Curopalata

Multi tool use

soldo de Justino II (r. 567–578)
Curopalata (em grego: κουροπαλάτης; transl.: Kouropalatēs; em latim: curopalates; em latim: cura palatii , "[O único] encarregado do palácio")[1] era um título cortesão bizantino, um dos mais altos da época do imperador Justiniano (r. 527–565) até o período Comneno no século XII.[2] A variante feminina, ostentada pela esposa dos curopalatas, era curopalatissa (em grego: κουροπαλάτισσα; transl.: kouropalátissa).
Índice
1 História e função
2 Curopalatas proeminentes
3 Referências
4 Bibliografia
História e função |

Soldo de Miguel I Rangabe (r. 811–813) e seu coimperador Teofilacto
O título é atestado no século V no mesmo nível dum homem espetacular (vir spectabilis) e superior a um castrense do palácio (castrensis palatii), tendo como função a manutenção do palácio imperial (como o mordomo da Europa Ocidental).[3] Quando o imperador Justiniano I fez seu sobrinho e herdeiro Justino II um curopalata em 552, no entanto, o ofício ganhou um novo significado,[4] e tornou-se uma das dignidades mais exaltadas, ficando próximo de césar e nobilíssimo e, como eles, era inicialmente reservado para os membros da família imperial. Ao contrário deles, contudo, não foi concedido a importantes governantes estrangeiros, principalmente do Cáucaso. Assim, desde a década de 580 à de 1060, 16 príncipes e reis georgianos adquiriram títulos honoríficos, bem como, depois de 635, várias dinastias armênias.[2][5]
De acordo com o Cletorológio de Filoteu, escrito em 899, a insígnia do título era uma túnica, manto e cinto vermelhos. Sua premiação pelo imperador bizantino significou a elevação do destinatário para o ofício.[6] Por volta dos séculos XI-XII, a dignidade havia perdido seu significado anterior:[7] foi concedida como um título honorífico a generais fora da família imperial, e suas funções foram aos poucos sendo suplantadas pelo protovestiário, cuja função original era limitada à custódia do guarda-roupa imperial.[8] O título sobreviveu até o período paleólogo, mas era usado raramente.[1]
Curopalatas proeminentes |

Soldo de Artabasdo (r. 741–743) e seu coimperador Nicéforo

Selo de Miguel Contostefano, curopalata e duque de Antioquia, c. 1055
- Justino II, sob seu tio o imperador Justiniano I.[9]
Baduário, sob seu sogro o imperador Justino II (r. 565–578)[10]
Pedro, o irmão do imperador Maurício (r. 582–602)[9]
Domencíolo, sobrinho do imperador Focas (r. 602–610)[9]
Teodoro, irmão do imperador Heráclio (r. 610–641)[9]
Basterotzes II Bagratuni, marzobam e então príncipe da Armênia[11]
Amazaspes IV Mamicônio, príncipe da Armênia[12]
Simbácio VI Bagratuni, príncipe da Armênia[13]
Artabasdo, sob o imperador Leão III, o Isauro (r. 717–741)[9]
Miguel I, genro do imperador Nicéforo I, o Logóteta (r. 802–811)[9]
Bardas, tio e efetivo regente do imperador Miguel III, o Ébrio (r. 842–867)[9]
Leão Focas, general e irmão do imperador Nicéforo II Focas (r. 963–969)[9]
João Comneno, general e irmão de Isaac I (r. 1057–1059) e pai de Aleixo I Comneno (r. 1081–1118);[14]
Nicetas Castamonita, general do imperador Aleixo I Comneno (r. 1081–1118) nos últimos anos do século XI e começo do XII[15]
Referências
↑ ab Kazhdan 1991, p. 1157.
↑ ab Toumanoff 1963, p. 202; 388.
↑ Bury 1911, p. 33.
↑ «Justin II (565-578 A.D.).» (em inglês). Consultado em 21 de novembro de 2012
↑ Rapp 2003, p. 374.
↑ Bury 1911, p. 22.
↑ Holmes 2005, p. 87.
↑ Kazhdan 1991, p. 1749.
↑ abcdefgh Bury 1911, p. 34.
↑ Martindale 1992, p. 164.
↑ Martindale 1992, p. 1364.
↑ Toumanoff 1963, p. 209.
↑ Grousset 1947, p. 307-314.
↑ Varzos 1984, p. 41–42, 49.
↑ «Niketas Kastamonites». Consultado em 23 de janeiro de 2016
- Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em inglês, cujo título é «Curopalates», especificamente desta versão.
Bibliografia |
Bury, John B. (1911). The Imperial Administrative System of the Ninth Century: With a Revised Text of the Kletorologion of Philotheos. Londres: Oxford University Press
Grousset, René (1947). Histoire de l'Arménie: des origines à 1071. Paris: Payot
Holmes, Catherine (2005). Basil II and the Governance of Empire (976–1025). Oxford: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-927968-5
Kazhdan, Alexander Petrovich (1991). The Oxford Dictionary of Byzantium. Nova Iorque e Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-504652-8
Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press. ISBN 0-521-20160-8 A referência emprega parâmetros obsoletos|coautor=
(ajuda)
Rapp, Stephen H.John; Arnold Hugh Martin Arnold; J. Morris (2003). Studies In Medieval Georgian Historiography: Early Texts And Eurasian Contexts. Lovaina: Éditions Peeters. ISBN 90-429-1318-5 A referência emprega parâmetros obsoletos|coautor=
(ajuda)
Toumanoff, Cyril (1963). Studies in Christian Caucasian History III. Washington: Georgetown University Press
Varzos, Konstantinos (1984). Η Γενεαλογία των Κομνηνών, Τόμος Β' [A Genealogia dos Comnenos: Volume II] (PDF). Tessalônica: Byzantine Research Centre
13rsSqq57Mt,1guzxQEcuvLukUg,wxRYBZF,vyEMgchhpa9Bbg6kjU6UjzGnKM,ZW P oi,x,rmPI9q8drkG85,GYN EJO4XT6