Diáspora africana






Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Abre a 2ª Conferência de Intelectuais da África e da Diáspora, realizada de 11 a 15 de julho de 2006, Salvador, Bahia, Brasil.


Diáspora africana — também chamada de Diáspora Negra — é o nome que se dá ao fenômeno sociocultural e histórico que ocorreu em países além do continente
africano devido à imigração forçada, por fins escravagistas mercantis que perduraram da Idade Moderna ao final do século XIX, de africanos (em especial africanos de pele escura chamados pela cultura ocidental de negros ou afrodescendentes).


Contraste ao fomentado por interesses exploratórios, dominativos pelo arrefecimento do poder alheio ou etnocêntricos — internos ou externos — que se manifestam nas guerras de tribo e na anomia reais e estereotipadas do continente africano em si, na América e no território geral de influência passada ou contemporânea do Ocidente onde houve das colônias mercantilistas à base de escravos ao segregacionismo de oportunidades racista científico ocorreu um inverso.


Destituídos do que lhes conferia identidade quando escravizados, muitos negros da época da escravatura — privados que fossem das condições objetivas de prosperar na própria sociedade, do respeito como seres humanos e da chance de constituir família — se uniram por meio desse desatino, no perseguido ritualístico festivo e cerimonial na surdina das senzalas ou no sentimento libertário de revolta que acontecia no sul do que deu origem aos Estados Unidos, criando o que se pode equivaler a uma cultura afrolocal não necessariamente sectária mas — pouco raro via critério que foge às convenções comuns de institucionalidade — instituída.


O termo foi criado por historiadores, movimentos civis e descendência de ex-escravos recentes. A existência do fenômeno foi fortemente evidenciada pela luta da esquerda norte-americana em defesa do direito de minorias demográficas e sociais. Além disso, a queda do apartheid político, na África do Sul, também trouxe visibilidade à diáspora. Surgiram ainda ações afirmativas, de caráter compensatório e de novas tendências, que iam do "Black is Beautiful" até o consagrar de atletas, personalidades da mídia e artistas de pele morena ou preta no grande público.




Índice






  • 1 Definições


  • 2 Estimativa da população e distribuição


  • 3 Diáspora africana população


  • 4 Ver também


  • 5 Referências


  • 6 Ligações externas





Definições |



Ver artigo principal: Negros

A União Africana definiu a diáspora africana como "[consistindo] de pessoas de origem africana vivendo fora do continente, independentemente da sua cidadania e nacionalidade e que estão dispostos a contribuir para o desenvolvimento do continente e a construção da União Africana. "Seu ato constitutivo, declara que ela deve convidar e incentivar a plena participação da diáspora Africana como uma parte importante do nosso continente, no edifício da União Africana."


Entre 1500 e 1900, aproximadamente quatro milhões de africanos escravizados foram transportados para as plantações de ilhas no Oceano Índico, cerca de oito milhões foram enviados para países da zona do Mediterrâneo, e cerca de 11 milhões sobreviveram ao tráfico negreiro para o Novo Mundo.[1] Seus descendentes são encontrados ao redor do globo. Devido a casamentos mistos e assimilação genética, somente que seja descendente da diáspora africana não é inteiramente autoevidente.


Populações da diáspora africana fora da África sub-equatorial incluem:




  • Afro-americanos, Afro-caribenhos, Afro-latino-americanos e Afro-canadenses - Descendentes de escravos da África Ocidental trazidos para o Estados Unidos, o Caribe, e América Latina durante o comércio de escravos do Atlântico.


  • Zanje - Descendentes dos escravos Zanje cujos antepassados ​​foram trazidos para o Oriente Médio e outras partes da Ásia durante a tráfico de escravos árabes.[2]


  • Sidis - Descendentes dos escravos Zanje cujos antepassados ​​foram trazidos para o subcontinente indiano (Paquistão e Índia). Também referido como os macrani no Paquistão.



Estimativa da população e distribuição |

















































































































































































































































































































































































Continente / Pais População Afrodescendentes
[3] população
Caribe 39.148.115 73,2% 28.671.508
Haiti 8.924.553 97,5% (90% negro) 8.701.439
República Dominicana 9.507.133 91,5% (81% negro) ???
Cuba 11.423.925 35,00% ( 35% negro) 3.998.374

Jamaica[4]
2.804.332 97,4% (77% negro) 2.731.419
Trindade e Tobago 1.047.366 58,00% 607.472
Porto Rico 3.958.128 8,00% 316.650*

Bahamas[5]
307.451 85,00% 261.333
Barbados 281.968 90,00% 253.771
Antilhas Neerlandesas 225.369 85,00% 191.564
Santa Lúcia 172.884 82,5% 142.629
São Vicente e Granadinas 118.432 85,00% 100.667
Ilhas Virgens 108.210 79,70% 86.243
Granada 90.343 95,00% 81.309
Antígua e Barbuda 78.000 94,90% 63.000
Bermudas 66.536 61,20% 40.720
Saint Kitts e Nevis 39.619 98,00% 38.827
Ilhas Caimão 47.862 60,00% 28.717
Ilhas Virgens Britânicas 24.004 83,00% 19.923

Turcos e Caicos[6]
26.000 34,00% 18.000
Europa 190.856.462 2,1% 4.017.583

França[7][8]
62.752.136 3,0% 3.000.000
Reino Unido 60.609.153 1,9% (inc. parcial) 2.015.400

Itália,[9]
60.448.163 2,3% 1.600.000
Espanha 40.397.842 1,3% 505.400

Países Baixos[10]
16.491.461 1,8% 300.000
Portugal 10.605.870 2,0% 201.200

Rússia[11]
141.594.000 0,12% 400.000
Polónia 38.082.000 0,0% 4.500
República da Irlanda 4.339.000 1,1% ???

América do Sul/América Central
425.664.476 27,3% 116.206.402
Belize 301.270 31,00% 93.394
Guatemala 13.002.206 2,00% 260.044
El Salvador 7.066.403 < 0,01% 0*
Honduras 7.639.327 2,00% 152.787
Nicarágua 5.785.846 9,00% 520.726
Costa Rica 4.195.914 3,00% 125.877
Panamá 3.292.693 14,00% 460.977
Colômbia 45.013.674 21,00% 9.452.872

Venezuela[12]
26.414.815 10,00% 2.641.481
Guiana 770.794 36,00% 277.486
Suriname 475.996 47,00% 223.718
Guiana Francesa 199.509 66,00% 131.676

Brasil[13][14][15][16]
190.908.598 29,3% 55.900.000[4]
Equador 13.927.650 3,00% 417.830
Peru 29.180.899 3,00% 875.427
Bolívia 9.247.816 1,1% 108.000
Uruguai 3.477.778 4,00% 139.111
Paraguai 6.831.306 < 0,1% 0*
Chile 16.454.143 < 0,1% 0*
Argentina 40.677.348 < 0,1% 0*
América do Norte 440.244.038 11,8% 39.264.514

Estados Unidos[17]
298.444.215 12,90% 38.499.304

Canadá[18]
33.098.932 2,7% 783.795
México 108.700.891 < 1,00% 103.000
Oceania

Austrália[19]
21.000.000 0,9% (inc. parcial) 248.605
África subsariana 770.300.000 99% 767.000.000
Fora da África
5.821.000.000 2.,9% 168.879.165
Total 6.581.000.000 14,2% 936.384.565


Diáspora africana população |
























































































País População Posição

 Estados Unidos
46,320,743[20]
1

 Brasil
14.739.963 2

 Colômbia
9.452.872 3

Haiti
8.701.439 4

República Dominicana
7.985.991 5

 Itália
3.220.000 6

 França
3.000.000 7

 Jamaica
2.731.419 8

 Venezuela
2.641.481 – 6.999.926 9

 Reino Unido
2.080.000 10

 Cuba
1.126.894 11

 Peru
875.427 12

 Canadá
783.795 13

Equador
680.000 14

Trinidad e Tobago
610.000 15

Nicarágua
520.786 16


Ver também |



  • Conferência de Intelectuais da África e da Diáspora

  • Conferência Mundial da Tradição dos Orixás e Cultura



Referências




  1. Larson, Pier M. (1999). «Reconsidering Trauma, Identity, and the African Diaspora: Enslavement and Historical Memory in Nineteenth-Century Highland Madagascar» (PDF). William and Mary Quarterly. 56 (2): 335–362. JSTOR 2674122. doi:10.2307/2674122. Consultado em 31 de janeiro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 27 de setembro de 2011 


  2. "A Legacy Hidden in Plain Sight", The Washington Post, 10 Jan 2004


  3. CIA - The World Factbook


  4. -People


  5. -People


  6. [1]


  7. [2]


  8. globeandmail.com: World


  9. ISTAT (Istituto Nazionale di Statistica), stranieri 2006 Africa Ocidental, Meridional


  10. [3]


  11. Мймй Зпмдео Й Мймй Дйлупо. Фемертпелф "Юетоще Тхуулйе": Уйопруйу


  12. Venezuela


  13. «Cópia arquivada» (PDF). Consultado em 9 de outubro de 2010. Arquivado do original (PDF) em 24 de setembro de 2015 


  14. Parra, Flavia C.; et al. (2003). «Color and genomic ancestry in Brazilians». Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 100: 177–82. PMC 140919Acessível livremente. PMID 12509516. doi:10.1073/pnas.0126614100  !CS1 manut: Uso explícito de et al. (link) Second paragraph


  15. Carvalho-Silva, Denise R.; et al. (2001). «The Phylogeography of Brazilian Y-Chromosome Lineages». American Journal of Human Genetics. 68: 281–86. PMC 1234928Acessível livremente. PMID 11090340. doi:10.1086/316931  !CS1 manut: Uso explícito de et al. (link)


  16. «Pardo category includes Castizos, Mestizos, Caboclos, Gypsies, Eurasians, Hafus and Mulattoes Cafuzos». www.nacaomestica.org/. 2015. Consultado em 15 de abril de 2015 


  17. CIA - The World Factbook - United States


  18. «Visible minority population, by province and territory (2001 Census)». Consultado em 24 de junho de 2008. Arquivado do original em 16 de setembro de 2008 


  19. 20680-Country of Birth of Person (full classification list) by Sex - Austrália (2006)


  20. February 2017 - U.S. Census Bureau PDF




  • https://web.archive.org/web/20150924122330/http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad2009/tabelas_pdf/brasil_1_2.pdf - População residente, por cor ou raça, segundo a situação do domicílio e o sexo - Brasil - 2009 pdf


  • LORAND MATORY, J. "Jeje: repensando nações e transnacionalismo". Mana vol.5, n°1. Rio de Janeiro, abril 1999 (em português)


  • História Geral da África – Vol. VI – África do século XIX à década de 1880 Por Editor J. F. Ade Aja Yi.

  • Revista da USP-De africano a afro-brasileiro: etnia, identidade, religião-por Reginaldo Prandi



Ligações externas |



Commons

O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Diáspora africana



  • Banco de textos sobre a Diáspora africana

  • 2011 - ONU lança Ano Internacional para Afro-Descendentes

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