Igreja Greco-Católica Melquita






O Patriarca emérito Gregório III.


A Igreja Greco-Católica Melquita (em árabe كنيسة الروم الكاثوليك, Kanīsät ar-Rūm al-Kāṯūlīk) ou Igreja Patriarcal Melquita[1] é uma igreja oriental católica particular sui iuris. Esta Igreja utiliza o rito litúrgico bizantino e utiliza o grego e o árabe como línguas litúrgicas.


O atual líder da Igreja Melquita, que é o Patriarca, è Youssef I Absi, que foi eleito pelo seu Sínodo no dia 21 de junho de 2017 e reconhecido pelo papa Francisco no dia seguinte.




Índice






  • 1 História


  • 2 Ícones


  • 3 Igreja Greco-Católica no mundo


    • 3.1 No Brasil




  • 4 Referências


  • 5 Ver também


  • 6 Ligações externas





História |



Outros reclamantes à Sé de Antioquia: Igreja de Antioquia

Criada em Antioquia, é a mais antiga Igreja enquanto instituição do mundo e é a única entre as orientais que não é uma Igreja nacional, apesar de estar intimamente ligada à Síria. Seu Patriarcado envolve três sés apostólicas: Antioquia, Jerusalém e Alexandria, chamando-se Patriarcado Greco-Melquita de Antioquia e de todo Oriente, Alexandria e Jerusalém.


O nome Melquita vem de mèlek que é a raiz siríaca para palavras como "rei", "real" e "reino". Todos aqueles que ficaram ao lado do imperador bizantino Marciano no Concílio de Calcedônia em 451, defendendo a realidade das duas naturezas de Cristo, foram pejorativamente apelidados de "reais" pelos monofisistas.


Com o tempo, o nome foi usado para designar especificamente os cristãos bizantinos de Antioquia, Alexandria e Jerusalém, que passaram a humildemente aceitar a alcunha jocosa que lhes conferiram.


Já a adjetivação de sua catolicidade - "greco" - vem do fato de os então futuros melquitas, assim como os outros cristãos que habitavam o Império Bizantino, antigo Império Romano, serem chamados pelos muçulmanos de rumi, "romanos", uma identidade que veio a ficar estreitamente ligada à língua que falavam: o grego, tanto que ambos nomes se tornaram sinônimos. Tal ligação com o Império Bizantino veio acrescentar alguns elementos bizantinos ao seu rito antioqueno de origem, tornando-o conhecido como rito bizantino. Assim, Igreja Melkita passou a ter, assim, a Divina Liturgia escrita por São João Crisóstomo e São Basílio de Cesareia.


Ainda como elemento de identidade, a Igreja Melquita é árabe. Seu processo de arabização começou desde segunda metade do século VIII. Foi a primeira igreja a usar o árabe como língua litúrgica, e teve como um dos seus filhos o primeiro escritor cristão que escreveu regularmente em árabe, Teodoro Abuqurra (ca. 755 - ca.830).


Depois do Grande Cisma que ocorreu em 1054, a Igreja Melquita não manifestou nenhuma posição unilateral entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, tentando preservar sua comunhão com ambas as igrejas. Mas, em 1724, dado às circunstâncias históricas, como a atuação de missionários europeus, grande parte dos melquitas declaram comunhão visível com a Igreja Católica, criando assim duas vertentes dos melquitas: os católicos (também chamados de uniatas) e os ortodoxos, os quais vieram a ser conhecidos como antioquenos.


No entanto, os melquitas continuaram a se considerar ortodoxos, por sua fidelidade aos sete primeiros concílios ecumênicos e à tradição oriental, tendo apenas algo a mais que é a comunhão com Roma. E, com o tempo, adquiriram uma nova missão: testemunhar a fidelidade à tradição oriental junto ao resto da Igreja Católica, para prepará-lo a aceitar plenamente a Igreja Ortodoxa.



Ícones |


A Igreja Melquita, fiel à tradição bizantina, não usa esculturas em suas igrejas, mas apenas ícones: antes de entrar no Sancta Sanctorum pode-se sempre ver uma ícone de Maria e uma de Jesus.



Igreja Greco-Católica no mundo |


A Igreja Melquita conta actualmente com cerca de 1,3 milhões de fiéis, organizados em 28 dioceses:



  • O Patriarcado, sediado em Damasco.

  • As arquidioceses sírias de Alepo, Bosra e Hauran,(khabab), Damasco e Homs e de Lattaquié.

  • As arquidioceses libanesas de Beirute e Jbeil, de Tiro, de Baalbek, de Baniyas, de Saïda, de Tripoli do Libano, e de Zahlé e Furzol.

  • A arquidiocese de Akka em Israel

  • A arquidiocese de Petra e Filadélfia na Jordânia* A eparquia de Nossa Senhora da Anunciação de Newton nos Estados Unidos.



  • A eparquia de Nossa Senhora do Paraíso em São Paulo no Brasil.

  • A eparquia de Nossa Senhora do Paraíso na Cidade do México no México.

  • A eparquia de São Miguel em Sydney na Austrália

  • A eparquia do São Salvador em Montreal no Canadá

  • Os exarcados apostólicos da Argentina e Venezuela

  • Os exarcados patriarcais do Iraque e Kuwait

  • Os territórios dependentes do Patriarca do Egito e Sudão





Igreja Melquita de São Jorge em Juiz de Fora - MG.



  • O vicariato apostólico de Jerusalém

  • A Arquidiocese de Alexandria é sé vacante.



No Brasil |


A Igreja Melquita veio ao Brasil em missão para servir os imigrantes sírios e libaneses, cuja imigração se iniciou em torno de 1869-1890. Prósperas comunidades foram fundadas e, com muito esforço, também levantadas suas próprias igrejas. A primeira, Igreja de São Basílio, foi fundada em 1941, pelo primeiro arcebispo do Brasil, dom Elias Coueter, tendo sido a primeira igreja católica oriental a ser fundada no país.


A Igreja Melquita do Brasil é organizada numa eparquia, a Eparquia melquita no Brasil. Hoje, seu bispo é Dom Joseph Gébara, sendo seu bispo emérito Dom Farès Maakaroun e ela abrange com quatro igrejas;




  • Catedral de Nossa Senhora do Paraíso em São Paulo

  • Igreja de São Basílio, no Rio de Janeiro


  • Igreja de Nossa Senhora do Líbano em Fortaleza


  • Igreja de São Jorge em Juiz de Fora


Também duas comunidades;




  • Comunidade Sant'Ana em Taubaté

  • Comunidade São Sebastião em Tremembé


E a Igreja Melquita está presente ainda em uma igreja siríaca e em duas igrejas latinas, celebrando o rito bizantino:




  • Igreja do Sagrado Coração de Jesus em Belo Horizonte


  • Igreja de Santa Helena em Votorantim


  • Santuário do Bom Jesus em Boa Esperança



Referências




  1. Rádio Vaticana (19 de novembro de 2013). «As Igrejas Católicas Orientais unidas a Roma». News.VA. Consultado em 9 de fevereiro de 2015 



Ver também |



  • Igreja de São Julião o Pobre - a unica igreja melquita em Paris.


Ligações externas |




O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Igreja Greco-Católica Melquita



  • Site Oficial Dom Farès Maakaroun

  • Comunidade Católica Greco-Melquita

  • Site da Paróquia de São Basílio do Rio de Janeiro

  • Sarkomata - ícones de acordo com o Calendário Litúrgico

  • Pequenos Monges do Pater Noster


  • Igreja Greco-Católica Melquita (em árabe)





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