Amiga





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Commodore Amiga 1200.


Commodore Amiga ou simplesmente AMIGA é uma família de computadores de 16/32 bits fabricados pela empresa canadense Commodore Business Machines nos anos 80 e 90. Ficaram famosos pelos recursos multimídia e multitarefa apresentados em sua época, muito a frente dos rivais IBM-PC. Possuiam uma arquitetura de múltiplos processadores que permitia executar tarefas avançadas nas áreas gráficas e jogos.




Índice






  • 1 História


    • 1.1 Antecedentes


    • 1.2 O projeto do AMIGA


    • 1.3 O Amiga 1000


    • 1.4 O Amiga 500 e o Amiga 2000


    • 1.5 Da década de 1990 aos nossos dias




  • 2 Características


    • 2.1 Características sonoras




  • 3 Lista de versões


  • 4 Uso profissional


  • 5 TV e cinema


    • 5.1 No Brasil


    • 5.2 No exterior


    • 5.3 Filmes onde o Amiga fez uma ponta




  • 6 Ver também


  • 7 Referências


  • 8 Ligações externas





História |




Computador pessoal Amiga 1000.



Antecedentes |


Na década de 1970, no mercado de computadores, acirrou-se a competição entre a "Big Blue" (a IBM) e os "Sete Anões" (Sperry Rand, Control Data, Honeywell, RCA, NCR, GE e Burroughs), o que acarretou em uma redução dos custos de produção dos equipamentos. Graças a essa conjuntura, em 1975 foi possível o lançamento do primeiro computador pessoal: o Altair 8800. No ano seguinte (1976), o Apple Inc. foi lançado, popularizando o computador pessoal e tornando os seus criadores milionários. Iniciava-se a prosperidade de Silicon Valley.



O projeto do AMIGA |


A história do AMIGA remonta a 1982, quando três jovens doutorados da Flórida decidiram desenvolver a última palavra em console de jogos. O negócio do videogame baseado em ROM estava estourando à época, e ainda não existia nenhum vestígio da Sega ou da Nintendo.


A empresa foi fundada em Los Gatos (Califórnia), contando com os currículos de Jay Minner, o designer de chip responsável pelo revolucionário hardware audiovisual do Atari 800 e do console VCS. A aquisição seguinte foi Dave Morse da Tonka Toys, para o cargo de vice-presidente de vendas, e por fim, em julho de 1983, uniu-se a eles R. J. Mical, vindo da Defender, mas que anteriormente havia trabalhado nos jogos arcade Sinistar e Star Bike.


Priorizar a compatibilidade com o usuário era o elemento-chave dos três profissionais e foi essa mesma procura de proximidade que levou a empresa a chama-lo "Amiga". O projeto era o de criar aquele que seria o videogame definitivo da década de 1980, e o console então em desenvolvimento foi chamado de "Lorraine".


A ideia original consistia em unir um teclado e um disk-drive a sofisticados sistemas de tarefas múltiplas ("multitasking") e a um leque abrangente de periféricos. À medida que o projeto tomava forma, algumas ideias para novos jogos foram surgindo, perdendo-se tempo no desenvolvimento desses projetos paralelos. Com isso, na Primavera de 1984 a Amiga Computer Inc. encontrava-se na falência.


Para salvá-la, existiam contatos de vários interessados em potencial, inclusive a Sony, a Philips e a própria Apple Inc.. Ninguém se interessou, exceto Jack Tramiel. O fundador da Commodore havia recentemente deixado a empresa e comprado a enferma Atari, da Warner Bros. Ele necessitava de um microcomputador potente para superar a concorrência e insuflar nova vida à Atari. Depois de acaloradas conversações, um acordo foi fechado. Foi quando, à ultima hora, a própria Commodore surgiu e adquiriu a companhia: o nome "Lorraine" foi preterido em favor do nome "AMIGA". Tramiel, sem perda de tempo, lançou o computador Atari ST para fazer face a esta nova ameaça da Commodore. As duas máquinas viriam efetivamente a se tornar fortes competidoras. Recorde-se que, à época, a Commodore atingira a marca do primeiro milhão de computadores domésticos vendidos, com o Commodore VIC-20, número que se constituía num respeitável cartão de visitas.


A esta ponto, o projeto "AMIGA" já estava definido: um microprocessador MOTOROLA 68000 de 32 Bits, e 4 coprocessadores customizados gerenciavam uma resolução gráfica de até 640 X 400 pixels, 32 cores de uma paleta de até 4096 tonalidades, som estéreo de até 4 canais, drive interno de 3,5 polegadas, recurso de multitasking, etc. O sistema incorporou e desenvolveu ainda o recurso de interface iconográfica com o usuário, utilizado inicialmente pelo Macintosh e desenvolvido mais tarde nos IBM/PC com o nome de "Windows".



O Amiga 1000 |


Apesar de se constituir num computador perfeito para o hobbysta, a Commodore tentou vender inicialmente o "AMIGA" como uma máquina para negócios, talvez impressionada pelo sucesso do lançamento, em 1981, do microcomputador PC, pela IBM. Em 1985 foi lançado o "Amiga 1000", mas o seu marketing revelou-se um desastre em poucos meses. Os prejuízos nas vendas levaram à conclusão de que o design econômico da máquina e o seu teclado de 89 teclas não haviam convencido o público-alvo, ao mesmo tempo que haviam espantado qualquer usuário potencial de um micro para lazer. A pressa no lançamento, além disso, havia deixado que passassem para o consumidor falhas, que noutra máquina, teriam sido eliminadas na prancheta de desenho.



O Amiga 500 e o Amiga 2000 |


O verdadeiro sucesso do "AMIGA" não veio antes do redesenhado A500, lançado em 1987, com design corrigido, sistema operacional refeito, uma política de preços mais baixos e um marketing mais agressivo. Tão importante quanto isso, a Commodore uniu-se a empresas de desenvolvimento de software como a Ocean para desenvolver jogos, e a Gold Disk para desenvolver aplicativos, tendo como resultado uma série de bem-sucedidos pacotes.


O A500 era voltado para um segmento mais popular de consumo (jogos e aplicações leves), incorporando CPU e teclado num mesmo gabinete, emulando o IBM/PC via software, com 512 Kb de fábrica e capacidade de expansão.


Imediatamente em seguida foi lançado o AMIGA 2000, uma versão profissional da linha, com um design mais sofisticado e capacidade de emular o IBM/PC-AT via hardware. Com 1 Mb de fábrica, podia ser expandido com o processador original (o MOTOROLA 68000) até 9 Mb, e com um 68020/30 e um MMU, até aos Gigabytes.


As melhorias do projeto incluíam ainda um teclado do tipo PC/AT com 104 teclas e uma revisão abrangente das falhas originais de projeto, bem como a incorporação de diversas melhorias à mecânica das máquinas, facilitando a sua manutenção. Por ser um projeto de arquitetura "aberta", em pouco tempo uma série de outras empresas pode oferecer ao consumidor uma gama variada de periféricos e programas, que expandiram bastante os recursos originais. O usuário de AMIGA dispunha, à época, de uma biblioteca de programas nada desprezível, à qual se somam ainda, via emuladores/conversores, as de IBM/PC e Apple/Mac.



Da década de 1990 aos nossos dias |




AmigaOne X1000


Na década de 1990 foram lançados o A3000, com desenho de uma "low workstation", linhas sóbrias e perfil compacto, a A1500, e o A500P. No Brasil o A600 destinava-se a suprir a lacuna aberta com o fim da reserva de mercado. Finalmente foi lançado o A1200 com 2M de RAM e processador de 32 bits e ainda sua versão em videogame: o AMIGA CD32.


Ainda em 1994, a Commodore lançou novo modelo dedicado ao uso profissional - o A4000 -, equipado com a linha de processadores Motorola 68030/68040 e pronto para receber o hardware Newtek Video Flyer, sistema pioneiro em edição não-linear de vídeo. Esse foi o último e o mais poderoso modelo produzido pela Commodore, e que acabou consagrado nos principais estúdios de cinema e televisão.


Desde então, a família sofreu com a massificação do PC e do Microsoft Windows. Entretanto, ainda é bastante utilizada em mesas de edição em emissoras de TV e por alguns utilizadores fiéis em Portugal, no Brasil e em outros países, que continuam a utilizar esse hardware assim como a desenvolver e traduzir software para o mesmo.


O Amiga ainda é produzido, mas agora com processadores CPUs RISC PowerPC G3, G4+, etc., instalados em placas-mãe AmigaOne, Pegasus e Sam440.



Características |


Uma das características do AMIGA é o "boot" do seu DOS. O AMIGA/DOS não é residente, e para isso o usuário dispõe de um programa - o Workbench - que é carregado na memória e de onde os demais são rodados. Para simplificar, a maioria dos programas (ou discos com programas), vêm com um "boot-block" standard desse Workbench, que ocupa os dois primeiros blocos de armazenamento de um disco formatado como Amiga/Dos.


A informação requerida para identificar um disco formatado como AMIGA/DOS, é um pequeno trecho de informações que deixa algumas centenas de bytes livres no "boot-block" (isso pode ser constatado com uma ferramenta para examinar os setores/trilhas de um disco, como o DiskX de Steve Tibbett).


Alguns programadores utilizam esse espaço para exibir mensagens contínuas, melodias ou imagens. Cópias de programas violados por "hackers" costumam exibir as suas "marcas" imediatamente após a mensagem que indica estar sendo carregado o sistema operacional. Foi nesse espaço que os primeiros espécimes de vírus do AMIGA se emboscaram.


Embora pouco divulgado, o Amiga foi o precursor de muitos dos recursos utilizados nos actuais sistemas operativos, sendo um dos primeiros sistemas operativos - o Workbench - a utilizar multi-tarefa em tempo real. O AmigaOS - Workbench, Sistema Operativo da plataforma Amiga foi atualizado até meados de 1999 pela Commodore e o Sistema Operativo AmigaOS, mais conhecido por Workbench, continua a ser actualizado, encontrando-se na versão 4.0.


O Sistema Operativo AmigaOS - Workbench da versão 1.0 até à versão 3.9 utiliza os processadores CPUs da família Motorola 68000 até ao 68060. O novo Sistema Operativo AmigaOS 4.0 e versões posteriores só funcionaram nos Amiga com processadores CPUs PowerPC.


Outro grande avanço da linha de computadores Amiga foi sua arquitetura de chips gráficos trabalhando em paralelo com o processador principal que permitia um desempenho inigualável em aplicações multimídia e serviu de inspiração para as atuais placas aceleradoras de vídeo.


A estabilidade do sistema foi decisiva para sua utilização dos Amiga nas operações telemetria de foguetes da Nasa. Vários modelos de computadores foram testados mas o Amiga foi muito superior nos resultados.



Características sonoras |



Lista de versões |


O Amiga conheceu várias versões desde o seu lançamento em 23 de Julho de 1985:




  • Amiga 1000 (1985 a 1987)

  • Amiga 500 (1987 a 1991)

  • Amiga 2000 (1987 a 1992)

  • Amiga 2500 (1989 a 1990) - foi um modelo variante do A2000

  • Amiga 3000 (junho de 1990 a 1992)

  • Amiga 3000UX (1990 a 1992) foi uma versão UNIX do A3000

  • Amiga 1500 (1990 a 1991) foi um modelo variante do A2000, comercializado apenas no Reino Unido

  • Amiga 3000T (1991 a 1992)


  • Amiga CDTV (março de 1991 a 1992)

  • Amiga 500+ (1991 a 1992) - foi um modelo de exportação para mercados fora dos EUA

  • Amiga 600 (março de 1992) - a versão brasileira foi montada pela PCI Componentes da Amazônia S.A.

  • Amiga 4000 (setembro de 1992 a 1994)

  • Amiga 1200 (outubro de 1992 a 1994) - montado pela empresa alemã ESCOM de 1995 a 1996; a versão brasileira foi montada pela PCI Componentes da Amazônia S.A.

  • Amiga 4000/030 Amiga 4000/040 (abril de 1993 a 1994)

  • Amiga CD32 (setembro de 1993 a 1994) - a versão brasileira foi montada pela PCI Componentes da Amazônia S.A.

  • Amiga 4000T (1994 a 1997) - montado pela empresa alemã ESCOM de 1995 a 1996 e pela empresa americana QuikPak em 1997



Uso profissional |



  • Uso na NASA em Sistemas de Visão Sintética (Synthetic vision system - simulação do ambiente externo para pilotagem em visibilidade baixa ou zero) e em Telemetria (ver link abaixo em "Ligações externas").

  • Edição de Video (efeitos, animações, legendagem, etc)

  • Edição de Áudio (MIDI, sequenciador, compositor, etc)



TV e cinema |


Abaixo, uma pequena lista dos locais onde o Amiga atuou:



No Brasil |



  • Programa Comando da Madrugada: vinhetas e no próprio cenário, onde o A2000 aparecia de fundo;

  • Abertura da novela Meu Bem, Meu Mal: animação da vinheta na abertura;

  • Várias emissoras e estúdios de TV nos anos 90 - legendas

  • TV´s a cabo: até hoje é utilizado para fazer a grade de programação;


  • Quiosques eletrônicos nos shoppings;


  • Outdoor eletrônico no Anhangabaú, em São Paulo.

  • Programa RADAR, da TVE de Porto Alegre.



No exterior |



  • Robocop

  • Total Recall

  • Jurassic Park

  • Who Framed Roger Rabbit?

  • Aladdin

  • Warlock 2

  • Sleepwalkers

  • Babylon 5

  • Cyberjack

  • SeaQuest DSV

  • The Young Indiana Jones Chronicles

  • Quantum Leap


  • 3 Men and a Baby (1987) (Três Solteirões e um Bebê)

  • Honey, I Blew Up the Kid

  • The Dark Half

  • Tommyknockers

  • Afterburn

  • Mysteries from Beyond the Other Dominion

  • Unsolved Mysteries

  • Goof Troop

  • Animaniacs

  • Total Panic

  • Nick Arcade

  • Clarissa Explains

  • MTV

  • Viper

  • The Edge

  • Mouth of Madness



Filmes onde o Amiga fez uma ponta |



  • Back to the Future

  • Goonies

  • Jurassic Park

  • Young Sherlock Holmes



Ver também |



  • AmigaOne

  • AmigaOS

  • Lista de jogos para Amiga



Referências




Ligações externas |



  • (em português) Amiga usado em telemetria pela NASA em Cabo Canaveral

  • (em inglês) (em português) Projectos Commodore Amiga em Portugal

  • (em português) Revista com temática Retro e Commodore Amiga

  • (em francês) Jogos Amiga

  • (em português) Emulador e Roms para o Amiga





Commons

O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Amiga





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