Arthur Friedenreich
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Informações pessoais | ||
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Nome completo | Arthur Friedenreich | |
Data de nasc. | 18 de julho de 1892 | |
Local de nasc. | São Paulo (SP), Brasil | |
Falecido em | 6 de setembro de 1969 (77 anos) | |
Local da morte | São Paulo (SP), Brasil | |
Apelido | Fried El Tigre | |
Informações profissionais | ||
Período em atividade | 1909-1935 (26 anos) | |
Posição | Atacante | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1909 1910 1911 1912 1913 1913 1914–1915 1915–1916 1916 1917 1917 1917-1929 1929 1929 1929 1930–1935 1935 1935 | Germânia Ypiranga Germânia Mackenzie Ypiranga Americano Ypiranga Payssandu Paulistano Ypiranga Flamengo Paulistano Internacional Atlético Santista Santos São Paulo[1] Santos Flamengo | |
Seleção nacional | ||
1914–1925 | Brasil | 0023 00000(10) |
Copa América | ||
Ouro | Brasil 1919 | Futebol |
Ouro | Brasil 1922 | Futebol |
Prata | Argentina 1921 | Futebol |
Arthur Friedenreich (São Paulo, 18 de julho de 1892 – São Paulo, 6 de setembro de 1969) foi um futebolista brasileiro. Apelidado "El Tigre" ou "Fried", foi a primeira grande estrela do futebol brasileiro na época amadora, que durou até 1933.
Friedenreich participou da excursão do Paulistano pela Europa em 1925 onde disputou dez jogos e voltou invicto. Teve importante participação no campeonato sul-americano de seleções (atual Copa América) de 1919. O apelido de "El Tigre" foi dado pelos uruguaios após a conquista do Campeonato Sul-Americano de 1919, atual Copa América.
Ele marcou o gol da vitória contra os uruguaios na decisão e, ao lado de Neco, foi o artilheiro da competição. Após o feito, suas chuteiras ficaram em exposição na vitrine de um loja de joias raras no Rio de Janeiro.
Nos dias atuais, ainda é considerado um dos maiores centroavantes que o Brasil já teve.
Índice
1 Biografia
2 Carreira
2.1 Primeiros anos
2.2 O auge
2.3 Friedenreich e a Revolução de 32
2.4 Últimos anos de vida
2.5 Seleção Brasileira
2.6 Polêmica na quantidade de gols
2.7 Homenagens Póstumas
3 Clubes[19]
4 Combinados
5 Curiosidades
6 Títulos
7 Artilheiro
8 Honrarías
9 Lendas e Mitos
9.1 Gols Marcados na Carreira
9.2 Pênaltis Perdidos
10 Notas e referências
10.1 Notas
10.2 Referências
11 Ligações externas
Biografia |
A lenda construída em torno da memória histórica do célebre atleta mestiço afirmou com frequência que ele era filho de um rico comerciante alemão com uma professora negra brasileira.[2][3][4][5]
Na realidade, Arthur pertencia a uma família de funcionários públicos subalternos. Era filho de um funcionário público oriundo de Blumenau, chamado Oscar Friedenreich. O avô do jogador, Karl Wilhelm Friedenreich, nascido na Alemanha, era um veterinário e naturalista amador, que ocupou o cargo de delegado de polícia na cidade catarinense. Karl se transferiu com a família para São Paulo para assumir a função de naturalista assistente no Museu do Ipiranga em 1891. Como entomologista, Karl pesquisava para a secretaria da agricultura as pragas que atacavam lavouras.[6][7]
Esse contato facilitou uma colocação para o filho, Oscar, no funcionalismo público como desenhista técnico do departamento de obras, subordinado à mesma secretaria.[8] Oscar desenhava plantas de agrimensura e projetos para edificações públicas, por isso às vezes foi citado como “arquiteto”. Essa foi a única ocupação profissional do pai de Arthur Friedenreich ao longo de toda a vida, logo ele era oriundo de uma família de funcionários em setores dos serviços que na época se expandiam, perfil comum entre as camadas médias urbanas.[9]
Já a mãe do jogador, Mathilde de Moraes e Silva, era professora de primeiras letras em escolas públicas, formada pela Escola Normal em 1879, bem antes de conhecer Oscar.[10] É provável que o equívoco de identificar Mathilde, uma mulher negra com marido branco, como sendo lavadeira e esposa de um estrangeiro rico tenha se originado para justificar a presença de um jogador mestiço no Club Athlético Paulistano, equipe ligada à elite fazendeira paulistana.[9]
Carreira |
Primeiros anos |
Jogador de futebol paulista, "Fried" começa a jogar futebol ainda adolescente na cidade de São Paulo, nos clubes Germânia (atual Pinheiros), Mackenzie, Ypiranga e o Paulistano, que hoje são apenas clubes sociais e já não atuam no futebol profissional. Começa a se destacar pela imaginação, técnica, estilo e pela capacidade de improvisar. O fato de ser descendente de alemães ajudou Friedenreich na carreira.
O auge |
A sua posição de origem foi a de centroavante. "El Tigre" acabou introduzindo novas jogadas no ainda recente futebol brasileiro, na época ainda amador, como o drible curto, o chute de efeito e a finta de corpo. Foi campeão paulista em diversas oportunidades pelo clube Paulistano. Também atuou pelo São Paulo da Floresta,[11][12] conquistando mais um campeonato paulista em 1931. O time do São Paulo campeão naquele ano ficou conhecido por "Esquadrão de Aço", e era formado por Nestor; Clodô e Bartô; Mílton, Bino e Fabio; Luizinho, Siriri, Araken Patusca e Junqueirinha. Pelo São Paulo FC marcou 103 gols em 125 jogos, é o 18º maior artilheiro do clube e tem uma das melhores medias, 0,82 gol por jogo.[13]
Depois de ter jogado em 1917 no Flamengo Friedenreich volta ao Rio na década de 30 para de novo jogar pelo clube.
Era considerado pelos cronistas da época um jogador inteligente dentro de campo. Friedenreich talvez tenha sido o jogador mais objetivo e um dos mais corajosos de sua época. Parecia conhecer todos os segredos do futebol e sabia quando e como ia marcar um gol.
Uma excursão do Paulistano à Europa em 1925, deu a ele a chance de participar de um marco histórico do futebol do país. No dia 15 de março, pela primeira vez, um time brasileiro jogava no exterior. Ele comandou a goleada de 7 a 2 na França, que deu início a uma série de outras vitórias. E é apelidado de "roi du football" (rei do futebol). Voltou da Europa como um dos "melhores do mundo", depois de vencer, pelo Paulistano, nove dos dez jogos disputados. Um de seus mais incríveis feitos, ocorrido em 1928, foi a marca de sete gols numa única partida contra o União da Lapa, batendo o recorde da época. Ele jogava pelo Paulistano e o resultado final foi de 9 a 0, no dia 16 de setembro; a curiosidade fica por conta do pênalti perdido por Fried[14]. Outra curiosidade é quem em 30 de janeiro de 1930 ele jogou no Combinado Corinthians/Palestra Itália que goleou o Tucuman da Argentina por 5x2, como não atuava por nenhuma das duas equipes e o clube que havia fundado cinco dias antes, o São Paulo, ainda não estava oficialmente registrado para atuar, nessa partida ele atuou como jogador do Corinthians. Encerrou a carreira no Flamengo, em julho de 1935, aos 43 anos de idade.
Friedenreich e a Revolução de 32 |
Em 1932, assim que iniciou o conflito entre paulistas e o governo de Getúlio Vargas, Friedenreich fez uma breve pausa em sua vitoriosa carreira e se alistou no exército paulista. Começou como sargento e chegou até o posto de tenente, saindo do conflito como herói. Comandou uma divisão de 800 desportistas, num clima descrito por ele mesmo como tenso, porém de extrema camaradagem. Além da participação ativa no campo de guerra, também doou medalhas de ouro e troféus para arrecadar dinheiro na causa dos paulistas.[15]
Últimos anos de vida |
Após a Revolução de 32 jogou futebol por mais três anos. Também foi contra a profissionalização do futebol no país. A partir dos anos 30, o futebol passou a caminhar rumo ao profissionalismo. A ideia não agradou Friedenreich, que recusou proposta do Flamengo, seu último clube, de continuar atuando, e abandonou os gramados após fazer sua última partida no dia 21 de julho de 1935. Passou a trabalhar numa companhia de bebidas, por onde se aposentou. Viveu numa casa cedida pelo São Paulo até morrer em 6 de setembro de 1969.[16]
Seleção Brasileira |
Sua estreia na seleção se deu no ano de 1914 em um amistoso contra a Seleção Argentina, quando o escrete brasileiro perdeu por 3 a 0. Friedenreich fez pela seleção principal 23 jogos e marcou 10 gols. No ano de 1914 ganhou o primeiro título do Brasil na história: a Copa Roca, taça amistosa realizada para melhorar as relações diplomáticas entre Brasil e Argentina. Outras conquistas importantes que conseguiu foram os sul-americanos de 1919, marcando o gol do título na prorrogação contra os uruguaios, e 1922, primeiras conquistas relevantes da Seleção Brasileira. O choro "Um a Zero" - de Benedito Lacerda, Pixinguinha e Nelson Ângelo - foi composto em homenagem ao gol de Fried contra o Uruguai na final de 1919.
Uma atitude infeliz do presidente da Liga Paulista, Elpídio de Paiva Azevedo, causou uma das maiores decepções de Friedenreich na carreira. Ao saber que a comissão técnica da Seleção não teria nenhum paulista, o dirigente impediu a ida dos jogadores do estado para a Copa do Mundo, no Uruguai em 1930. Assim, "El Tigre" encerrou a carreira sem sentir o sabor de disputar um Mundial.
Polêmica na quantidade de gols |
A polêmica em relação aos gols de "El Tigre"[nota 1] se deve à soma de um erro com uma falta de critério por parte do Jornalista Adriano Neiva da Motta e Silva, o De Vaney. Acontece que o "velho Oscar", pai de Fried, começou a anotar em pequenos cadernos todos os gols marcados pelo filho desde que começou a atuar. Em 1918, o atacante confiou a tarefa a um colega do Paulistano, o center-forward (centroavante) Mário de Andrada, que seguiu a trajetória do craque por mais 17 anos, registrando detalhes das partidas até o encerramento da carreira de Fried, em 21 de julho de 1935, quando ele vestiu a camisa do Clube de Regatas do Flamengo (mas não marcou gols) num 2 a 2 contra o Fluminense. A lenda ganhou consistência em 1962. Naquele ano, Mário de Andrada disse a De Vaney que tinha as fichas de todos os jogos de Fried, podendo provar que o craque atuara em 1.329 partidas, marcando 1.239 gols. Andrada, porém, morreu antes de mostrar as fichas a De Vaney. Mesmo sem nunca comprovar esses dados, De Vaney resolveu divulgá-los, mas erroneamente inverteu o número de gols para 1.329.[17] A estatística, no entanto, começou a rodar o mundo, e ainda por cima na forma errada. No livro Gigantes do Futebol Brasileiro, de Marcos de Castro e João Máximo, de 1965, consta que Fried marcou 1.329 gols. Outros livros e até enciclopédias referendaram o registro. A FIFA, entidade máxima do futebol, chegou a "oficializar" os números, até que enfim, Alexandre da Costa conferiu os registros de todos os jogos de Fried em pelo menos dois jornais, "Correio Paulistano" e "O Estado de S. Paulo", e chegou a dois números surpreendentes: 554 gols em 561 partidas. "Não quis destruir o mito", jura o autor de O Tigre do Futebol. "Adoro o Fried. Apenas quis esclarecer essa questão". O problema é que não esclareceu completamente. Em Fried Versus Pelé (Orlando Duarte e Severino Filho), publicado semanas depois de O Tigre do Futebol, o jornalista Severino Filho chega a outros números: 558 gols em 562 partidas. "Não há levantamento estatístico que não possa ser melhorado", escreve o autor de O Tigre do Futebol. É verdade. Mesmo nos dias de hoje, com mais recursos disponíveis, as discrepâncias prosseguem até por três razões importantes, a primeira é que muitos dos jogos encontrados não possuem o placar e consequentemente quem marcou os gols o que deixa em aberto se Friedenreich poderia ou não ter marcado diversos gols nestas partidas, a segunda é que em uma época de futebol claramente amador as partidas eram, às vezes, diárias e com tempo de duração diferente, como partidas de torneio início que eram em média de vinte minutos e a terceira é que Friedenreich jogou muitas partidas por "combinados" de duas ou mais equipes, estaduais e nacionais, de amigos como a seleção de ex-alunos do Mackenzie em 03/06/30 ou dos jogadores Jorge Tutu Miranda e Jacaré e até, algo comum na época, divisões por conotações étnicas como nas três partidas em que fez pelo "Combinado dos brancos" contra o "Combinado dos pretos" em 1927 e 1928 assim muitas destas partidas podem nunca terem sido registradas, como por exemplo na derrota do Combinado Jacaré contra o Hespanha por 3x2 onde os dois gols da partida não tem registro de quem os marcou, sendo possível ambos terem sido de Friedenreich, fatos como estes tornam a possibilidade dos gols e partidas serem maiores que as encontradas.
Homenagens Póstumas |
Há um parque no bairro de Vila Alpina, na zona Leste de São Paulo, com seu nome. O parque, situado no início da Avenida Francisco Falconi, é um dos maiores da região. Ainda em São Paulo, uma rua na zona leste tem seu nome.[18]
Friedenreich também tem uma escola com seu nome no Rio de Janeiro, coincidentemente, essa escola fica localizada dentro do complexo esportivo do Maracanã, próximo a entrada principal, a esquerda da estátua de Bellini.
Clubes[19] |
- 1909: SC Germânia
- 1910: CA Ypiranga
- 1911: SC Germânia
- 1912: Mackenzie College
- 1912: Clube Brasil-SP?
- 1913: CA Ypiranga
- 1913: SC Americano (SP) de Santos
- 1913-14: Paulista?
- 1914: Atlas* (Atlas Flamengo FC de Santos SP?)
- 1914-15: CA Ypiranga
- 1915-16: Payssandu FC (SP)
- 1916: CA Paulistano
- 1917: CA Ypiranga
- 1917: CR Flamengo
- 1917-29: CA Paulistano
- 1929: SC Internacional (SP)*
- 1929: Atlético Santista*
- 1930: Santos FC*
- 1930-35: São Paulo FC
- 1933: Atlético MG
- 1933: Dois de Julho-SP?
- 1935: Clube Brasil-SP?
- 1935: Santos FC
- 1935: CR Flamengo
- Clubes com "*" só jogou um vez
- Clubes com "?" não são bem identificado.
Combinados |
- 1912: Combinado Paulista
- 1912: Combinado Brasileiro
- 1913: Combinado Brasileiro
- 1914: Combinado Ypiranga/Paulistano
- 1914: Combinado São Bento/Ypiranga
- 1920: Combinado Tutu Miranda
- 1921: Combinado Bela Vista/Consolação
- 1923: Combinado Paulistano/Palestra Itália
- 1923: Combinado Paulistano/Flamengo
- 1927: Combinado dos jogadores Brancos
- 1928: Combinado Jacaré
- 1928: Combinado dos jogadores Brancos
- 1930: Combinado Corinthians/Palestra Itália
- 1930: Combinado São Paulo/Palestra Itália
- 1930: Seleção dos ex-alunos do Colégio Mackenzie
- 1934: Combinado São Paulo/Santos
- 1935: Seleção Brasileira de Veteranos
Curiosidades |
- O Combinado Paulista foi sob certos aspectos antecessor da Seleção Brasileira, havia outros combinados estaduais que faziam jogos internacionais contra seleções ou combinados estrangeiros, Friedenreich marcou dois gols pelo Combinado estadual
- O Combinado Brasileiro foi a primeira experiência de uma seleção brasileira ao contar com jogadores dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo
- O Combinado "Tutu Miranda" foi um jogo organizado pelo goleiro do Paulistano Jorge Miranda conhecido como "Tutu Miranda", Friedenreich marcou um gol contra a tradicional equipe do Santo Amaro
- O Combinado Bela Vista/Consolação foi um típico "jogo de vila contra vila" onde Friedenreich marcou um dos dois gols no empate de 2x2 contra o bairro do Bom Retiro
- Hoje impensável, nas celebrações de 39 e 40 anos do fim da escravidão no Brasil, providencialmente escolhida a data de 13 de maio para as partidas, jogavam "seleções" de jogadores ditos "brancos" contra os ditos "negros". Não se tratava de racismo ou segregação, mas uma partida de ideia da Liga de Amadores de Futebol de São Paulo, federação alternativa do estado que defendia o ideal do amadorismo e que viu na partida uma forma de fraternizar os jogadores, tanto que mulatos defenderam ambas equipes, o mulato Friedenreich marcou dois gols pelo time dos "brancos"
- O combinado Jacaré, a exemplo do Tutu Miranda, foi organizado pelo ex-jogador Jacaré em uma partida contra o Hespanha, hoje Jabaquara
- Embora jamais tenha sido aluno, Friedenreich foi convidado para participar de uma partida dos ex-alunos do Colégio Mackenzie em uma partida contra o Palestra Itália que terminou empatada em 4x4
Títulos |
CA Paulistano
Campeonato Paulista: 1918, 1919, 1921, 1926, 1927 e 1929
Torneio Inicio: 1924, 1926, 1928
Taça Competência: 1918, 1919, 1921
Taça Ioduran: 1918
Copa dos Campeões Estaduais: 1920
São Paulo FC
Campeonato Paulista: 1931
Torneio Inicio: 1932
Taça Competência: 1931
Torneio dos Cinco Clubes: 1934- Troféu Festival da APEA: 1931
Taça dos Campeões Estaduais de São Paulo e do Rio de Janeiro : 1932
Seleção Paulista
Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais: 1922, 1923
Seleção Brasileira
Campeonato Sul-Americano de Futebol: 1919, 1922
Copa Roca: 1914
Artilheiro |
Campeonato Paulista - Mackenzie - 1912
Campeonato Paulista - Paulistano - 1914
Campeonato Paulista - Ypiranga - 1917
Campeonato Paulista - Paulistano - 1918
Campeonato Paulista - Paulistano - 1919
Campeonato Paulista - Paulistano - 1921
Campeonato Paulista - Paulistano - 1927
Campeonato Paulista - Paulistano - 1928
Campeonato Paulista - Paulistano - 1929
Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais - Seleção Paulista - 1922
Campeonato Sul-Americano de Futebol - Seleção Brasileira - 1919
Honrarías |
- 5º Maior jogador Brasileiro do século XX pela IFFHS: (1999)[20]
- 13º Maior jogador Sulamericano do século XX pela IFFHS : (1999)[21]
- 54º Maior Jogador do Século XX pela IFFHS : (1999)
Lendas e Mitos |
“ | “Fried não foi rei, não fez mais de mil gols. Não se impressione com as mentiras. Fique com as verdades. Essas já fazem de Arthur Friedenreich um jogador de poucos similares."[22] | ” |
Em 2013, o jornalista Luiz Carlos Duarte lançou o livro "Friedenreich – A saga de um craque nos primeiros tempos do futebol brasileiro", buscando derrubar lendas e mitos envoltos em seu nome.[23]
Os mais famosos são os mais de mil gols marcados em sua carreira, e a história de nunca ter perdido penaltis.
Gols Marcados na Carreira |
Entre 1909 e 1935:[nota 1]
554 gols em 561 partidas, média de 0,99 gols por partida.[24][25], Alexandre da Costa, no livro O Tigre do futebol
558 gols em 562 partidas - Orlando Duarte e Severino Filho, no livro Fried versus Pelé
105 gols em 125 partidas - Memorial do São Paulo Futebol Clube
Chegou a ser anunciado que Friedenreich fez 1.239 gols,[26] segundo um colega centroavante Mário de Andrade que até então mantinha anotações dos gols de Friedenreich mas que nunca foram recuperadas.[27]
Segundo levantamento do jornalista Alexandre da Costa, autor do livro O Tigre do Futebol, Friedenreich converteu uma média superior à de Pelé, 0,99 por jogo, contra 0,93 de Pelé[24] ou 0,987 gols/jogo contra 0.931/jogo.[28]
Pênaltis Perdidos |
Ao contrário do que é dito, de que Friedenreich nunca perdeu um pênalti na carreira[29], o site RSSSF Brazil aponta 12 pênaltis perdidos por Fried ao longo de sua carreira, a saber:[14]
- Ipriranga 2 x 1 Paulistano (20 de dezembro de 1914)
- Paysandu 4 x 0 Brasil (3 de maio de 1916)
- Paulistano 1 x 3 Ipiranga (20 de julho de 1919)
- Paulistano 2 x 0 Santos (28 de setembro de 1919)
- Paulistano 3 x 1 São Bento (1 de outubro de 1920)
- Paulistano 5 x 2 Primeiro de Maio (1 de maio de 1923)
- Paulistano 1 x 1 Santos (3 de maio de 1924)
- Paulistano 6 x 0 Independência (18 de abril de 1926)
- Paulistano 2 x 2 Independência (5 de junho de 1927)
- Paulistano 9 x 0 União da Lapa (16 de setembro de 1928)
- Paulistano 3 x 0 Paulista (2 de junho de 1929)
- São Paulo 2 x 2 Palestra (6 de setembro de 1931)
Notas e referências
Notas
↑ ab Como se pode ver, o número de gols varia. Realmente, é muito difícil ter a conta exata de gols e partidas de Friedenreich, em especial pelo fato de que na época os jornais davam mais destaque até à criação de pombos que ao futebol. Sendo assim, muitos jogos nunca foram registrados ou, se foram, não possuem detalhes como o placar ou quem marcou os gols. O trabalho realizado por Alexandre da Costa pesquisando os jornais "Correio Paulistano" e "O Estado de S. Paulo" chegou a 554 gols em 561 jogos. Contudo, em boa parte daquelas partidas constam apenas seus resultados, não quem fez os gols. O que não impede, de acordo somente com esses dados, que "El Tigre" tenha marcado bem mais gols que os encontrados pelo pesquisador. De qualquer forma, os números efetivamente registrados ficam em torno de 550 gols em 560 partidas, ou seja, a conta de mais de 1.329 gols (ou 1.239), considerada pela FIFA como oficial, não é levada mais a sério por boa parte da imprensa, embora ainda possua seus ferrenhos defensores. Os números hoje considerados como os corretos ainda concedem ao craque uma média impressionante: 0,98 gols por partida, maior até que a de Pelé, que é de 0,93. O Memorial do São Paulo FC, informa que foram resgatados mais 2 gols de Friedenreich, em jogo amistoso realizado em São Carlos contra o Ruy Barbosa FC, no dia 22 de março de 1932 (conforme jornal Gazeta de 23 de maio de 1932 e Estado de São Paulo de 24 de maio de 1932).
Referências
↑ «Soldados do São Paulo Futebol Clube na Revolução de 1932. Hoje é 9 de Julho!»
↑ Costa, Alexandre (1999). O tigre do futebol. São Paulo: DBA. p. 13
↑ Gonçalves Junior, René D (2008). Friedenreich e a reinvenção de São Paulo. o futebol e a vitória na fundação da metrópole (Tese de Dissertação (Mestrado em História)). São Paulo: FFLCH/USP. p. 51
↑ Wisnik, José M (2008). Veneno remédio: o futebol e o Brasil. São Paulo: Companhia das Letras. p. 222
↑ Risério, Antônio (2007). A escola brasileira de futebol. In: A utopia brasileira e os movimentos negros. São Paulo: Editora 34. p. 302
↑ O Estado de S. Paulo, 26 out. 1893, p. 1.
↑ O Estado de S. Paulo, 13 dez. 1900, p. 2.
↑ Correio Paulistano, 22 fev. 1929, p. 6.
↑ ab Gambeta, Wilson R (2013). A bola rolou. o velódromo paulista e os espetáculos de futebol (1895/1916) (Tese de Doutorado em História Social). São Paulo: Universidade de São Paulo. p. 384-385. 408 páginas
↑ Duarte, Luiz C (2012). Friedenreich: a saga de um craque nos primeiros tempos do futebol brasileiros. São Caetano do Sul: Casa Maior. p. 17-20
↑ http://www.futebolnacional.com.br/infobol/championship.jsp?code=6657. Página visitada em 30 de setembro de 2014.
↑ http://terceirotempo.bol.uol.com.br/que-fim-levou/araken-patusca-2472. Página visitada em 30 de setembro de 2014.
↑ [1]
↑ ab rsssfbrasil.com/ All Matches Played and Goals Scored by Arthur Friedenreich 1909-1935
↑ Romano, Léo. Um tigre na guerra. Aventuras na História. Editora Abril, n. 23, jul.2005. p. 10-11.
↑ Romano, p. 11.
↑ literaturanaarquibancada.com/ Friedenreich: a saga de um craque
↑ https://www.google.com.br/maps/place/R.+Arthur+Friedenreich+-+Vila+Rio+Branco,+S%C3%A3o+Paulo+-+SP/@-23.5125667,-46.4981584,17z/data=!3m1!4b1!4m2!3m1!1s0x94ce609321275b61:0xed92f20cf1b3a5f6?hl=pt-BR. Página visitada em 30 de setembro de 2014.
↑ «Histórico de Jogos». rsssfbrasil. Consultado em 11 de setembro de 2012
↑ «Prêmios». rsssf. Consultado em 11 de setembro de 2012
↑ «Prêmios». rsssf. Consultado em 11 de setembro de 2012
↑ André Kfouri e Paulo Vinícius Coelho, Os 100 Melhores Jogadores Brasileiros de Todos os Tempos, Ediouro, 2010, página 89
↑ folha.uol.com.br/ Livro busca derrubar os mitos sobre Friedenreich
↑ ab Gustavo Poli; Lédio Carmona. Almanaque Do Futebol. Casa da Palavra; 2006. ISBN 978-85-7734-002-6. Cap. Grandes craques, item Arthur Friedenreich
↑ Editora Abril. Placar Magazine. Editora Abril; June 1999. p. 91.
↑ Editora Abril. Placar Magazine. Editora Abril; 6 de março de 1981. p. 32.
↑ Paul Simpson; Uli Hesse. Who Invented the Stepover?: and other crucial football conundrums. Profile; 2013. ISBN 978-1-84765-842-5. p. 95.
↑ FOLHA.com, "El Tigre" vive!, Juca Kfouri, 3 de julho de 2011
↑ books.google.com.br/ Placar Magazine Out 1994
Ligações externas |
- Hall da Fama - JB Online
- Relação de jogos e gols de Arthur Friedenreich
- Os gols de El Tigre
- Notícias da época de jogador
- Vem aí o Prêmio Friedenreich para o artilheiro do futebol brasileiro