faculdade Canção Nova, em Cachoeira Paulista), a FARO (Faculdade de Roseira), a FAPI [2] (Faculdade de Pindamonhangaba), UNESA e Faculdades Dom Bosco em Resende, pólos do CEDERJ, pólos da ETEP Faculdades (São José dos Campos e Taubaté), Faculdade Bilac, a FACIC(Faculdade de Ciências Humanas de Cruzeiro), UBM (Universidade de Barra Mansa), UNIFOA, Centro Universitário Geraldo Di Biase (UGB) e a FASF (Faculdade Sul Fluminense) em Volta Redonda.[4]



Referências




  1. «Estimativas da população residente nos municípios brasileiros com data em 1 de julho de 2013» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2013. Consultado em 31 de janeiro de 2014. Cópia arquivada em 9 de setembro de 2013 


  2. Conheça Lorena - História Prefeitura Municipal de Lorena


  3. Escritório de Desenvolvimento Rural de Pindamonhangaba


  4. [1]



Ver também |



  • Interior de São Paulo

  • Interior do Rio de Janeiro

  • Mesorregião do Vale do Paraíba Paulista

  • Microrregião do Vale do Paraíba Fluminense



Ligações externas |




O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Vale do Paraíba



  • Portal sobre o Vale do Paraíba e Litoral Norte

  • Informações sobre o Vale do Paraíba Fluminense



  • Portal de São Paulo
  • Portal do Rio de Janeiro



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