Filípico (general)

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Disambig grey.svg Nota: Não confundir com Filípico.

























Filípico

Nacionalidade

Império Bizantino
Ocupação
General
Principais trabalhos

  • Batalhas contra o Império Sassânida

Título


  • Conde dos excubitores

  • Mestre dos soldados do Oriente


Religião

Cristianismo


Filípico (em grego: Φιλιππικός; transl.: Philippikos; fl. década de 580 – década de 610) foi um general bizantino, conde dos excubitores e cunhado do imperador Maurício I (r. 582–602). Sua carreira de sucesso como general se estendeu por várias décadas, principalmente combatendo o Império Sassânida.




Índice






  • 1 Biografia


    • 1.1 A serviço de Maurício


    • 1.2 A serviço de Heráclio




  • 2 Possível autor do Strategicon


  • 3 Ver também


  • 4 Referências


  • 5 Bibliografia





Biografia |



A serviço de Maurício |





Soldo de Maurício I (r. 582–602)





Dinar de ouro de Cosroes II (r. 590–628)


Pouco se sabe sobre os primeiros anos de Filípico. Ele era casado com a irmã de Maurício, Górdia, provavelmente desde 583[1] e, em algum momento, foi alçado ao poderoso status de patrício.[2] Por volta da mesma época, foi nomeado conde dos excubitores (comandante dos Excubitores, a guarda pessoal do imperador) e, em 584, ele substituiu João Mistacão como mestre dos soldados do Oriente (magister militum per Orientem), tornando-se, assim, o responsável pela condução da guerra em andamento contra os persas do Império Sassânida. Filípico comandou diversas campanhas em 584 e 585, arrasando as planícies perto de Nísibis[1] e chegando até as regiões de Arzanena e à Mesopotâmia oriental.[3] No mesmo período, ele tentou ativamente melhorar a disciplina e a eficiência das tropas.[4]


Ele passou o inverno de 585-586 em Constantinopla, retornando ao seu quartel-general em Amida na primavera. Depois que as propostas de paz persas foram rejeitadas, Filípico avançou com suas tropas até a fronteira, onde ele derrotou uma força inimiga superior, comandada por Cardarigano, na Batalha de Solacão. Ele invadiu e saqueou Arzanena e cercou a fortaleza de Clomaro. Porém, a aproximação de uma força persa provocou pânico entre os bizantinos, que fugiram desordenadamente para território amigo. Ali, provavelmente por conta de uma enfermidade, Filípico entregou o comando de seu exército para o seu hipoestratego (segundo em comando), Heráclio, o pai do futuro imperador Heráclio. Na primavera de 587, ele estava novamente doente e não conseguiu liderar a campanha pessoalmente. Dois terços de seu exército ficaram sob o comando de Heráclio e o restante sob os oficiais Teodoro e André, tendo ambas as forças invadido o território persa. Sem participar de nenhuma campanha naquele ano, Filípico seguiu de volta para a capital no inverno. No caminho, ele soube que havia sido substituído por Prisco.[3][5]





Tremisse de Heráclio (r. 610–641)


Porém, quando Prisco chegou ao oriente, os soldados se recusaram a obedecê-lo e elegeram o duque da Fenícia Libanense, Germano, como seu comandante. Filípico, que logo foi renomeado como comandante do oriente, só pode assumir o comando após este motim ter sido debelado pela intervenção do patriarca de Antioquia.[6] Após uma reconciliação pública com suas tropas, ele iniciou uma campanha no verão de 589 contra a cidade de Martirópolis, que havia caído em mãos persas recentemente através da deserção de um oficial bizantino chamado Sitas. Contudo, ele não foi capaz de retomá-la e foi derrotado por uma força persa liderada por Mebodes e Afraates. Após este novo fracasso, ele foi substituído por Comencíolo.[7] Com exceção de uma missão diplomática, em 590, ao deposto governante persa Cosroes II (r. 590–628), que havia se refugiado em território bizantino, Filípico desapareceu das fontes por diversos anos.[6] Em 598, ele foi nomeado general por um breve período durante as campanhas balcânicas de Maurício[8] e algumas fontes creditam a ele uma vitória sobre os ávaros na Trácia,[9] embora seja muito provável que se trate de uma confusão entre ele e Prisco.[10]



A serviço de Heráclio |




Campanhas militares dos sassânidas


Em algum momento do ano de 602, alguma suspeita recaiu sobre ele sobre uma conspiração contra o imperador Maurício, principalmente por que uma profecia teria afirmado que o nome do sucessor de Maurício iniciaria com a letra Φ (phi). E, de fato, logo depois, Maurício foi deposto e assassinado numa revolta liderada por Focas. Como um dos generais mais próximos de Maurício, Filípico foi tonsurado e forçado a entrar para um mosteiro em Crisópolis.[11] Ele ainda estava lá quando Heráclio depôs Focas em 610 e foi enviado como emissário do novo imperador para negociar com o irmão de Focas, Comencíolo, que comandava na época o exército do oriente. Ele foi preso por Comencíolo e estava para ser executado, mas foi salvo quando o próprio general rebelde foi morto.[2]


Em 612, Filípico foi novamente nomeado por Heráclio como mestre dos soldados do Oriente, substituindo Prisco, que caiu em desgraça, e realizou campanhas contra os persas na Armênia. Em 614, quando um exército persa sob Saino invadiu a Anatólia e alcançou Calcedônia no Bósforo, Filípico invadiu a Pérsia na esperança de forçar Saino a recuar para confrontá-lo. Filípico morreu logo depois e foi enterrado numa igreja que ele mesmo construiu em Crisópolis.[2]



Possível autor do Strategicon |


Como um dos principais generais de sua época e tendo à disposição tempo e oportunidade para tê-lo escrito depois de 603 - período que esteve no mosteiro - Filípico é um dos possíveis autores do tratado militar bizantino conhecido como Strategicon, tradicionalmente atribuído a Maurício.[12]



Ver também |


















Precedido por
João Mistacão

Mestre dos soldados do Oriente
584 — 587/588
Sucedido por
Prisco
Precedido por
Prisco

Mestre dos soldados do Oriente
588 — 589
Sucedido por
Comencíolo
Precedido por
Prisco

Mestre dos soldados do Oriente
612 — 614
Sucedido por
Teodoro


Referências




  1. ab Martindale 1992, p. 1022.


  2. abc Martindale 1992, p. 1025.


  3. ab Martindale 1992, p. 1023.


  4. Whitby 1988, p. 13.


  5. Greatrex 2002, p. 170.


  6. ab Martindale 1992, p. 1024.


  7. Greatrex 2002, p. 170–171.


  8. Whitby 1988, p. 122–123.


  9. Martindale 1992, p. 1024–1025.


  10. Whitby 1988, p. 129.


  11. Whitby 1988, p. 15.


  12. «The Nation which Forgets its Defenders will Itself be Forgotten: Emperor Maurice and the Persians» (em inglês). Consultado em 14 de junho de 2013 


  • Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em inglês, cujo título é «Philippicus (general)», especificamente desta versão.


Bibliografia |




  • Greatrex, Geoffrey; Samuel N. C. Lieu (2002). The Roman Eastern Frontier and the Persian Wars (Part II, 363–630 AD). Londres: Routledge. ISBN 0-415-14687-9  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)


  • Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press. ISBN 0-521-20160-8  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)


  • Whitby, Michael (1988). The Emperor Maurice and his Historian – Theophylact Simocatta on Persian and Balkan Warfare. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-822945-3 








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