Galiza




Coordenadas: 43° N 8° O







Ambox important.svg


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Espanha
Galiza

GalizaGalicia


 


  Comunidade autónoma  




Bandeira de Galiza
Bandeira

Brasão de armas de Galiza
Brasão de armas

Lema: Hoc hic misterium fidei firmiter profitemur [nota 1].

Galicia in Spain (plus Canarias).svg


Hino: Os Pinos
Capital

Santiago de Compostela
Administração
 - Presidente

Alberto Núñez Feijóo (PPdeG)

Área
 - Total
29 574 km²

População (2017)
 - Total
2 708 339

    • Densidade

91,6 hab./km²
Gentílico
galego, -ga

Províncias

Corunha, Lugo, Ourense, Pontevedra
Idioma oficial

galego e castelhano

Estatuto de autonomia
28 de Abril de 1981

ISO 3166-2
ES-GA

Congresso
Senado
25 assentos
19 assentos
Sítio

Junta da Galiza

A Galiza [2][nota 2] é uma nação[3][4] organizada enquanto comunidade autónoma espanhola, com o estatuto de nacionalidade histórica.[5] Situada no noroeste da Península Ibérica, ocupa o território histórico da antiga Galécia e do Reino da Galiza (409–1833).


É formada pelas províncias da Corunha, Lugo, Ourense e Pontevedra. Geograficamente, limita a norte com o mar Cantábrico, ao sul com Portugal (Minho e Trás-os-Montes), a oeste com o oceano Atlântico e a leste com o Principado das Astúrias e Castela e Leão (províncias de Samora e de Leão). À Galiza pertencem o arquipélago das ilhas Cies, o arquipélago de Ons e o arquipélago de Sálvora, bem como as ilhas de Cortegada, Arouça, as Sisargas ou as Malveiras. Possuía em 2015 cerca de 2 726 291 de habitantes, com uma densidade demográfica elevada nas faixas entre a Corunha e Ferrol, a noroeste, e Pontevedra e Vigo a sudoeste. Santiago de Compostela é a capital política, com um estatuto especial, dentro da província da Corunha. É na sua capital que se situa um dos mais importantes santuários católicos do Ocidente, a Catedral de Santiago de Compostela.


O hino da Galiza, Os Pinos, elaborado por Eduardo Pondal, refere-se à Galiza como a nação de Breogão, herói da mitologia céltica.[6]




Índice






  • 1 Topónimo


    • 1.1 Origem e evolução


    • 1.2 Formas atuais




  • 2 História


    • 2.1 Pré-história


      • 2.1.1 Paleolítico


      • 2.1.2 Cultura megalítica


      • 2.1.3 Idade do Bronze




    • 2.2 Cultura céltica castreja


    • 2.3 Da Idade Antiga ao século XIX


    • 2.4 Século XIX




  • 3 Política e governo


    • 3.1 Administração autonómica


    • 3.2 Nacionalidade galega




  • 4 Geografia


    • 4.1 Divisão administrativa




  • 5 Demografia


    • 5.1 Concelhos mais populosos




  • 6 Cultura


    • 6.1 Língua


      • 6.1.1 Disputa linguística




    • 6.2 Símbolos


      • 6.2.1 Bandeira


      • 6.2.2 Escudo


      • 6.2.3 Hino




    • 6.3 Internet


    • 6.4 Clubes de futebol




  • 7 Notas


  • 8 Referências


  • 9 Ver também


  • 10 Ligações externas





Topónimo |



Origem e evolução |


O nome para o território atual da Galiza deriva da palavra latina Gallaecia (ou Callaecia), que significa literalmente «terra dos galaicos». Callaecia, «a terra dos Callaeci», poderia derivar de kallā- 'madeira',[7] juntamente com o sufixo complexo local -āik-. O topónimo transformou-se mais tarde em Gallicia, e daí para as formas atuais. Os galaicos[nota 3] foram o povo mais numeroso do noroeste da Península Ibérica antes da sua integração no Império Romano no século I a.C., apesar de alguns autores[quais?] considerarem que, originalmente, o termo «galaico» era empregue para denominar uma pequena tribo ao norte do Douro. Seja como for, o nome acabou por abarcar todo um grupo étnico de língua celta e culturalmente homogéneo, situado entre o Mar Cantábrico e o rio Douro.




Mapa da Europa de Estrabão, com a localização das Cassitérides.


A primeira referência histórica dos galaicos remonta-se ao ano 136 a. C., quando o general romano Décimo Júnio Bruto Galaico regressa a Roma — depois da sua vitoriosa campanha bélica contra dois povos previamente desconhecidos: os lusitanos e galaicos — recebendo do próprio Senado romano o título de Gallaecus ou "galaico" em honra pela dura expedição militar contra estes.[9] Após estes primeiros contactos, o mundo grecolatino passa a denominar o seu país como Gallaecia, tal como o fizeram Estrabão, Plínio e Apiano, entre outros. Será este nome, Gallaecia, que irá evoluindo durante mais de treze séculos, e que acabará por adotar as formas «Galiza» e «Galicia».


Mais controverso é, porém, o significado original do termo Gallaicus (galaico) e consequentemente de Gallaecia. O primeiro autor que teorizou sobre isto foi Isidoro de Sevilha, que no século VII explicava que o nome "galaico" aludia à pele branca como o leite que tinham os seus habitantes, de jeito semelhante aos habitantes da Gália.[10] Serão muitos autores posteriores os que tentem procurar o significado deste nome, tais como Afonso X o Sábio, Ramón Barros Sivelo ou Murguía, mas hoje tende a ser relacionado com étimos das línguas celtas, e indo-europeias em geral, de maneira que o significado exato da palavra é, hoje em dia, desconhecido.



Formas atuais |



O nome oficial da comunidade é Galicia, forma considerada maioritária e preferente pela Real Academia Galega e também usada em castelhano.[11] No entanto, a Real Academia Galega e o Instituto da Língua Galega admitiram tanto Galiza como Galicia na sua normativa de concórdia do verão de 2003. Sobre este assunto, concretamente, as Normas Ortográficas e Morfológicas do Idioma Galego referem o seguinte:


«Teñen terminación -cia, entre outros, acacia, ... etc. Entre estas palabras está Galicia, voz lexítima galega, denominación oficial do país e maioritaria na expresión oral e escrita moderna. Galiza é tamén unha forma lexitimamente galega, amplamente documentada na época medieval, que foi recuperada no galego contemporáneo.»


Por sua parte, a Associação Galega da Língua, inserida na corrente reintegracionista, admite apenas a forma Galiza. O mesmo acontece no Brasil e em Portugal, onde as obras de maior renome, como os dicionários Aurélio, Houaiss, Michaelis, Caldas Aulete, e os Dicionários Porto Editora, apenas aceitam a forma Galiza para o nome da região em português, reservando o termo Galícia para a região da Polónia. Existem porém minidicionários, entre os quais o Minidicionário Antônio Olinto, Soares Amora, Sacconi, ou Minidicionário Silveira Bueno, além de enciclopédias traduzidas, como a Grande Enciclopédia Larousse Cultural, a Enciclopédia Geográfica Universal, que dão os termos como sinônimos.


Todavia, obras como o Dicionário de Questões Vernáculas, de Napoleão Mendes de Almeida ou «A imprensa e o caos na ortografia», de Marcos de Castro, afirmam, com veemência, a condição de barbarismo que representaria o uso do termo Galícia em detrimento do português Galiza. Outras obras, como o Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, nem mesmo registram o referido termo, cujo uso, segundo alguns autores, teria sido disseminado no Brasil como adaptação do topônimo mais comum na Galiza, Galicia, por uma possível influência dos numerosos imigrantes galegos que chegaram ao país, ou, ainda, por influência do inglês ou do espanhol.[12]



História |



Pré-história |



Paleolítico |




O dólmen de Axeitos


As primeiras provas líticas da presença humana na Galiza datam de há cerca de 300.000 anos, no Paleolítico Inferior, durante o Pleistoceno Médio. Deste período, que nesta zona perdura até cerca de 5000 a.C., existem diversos restos dos seus povoadores por todo o litoral, desde Ribadeu até à Guarda, que consistem em instrumentos líticos que demonstram uma indústria acheuliana à base de bifaces, fendedores e triedros feitos sobre uma base de quartzo ou quarcita. São também de destaque as descobertas na parte portuguesa do Rio Minho – de Caminha a Melgaço – e o da caverna Eirós, em Triacastela, no qual foram preservados restos de animais e líticos dos neandertais até ao Paleolítico Médio, graças ao seu ambiente básico. Também existem outras reservas deste período no Baixo Minho e na depressão de Ourense. Conhecem-se duas culturas, o Paleolítico Inferior Arcaico (ou "cultura dos cantos talhados", com uma técnica mais simples) e o Paleolítico Inferior Clássico. As indústrias são simples e o número de tipos reduzido.



Cultura megalítica |


A primeira grande cultura claramente identificada se caracterizava por sua capacidade construtora e arquitetônica, juntamente com o seu sentido religioso, fundamentado no culto aos mortos como mediadores entre o homem e os deuses.


A sociedade estaria organizada num tipo de estrutura de clãs. Da época do megalítico depõe milhares de túmulos[13] estendidos por todo o território, escondendo no seu interior uma câmara funerária de dimensões maiores ou menores, edificada com brames de pedra, conhecidas como dólmen.



Idade do Bronze |


É nesta época que se atinge o desenvolvimento metalúrgico, impulsionado pela riqueza mineira. Devido às mudanças climáticas, vários povos da meseta migraram para o território da Galiza, aumentando a população e os conflitos entre povos. É a época de produção de diversos utensílios e joias de ouro ou de bronze, que foram até levadas além-Pirenéus.



Cultura céltica castreja |





Castro de Santa Trega


Corresponde ao período de tempo desde a chegada dos celtas e seu assentamento até à fortificação nos seus castros. Floresceu na segunda metade da Idade do Ferro, resultado da fusão com a cultura da Idade do Bronze e outros contributos posteriores, coexistindo em parte com a época romana. Os celtas trouxeram novas variedades de gado, o cavalo domesticado e provavelmente o centeio.


O primeiro povo celta que invade Galiza é o dos Sefes, no século XI a.C.. Submeterá os Estrímnios, mas este influirá no primeiro sobretudo no terreno da religião, da organização política e das relações marítimas com a Bretanha e a Inglaterra.[carece de fontes?] Segundo Estrabão, a topografia predominantemente montanhosa da Galiza fez com que os galaicos fossem o povo mais difícil de vencer da Península Ibérica e tivessem derrotado grande parte dos povos da Lusitânia.[14] É preciso dizer que a província romana dos galaicos, a Galécia (em latim: Gallaecia ou Callaecia), ainda não estava constituída política e administrativamente.


Os castros são recintos fortificados de forma circular, providos de um ou vários muros concêntricos, precedidos geralmente do seu correspondente fosso e situados, os mais deles, na cimeira de colina e montanhas. Entre os castros de tipo costeiro, destacam-se os de Fazouro, Santa Trega, Baronha e Neixão. No interior, podem mencionar-se os de Castromau e Viladonga. Comum a todos eles é o facto de que o homem se adapta ao terreno e não ao contrário.


Quanto aos templos, a única construção encontrada é a de Elvinha. O de Meirãs conserva uma necrópole. Noutros castros existiam pequenas construções em forma de caixa onde eram guardadas as cinzas (cultura sorotápica, dos campos de enterro de furnas – urnenfelder em alemão). Existem também outras parcialmente enterradas, com um depósito para a água, nas quais os vestígios de fogo indicam que deveria ter como propósito a incineração de cadáveres.


A partir dos finais do Megalítico, aparecem inscrições sobre rochas graníticas a céu aberto das quais atualmente se desconhece a sua origem e significado, sendo de nota as do Campo Lameiro.



Da Idade Antiga ao século XIX |



Ver artigo principal: Reino da Galiza


Século XIX |


Até o século XIX, a Galiza estava dividida em sete províncias: Mondonhedo, Lugo, Ourense, Tui, Santiago, Corunha e Betanços. Desde essa época, as províncias foram reduzidas a apenas quatro e quatro capitais: Corunha, Ponte Vedra, Ourense e Lugo.


Tinha órgãos de governo próprios, sendo eles, a Junta da Galiza (em galego: Xunta de Galicia) e o Parlamento Galego.


Portugal foi um destino migratório para muitos galegos, desde o tempo da reconquista.[15]



Política e governo |



Administração autonómica |


O Estatuto de Autonomia da Galiza estabelece que os poderes da comunidade são executados por via do Parlamento, da Junta e da Presidência.[16]



  • O Parlamento da Galiza é o representante máximo da comunidade, e sobre o qual recai o poder legislativo. É composto por 75 deputados eleitos por sufrágio universal através de representação proporcional por um período de quatro anos, na qual está também garantido o voto da diáspora galega.

  • A Junta da Galiza (Xunta de Galicia), órgão encarregue do poder executivo e administrativo do governo. Composta pelo presidente, vice-presidente e dez conselheiros. Coordena também as atividades das deputações provinciais.

  • O Presidente da Junta da Galiza dirige e coordena as suas ações e representa a comunidade autónoma. É membro do Parlamento e eleito pelos seus deputados.




























































































Eleições ao Parlamento da Galiza

2016-2020



Partido

Candidato

Votos

Percentagem

Nº de deputados

Composição parlamentar

People's Party (Spain) Logo (2008-2015).svg

Alberto Núñez Feijóo
682 150
47,56
41

Escaños Parlamento Galicia 2016.svg

En Marea Glyph (political party).png

Luis Villares Naveira
273 523
19,07
14

Logotipo del PSOE.svg

Xoaquín Fernández Leiceaga
256 381
17,87
14

BNG

Ana Pontón
119 446
8,33
6

Ciudadanos-icono.svg

Cristina Losada
48 553
3,38
0

Logo Pacma.jpg

15 135
1,06
0

Democracia

Ourensana



Miguel Caride
7723
0,54
0

Comprimiso.PNG

Xoán Bascuas
4109
0,29
0

Partido Anticorrupción y Justicia

(PAYJ)



2535
0,18
0

Gañemos (GAÑEMOS)

2344
0,16
0

Recortes Cero-Grupo Verde
Pastora Fernández
2276
0,16
0

Fonte: Xunta de Galicia[17][18]


Nacionalidade galega |


Atualmente, o Estatuto de Autonomia de Galiza define a Galiza como "nacionalidade histórica".


A "Defesa da Nacionalidade" foi assinada em público (Pacto de Governo), após o acordo de coligação.



Geografia |




Fachada da Praça do Obradoiro da Catedral de Santiago de Compostela



Ver artigos principais: Geografia da Galiza, Comarcas da Galiza e Lista de municípios da Galiza

Ver também: Praias da Galiza

O território galego confina-se entre 43º 48' N (Estaca de Bares) e 41º 49' N (Portela do Homem, na fronteira com Portugal) em latitude. Em longitude, entre 6º 44' O (limite entre Ourense e Samora) e 9º 18' O (cabo Tourinhão).


O concelho mais populoso é o de Vigo com 292 817 habitantes, e o menos povoado o de Negueira de Moniz com 215 habitantes em 2016. O concelho mais extenso é o da Fonsagrada, com uma superficie de 438,4 km², e o mais pequeno o de Mondariz-Balneário com 2,3 km². A Corunha é o concelho com maior densidade de população, com 6449,32 hab./km² e Vilarinho de Conso é o que tem menor densidade de população com 2,92 hab./km² em 2016.



Divisão administrativa |


Durante a Idade Moderna e até à divisão territorial de Espanha em 1833, a Galiza esteve dividida em sete províncias: Corunha, Betanços, Lugo, Mondonhedo, Ourense, Santiago e Tui. Atualmente, a comunidade estrutura-se em quatro províncias, as da Corunha, Lugo, Ourense e Ponte Vedra. Estas, por sua vez, dividem-se em comarcas (53), concelhos (313), seguindo-se as paróquias (3792) e, por último, as aldeias e lugares. A sua capital política é a cidade de Santiago de Compostela, na província da Corunha.



Demografia |


Com uma população estimada (2016) de 2 718 525 habitantes, a Galiza é a quinta comunidade autónoma de Espanha em população.[19] A sua densidade de população, de 92,94 hab./km², é ligeiramente superior à media espanhola e semelhante à europeia.


A população concentra-se na sua maioria nas zonas costeiras, sendo as áreas das Rias Baixas e o Golfo Ártabro (áreas metropolitanas da Corunha e Ferrol) as de maior densidade de população. A Galiza conta com sete localidades consideradas cidades: as quatro capitais: Corunha, Ponte Vedra, Ourense e Lugo além de outras três cidades: Santiago de Compostela (capital administrativa) e as cidades industriais de Vigo e Ferrol.


Assim, o país conta com outros cinco concelhos com mais de 30.000 habitantes, dez concelhos de entre 20.000 e 30.000 habitantes, e trinta e cinco de entre 10.000 e 20.000.


O concelho mais povoado é o de Vigo, com 292 817 habitantes, enquanto que no extremo oposto se encontra o de Negueira de Moniz, com 216 habitantes. O mais extenso é o da Fonsagrada, que conta com uma superfície de 438,4 km², e o mais pequeno o de Mondariz-Balneário com 2,3 km². A Corunha é o concelho com maior densidade populacional (6449,32 hab./km²) e Vilarinho de Conso é o que conta com a menor densidade populacional da Galiza (2,92 hab./km²).


Segundo o censo de 2014, o nível de fertilidade das galegas era de 1,07 filhos por mulher frente ao 1,32 estatal e menor que a cifra de 2,1 filhos por mulher necessários para que se produza a substituição geracional da população.[20] Entre as galegas, as ourensãs e as luguesas são as que menos filhos têm, com 0,99 e 1,04, sendo as primeiras das que menos filhos têm em Espanha só acima das asturianas.[21] Em 2013 registaram-se na Galiza um total de 19.727 nascimentos, o que supõe 1.362 menos que em 2012, segundo o IGE.[22] Efetivamente, nos últimos anos a Galiza vive uma diminuição paulatina do número absoluto de nascimentos desde o ano 2008, no qual houve 23.175 nascimentos,[22] após um breve período de recuperação entre os anos 2002 e 2008.









Pirâmide etária galega em 2014









O crescimento natural, ou seja, a diferença entre o número de pessoas nascidas e as falecidas, é negativo na Galiza desde finais dos anos oitenta.[23] Em 2013 houve um total de 30.433 falecimentos pelo que a diferença entre falecimentos e nascimentos é de 10.706 pessoas.[24]


Quanto à esperança de vida, os galegos tinham em 2013 uma esperança de vida ao nascer de 82,59 anos (79,48 anos para os homens e 85,59 anos para as mulheres).[25] Desde 1981, ano em que a esperança de vida dos galegos era de 75,4 anos, esta cresceu em 7 anos, graças á melhoria da qualidade de vida.[26] O envelhecimento da população também se manifesta no incremento de idosos de idade avançada que regista gradualmente a comunidade em cada período. A Galiza contava em 1996 com 226 pessoas com mais de cem anos. Dezoito anos depois, o número cresceu para 1.281 galegos em 2014.[27]



Em 2014 residiam na Galiza 98.245 estrangeiros, o que supõe 3,57% do total da população. As nacionalidades predominantes são a portuguesa (19,03% do total de estrangeiros), a romena (9,36%) e a brasileira (8,34%).[28]




Concelhos mais populosos |



















































































































Listagem
Município

Província
Pop.
Listagem
Município

Província
Pop.

Pontevedra Capital Puente de las Corrientes, puerto deportivo y barrio del Burgo.jpg

Pontevedra


Coruna-praza-02.jpg


Corunha


Praza Maior de Ourense.jpg


Ourense


Muralla.Lugo.Galicia.jpg


Lugo


1

Vigo

Pontevedra
292.817
11

Carvalho

Corunha
31.288
2

Corunha

Corunha
244.810
12

Arteixo

Corunha
30.857
3

Ourense

Ourense
105.893
13

Ames

Corunha
29.975
4

Lugo

Lugo
98.560
14

Redondela

Ponte Vedra
29.909
5

Santiago de Compostela

Corunha
95.800
15

Culheredo

Corunha
29.434
6

Ponte Vedra

Ponte Vedra
82.946
16

Ribeira

Corunha
27.565
7

Ferrol

Corunha
68.308
17

Cangas

Ponte Vedra
26.567
8

Narón

Corunha
39.574
18

Marim

Ponte Vedra
25.329
9

Vilagarcia de Arouça

Ponte Vedra
37.283
19

Cambre

Corunha
24.029
10

Oleiros

Corunha
34.563
20

Ponteareas

Ponte Vedra
23.115
Padrão municipal do ano 2014[29]



Cultura |



Língua |



Ver artigo principal: Língua galega



Mapa cronológico mostrando o desenvolvimento do galego (Galician)


A língua galega é a língua própria da Galiza, e assim foi reconhecida legalmente no seu Estatuto de Autonomia, tornando-se uma das suas línguas oficiais. É usada maioritariamente pelo povo galego, o 90% afirma usá-lo sempre ou frequentemente. A outra língua oficial é o castelhano, também muito utilizada, que mais do 96% afirma conhecer. Além disso, em várias comarcas de Leão e Astúrias, que limitam com o oriente da Galiza, comarcas, separadas da Galiza administrativa no século XVIII, fala-se também galego. Estas comarcas são reivindicadas por uma parte do nacionalismo galego como pertencente à nação galega.



Disputa linguística |


A postura oficial na Galiza afirma a total distinção entre ambas línguas, não havendo nenhuma menção desta semelhança no Estatuto autonômico, o qual prevê apenas a Real Academia Galega como competente para determinar a normativa da "língua própria" da Galiza. Porém, no atual acordo ortográfico (2003) é feita uma referência ao português[30] como critério utilizado à hora de elaborar a norma.


Apesar da aparente apatia do governo local até 2014, quando aprovou a "Lei 1/2014 para o aproveitamento da língua portuguesa e vínculos com a lusofonia",[31] existe, na Galiza, um movimento reintegracionista que defende a tese de que a língua portuguesa e o galego nunca se separaram realmente, sendo variantes ou dialetos da mesma língua, tal como o português de Portugal e o português brasileiro. Denominam, à variante da Galiza, galego, galego-português, portugalego ou português da Galiza. Em 2008 foi constituída a Academia Galega da Língua Portuguesa.[32]



Símbolos |



Bandeira |


A atual bandeira galega foi criada em finais do século XIX pelos galeguistas históricos do Ressurgimento como insígnia nacional, e hasteia desde, pelo menos, 1891.[33] Possui fundo branco e uma faixa azul entre os cantos superior esquerdo e inferior direito. A antiga bandeira possuía com fundo azul e cruzes douradas, com um cálice no centro.



Escudo |



O cálice é a figura heráldica que representa a Galiza. Foi documentado pela primeira vez no escudo dos reis da Galiza do Armorial Segar da Inglaterra em 1282. Sofreu várias alterações ao longo da história. O atual escudo está descrito no artigo 3.º da Lei de Símbolos da Galiza:


O Escudo de Galicia trae, en campo de azur, un cáliz de ouro sumado dunha hostia de prata, e acompañado de sete cruces recortadas do mesmo metal, tres a cada lado e unha no centro do xefe. O timbre coroa real, cerrada, que é un círculo de ouro, engastado de pedras preciosas, composto de oito floróns de follas de acanto, visibles cinco, interpoladas de pérolas e das súas follas saen cadansúas diademas sumadas de pérolas, que converxen nun mundo de azur, co semimeridiano e o ecuador de ouro, sumado de cruz de ouro. A coroa, forrada de gules, ou vermello.



Hino |


O hino galego, Os Pinos, é o símbolo acústico mais solene da Galiza. O texto consiste nas duas primeiras estrofes do poema Queixumes dos pinos de Eduardo Pondal, e a música foi composta por Pascual Veiga. A letra refere-se à Galiza como a nação de Breogám, um herói mítico celta. Foi interpretado pela primeira vez em Havana, Cuba, a 20 de dezembro de 1907.[34]



Internet |


O domínio de internet proposto para a língua e cultura galegas é o ".gal". A proposta foi aprovada em Junho de 2013 pela Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números. O novo domínio é utilizado para websites com conteúdo majoritário em idioma galego, tal como está determinado nas normas da "Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números".[35]



Clubes de futebol |


Salientam-se as equipas que jogaram na Primeira Divisão, especialmente o Real Club Celta de Vigo única equipa galega na Primeira Divisão


Outras equipas são: ,Real Club Deportivo de La Coruña, hoje na Segunda Divisão única equipa galega que possui títulos oficiais de importância: foi campeã do Campeonato Espanhol de Futebol (ano 2000) e campeã da Copa do Rei da Espanha por duas vezes, em 1995 e 2002, além de ganhar 3 títulos de Supercopa da Espanha nas únicas 3 vezes que a disputou. o Club Deportivo Lugo, a Sociedad Deportiva Compostela, o Pontevedra Club de Fútbol e o Racing Club de Ferrol.


Notas




  1. traduzido do latim, significa: "Eis aqui o mistério da fé que com firmeza professamos". Era o lema do antigo Reino da Galiza e é o lema do brasão atual da cidade de Lugo[1]


  2. Galego:
    Galicia pronunciado ɡaˈliθja ( ouvir), ħaˈliθja ou ħaˈlisja


    Galiza pronunciado ɡaˈliθa ( ouvir), ħaˈliθa ou ħaˈlisa

    Castelhano:

    Galicia pronunciado ɡaˈliθja



  3. em latim Gallaeci, em grego Καλλαϊκοί[8]



Referências




  1. PAUL. Hoc hic misterium.... Disponível em http://www.visitgalicia.co.uk/?p=1383. Acesso a 9 de agosto de 2012.


  2. «Significado de galego». auleteuol.w20.com.br. Consultado em 12 de fevereiro de 2016 


  3. Ríos, X. (2010). Galicia e a sociedade das nacións. [S.l.]: Editorial Galaxia S.A. 


  4. Castro del Río, Plácido Ramón (5 de outubro de 1933). «As deliberacións do IX Congreso de Nacionalidades Europeas». El Pueblo Gallego 


  5. «Título Preliminar». Ley Orgánica 1/1981, de 6 de abril, modificada por la Ley 18/2002. Galicia, nacionalidade histórica, constitúese en Comunidade Autónoma para acceder ó seu autogoberno, de conformidade coa Constitución Española e co presente Estatuto, que é a súa norma institucional básica. 


  6. «A lenda de Breogão». Torre de Hércules A Coruña 


  7. cf. Matasovic (2009) s.v. *kallī-.


  8. Moralejo, Juan J. (2008). Callaica nomina : estudios de onomástica gallega. Corunha: Fundación Pedro Barrié de la Maza. pp. 113–148 


  9. Blásquez, José María (1989). Nuevos estudios sobre la Romanización (em espanhol). Madrid: Ediciones ISTMO. p. 150. ISBN 84-790-208-3 Verifique |isbn= (ajuda) 


  10. (Zamorensis), Joannes Aegidius (1955). De preconiis Hispanie (em espanhol). [S.l.]: Universidad de Madrid, Facultad de Filosofía y Letras 


  11. Fraga, Xesús (7 de junho de 2008). «La Academia contesta a la Xunta que el único topónimo oficial es Galicia». La Voz de Galicia. Cópia arquivada em 2 de julho de 2008 


  12. Chacon, Vamireh (2005). A grande Ibéria: convergências e divergências de uma tendência. [S.l.]: UNESP. ISBN 9788571396005 


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  34. El himno gallego vuelve a sonar en Cuba en su centenario. ABC. Consultado el 19 de octubre de 2012.


  35. http://www.puntogal.org/



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