Gastronomia do al-Andalus






O consumo de azeitonas, muito arreigado na Península Ibérica, já existia no tempo do al-Andalus





Atum em escabeche, um prato típico espanhol; o gosto pelos escabeches na cozinha espanhola tem origem no período muçulmano[1]


O termo gastronomia do al-Andalus é usado para designar os costumes gastronómicos praticados na Península Ibérica durante o período de dominação muçulmana (al-Andalus) na Idade Média (711–1492).


A gastronomia do al-Andalus é conhecida pelas referências literárias de alguns autores desse período, como ibn Razin al-Tuyibi, ou o médico al-Gafiqi, que descreveu a forma de cozinhar os alimentos num tratado de oftalmologia, as menções nas obras do linguista al-Zubaydi e do botânico Abu-l-Hay, bem como em estudos comentados em obras de geografia de ibn al-Ziyyat e al-Razi. Existe documentação extensa em tratados monográficos onde se detalham os processos de cozedura, guisado, etc. dos alimentos e dos costumes associados ao seu consumo.


Atualmente, algumas das receitas gastronómicas de Portugal e de Espanha têm aromas e reminiscências dessa gastronomia que exerceu a sua influência no território durante praticamente 800 anos.



Ingredientes e confeção |


O peixe e marisco faziam parte habitual da gastronomia das zonas costeiras, segundo os textos do médico ibn Zuhr /século XII). Comia-se atum pescados nas praias situadas entre Cádis e Algeciras. O peixe era consumido fresco ou em conserva, como seco ao sol e salgado, misturado com vinagre; por vezes era usado como condimento (murri al-hut), como é descrito pelo escritor granadino al-Tignari


Os alimentos mais usados eram os cereais, legumes, hortaliças e verduras em geral. Eram confecionados pratos muito diversos com cevada, trigo e várias farinhas. Algumas das mais famosas são o al-atriya, al-nasa, al-sawiq e al-kusk.


Era frequente cozinhar a carne acompanhada com trigo, mas havia também outras formas populares, em que se cozinhava acompanhada com vinagre, como no al-skibay, ou com condimentos, como no al-mutabbajar, ou ainda com mosto e diversas ervas aromáticas. Os acompanhamentos das carnes eram verduras, como couve-flor, repolho ou nabos. Confecionavam-se enchidos (al-marqas ou merguez) com carne picada envolta na sua própria gordura e com especiarias, metida em tripas de cordeiro.


Além dos pratos mencionados conhecem-se pelo menos mais dois: o xarab (em árabe: شراب), que deu origem a "xarope" em português, era uma mistura de diferentes frutas, flores, especiarias e ervas; e o sherbet, que deu origem à palavra "sorvete".



Notas e referências |



  • Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em castelhano, cujo título é «Gastronomía de al-Ándalus», especificamente desta versão.



  1. Abad Alegría 2001, p. 30.




Bibliografia |


Do artigo original da Wikipédia em espanhol




  • «La cultura culinaria andalusí y su influencia en Mesoamérica» Verifique valor |url= (ajuda), Kálamo Libros, Alif Nûn, ISSN 1695-1751 (em espanhol) (29), julho de 2005, consultado em 17 de março de 2013 


  • Abad Alegría, Francisco (2001), Color rojizo en nuestra historia culinaria. El especiado con azafrán y pimentón en las cocinas hispanas (em espanhol), Saragoça: Discurso de ingreso 


  • Benavides-Barajas, L. (1992), Al-Andalus, la cocina y su historia (em espanhol), Motril: Dulcinea 


  • Castro Martínez, Teresa de (2000), El Abastecimiento Alimentario en el Reino de Granada (1482-1510) (em espanhol), Granada 


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  • Huici Miranda, Ambrosio (1956), Cocina hispano-magrebí durante la época almohade: según un manuscrito anónimo del siglo XIII, ISBN 84-9704-175-5 (em espanhol), Ediciones Trea (publicado em 2005) 



Do artigo da revista Alif Nûn




  • Arie, Rachel (1994), España Musulmana (em espanhol), Barcelona: Labor 


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  • Muñoz Molina, Antoni (1994), Córdoba de los Omeyas (em espanhol), Barcelona: Planeta 


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