Estrada de Ferro Carajás

Multi tool use
Multi tool use







































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Estrada de Ferro Carajás


Mapa da EF-315

Mapa EF Carajas.png
Trecho em operação (em verde).

EF
EF-315
Abreviações
EFC
Área de operação

Pará e Maranhão
Tempo de operação

1985–Presente

Bitola

Bitola irlandesa
1 600 mm (5,25 ft)
Frota
200+ locomotivas
14000+ vagões
Extensão
892 km (554 mi)
Interconexão Ferroviária

Ferrovia Norte-Sul
Ferrovia São Luís–Teresina
Portos Atendidos

Porto do Itaqui
Operadora

Vale S.A.

Website

[1]

A Estrada de Ferro Carajás (EF-315), também conhecida pela sigla EFC, é uma ferrovia diagonal brasileira com 892 km de extensão, em bitola larga, operada pela mineradora Vale S.A.. Passa pelos estados do Maranhão e do Pará, ligando o Porto do Itaqui no município de São Luís (MA) a Marabá e Parauapebas (PA). Sua denominação no Plano Nacional de Viação é EF-315, mas também foi apelidada de Ferrovia Carajás-Itaqui. Apesar dos problemas enfrentados pelo transporte de passageiros de longa distância no Brasil, este sistema transporta atualmente cerca de 1.500 usuários por dia.


É a maior ferrovia de transporte de passageiros em operação no Brasil, possuindo 5 estações e 10 paradas, percorrendo São Luís (MA), Santa Inês (MA), Açailândia (MA), Marabá (PA) e Parauapebas (PA). Entretanto, a EF-315 é especializada no transporte de cargas minerais, extraídas das minas da Serra dos Carajás, e levados até os portos da Baía de São Marcos no Maranhão para exportação[1]. Por seus trilhos, são transportados mais de 120 milhões de toneladas de carga e 350 mil passageiros por ano.[2]


A EF-315 está ainda interligada com outras duas ferrovias: a Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) e a Ferrovia Norte-Sul. A primeira atravessa, principalmente, sete estados da região Nordeste e a segunda corta os estados de Goiás, Tocantins e Maranhão, facilitando a exportação de grãos produzidos no sul do estado, bem como do norte de Tocantins pelo Portos de Itaqui e Ponta da Madeira, no Maranhão.[3]




Índice






  • 1 História


    • 1.1 Programa Grande Carajás


    • 1.2 Obras e inauguração


    • 1.3 Duplicação


    • 1.4 Ramal Ferroviário Sudeste do Pará




  • 2 Transporte de passageiros


  • 3 Estatísticas


    • 3.1 Quantidades transportadas


    • 3.2 Velocidade




  • 4 Galeria


  • 5 Referências





História |




Ficheiro:Vídeo Companhia Vale do Rio Doce Sociedade Anônima 01.webmReproduzir conteúdo

Projeto Carajás, 1980. O programa Grande Carajás foi criado pela Companhia Vale do Rio Doce durante o governo do presidente João Batista Figueiredo. Imagem do Fundo da Companhia Vale do Rio Doce Sociedade Anônima.


A história da EF-315 está atrelada ao surgimento, desenvolvimento e exploração do Programa Grande Carajás (PGC).[4] As obras da ferrovia se iniciaram em 1982 e foram finalizadas em 1985, com a inauguração da ferrovia pelo então presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo.[5]



Programa Grande Carajás |




Trem de minério da Estrada de Ferro Carajás em Açailândia.


Com o descobrimento das reservas minerais da Serra dos Carajás em 1966, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) se associou com a U.S. Steel fundando em 1970 a Amazônia Mineração S. A. (AMZA).[6]


Em 1976 os estudos de engenharia do PGC foram concluídos, e a concessão dada pelo governo federal ao consórcio AMZA para construção e operação da ferrovia entre a Serra de Carajás e a Ponta da Madeira, no litoral do Maranhão.[7]


Em 1977 a CVRD adquiriu da U.S. Steel as ações restantes da AMZA, assumindo com exclusividade a responsabilidade pela implantação do PGC.



Obras e inauguração |


A construção da Estrada de Ferro Carajás foi iniciada com o lançamento dos trilhos nos primeiros 15 km em agosto de 1982, prosseguido as obras, sendo alcançada a divisa entre os estados de Maranhão e Pará em setembro de 1984.[6]


Com a conclusão da grande ponte sobre o rio Tocantins (Ponte Mista de Marabá), em outubro de 1984, o lançamento final dos trilhos foi encerrado em 15 de fevereiro de 1985[6].


A ferrovia foi oficialmente inaugurada em 28 de fevereiro de 1985, com a presença do então presidente da república João Figueiredo, iniciando-se imediatamente o transporte de minérios de ferro e de manganês para exportação[8]. Mesmo após a inauguração oficial a construção de pátios intermediários ao longo de toda a extensão da ferrovia ainda prosseguiu, sendo inaugurado oficialmente o transporte comercial de passageiros em março de 1986.


O transporte de grãos e derivados de petróleo iniciou-se em 1985, todos embarcando do terminal de Açailândia[6].


A partir de 1988 várias usinas para produção de ferro gusa foram inauguradas as margens da ferrovia[6], nos municípios de Marabá, Santa Inês e Açailândia.[9] O escoamento do ferro gusa também é feito pela ferrovia.



Duplicação |





Trem de passageiros da EF-315.


Desde 2010 a Estrada de Ferro Carajás está passando por um processo de duplicação, que pode vir a diminuir os atrasos no transporte de passageiros e cargas da ferrovia.[10] Está prevista a duplicação de 570 quilômetros desta malha, incluindo a construção de um novo ramal ferroviário com 101 quilômetros (ligando a nova mina Canaã S11D, perto de Carajás, à ferrovia)[11].


Em junho de 2017, a obra contava com 66% de avanço físico, totalizando 367 quilômetros duplicados.[12]


Este projeto, o maior investimento em logística da história da Vale, ainda inclui a expansão dos terminais ferroviário e marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA). Com o fim das obras, a capacidade de transporte dos atuais 150 milhões de toneladas será elevada para 230 milhões de toneladas por ano a partir de 2018, em um projeto total estimado em US$ 7,9 bilhões[11].[13].



Ramal Ferroviário Sudeste do Pará |


Com obras iniciadas em fevereiro de 2014, o Ramal Ferroviário Sudeste do Pará é a maior obra de extensão realizada na ferrovia, desconsiderando a duplicação, que é somente de aumento da capacidade em si.[14]


Com orçamento calculado em 40 bilhões, é a obra mais cara da Vale, no entanto considerada de vital importância para mineradora, visto que dá acesso a áreas minerais de importância estratégica.[14]


Possui 101,1 km de extensão, sendo 85,3 km de linha principal e 15,8 km na pêra ferroviária. Estabelece ligação entre o km 858 da EF-315, situada
em Parauapebas, e o projeto S11D, em Canaã dos Carajás.[15]


O impacto ambiental e social da obra foi no entanto gigantesco, com comunidades inteiras sendo removidas de suas áreas tradicionais, além de destruição de áreas de preservação ambiental.[15]


A conclusão do ramal se deu em 2016, com a licença de operações saindo no mesmo ano, no entanto ainda em fase de testes. A operação comercial iniciou-se, de fato, em 2017.[16]



Transporte de passageiros |


O transporte de passageiros liga as cidades de Parauapebas à capital do Maranhão, sendo de grande importância para maranhenses e paraenses por se tratar de um transporte seguro e mais barato que a opção rodoviária.


As partidas de São Luís no Maranhão são às segundas, quintas e sábados às 8h (geralmente com pelo menos 30 minutos de atraso) e de Parauapebas no Pará às terças, sextas e domingos às 6 da manhã. O horário previsto para chegada em São Luís, que seria às 21h30, raramente é cumprido, devendo o passageiro se prevenir para atrasos de no mínimo uma hora, podendo chegar a sete horas.


A linha conta com as seguintes paradas:


Tabela de Paradas e Horários Estimados[17][18]















































































































































































































Origem

Destino

Chegada

Partida

Direção
Anjo da Guarda (São Luís)

Arari
08:00
10:30
Ida

Arari

Vitória do Mearim
10:16
10:37
Ida

Vitória do Mearim

Santa Inês
10:40
11:46
Ida

Santa Inês

Alto Alegre do Pindaré
11:56
12:51
Ida

Alto Alegre do Pindaré
Mineirinho (Alto Alegre)
12:56
13:16
Ida
Mineirinho (Alto Alegre)
Auzilândia (Alto Alegre)
13:19
13:37
Ida
Auzilândia (Alto Alegre)

Altamira
13:40
13:59
Ida

Altamira
Presa de Porco ou Vila Pindaré (Buriticupu)
14:02
14:25
Ida
Presa de Porco ou Vila Pindaré (Buriticupu)
Nova Vida (Bom Jesus das Selvas)
14:30
15:21
Ida
Nova Vida (Bom Jesus das Selvas)

Açailândia
15:26
17:31
Ida

Açailândia

São Pedro da Água Branca
17:41
19:54
Ida

São Pedro da Água Branca

Marabá
19:57
21:21
Ida

Marabá
Itainopólis (Marabá)
21:31
22:19
Ida
Itainopólis (Marabá)

Parauapebas
22:22
23:50
Ida

Parauapebas
Itainopólis (Marabá)
06:00
07:28
Volta
Itainopólis (Marabá)

Marabá
07:31
08:19
Volta

Marabá

São Pedro da Água Branca
08:29
09:53
Volta

São Pedro da Água Branca

Açailândia
09:56
12:09
Volta

Açailândia
Nova Vida (Bom Jesus das Selvas)
12:19
14:24
Volta
Nova Vida (Bom Jesus das Selvas)
Presa de Porco ou Vila Pindaré (Buriticupu)
14:29
15:20
Volta
Presa de Porco ou Vila Pindaré (Buriticupu)

Altamira
15:25
15:48
Volta

Altamira
Auzilândia (Alto Alegre)
15:51
16:10
Volta
Auzilândia (Alto Alegre)
Mineirinho (Alto Alegre)
16:13
16:31
Volta
Mineirinho (Alto Alegre)

Alto Alegre do Pindaré
16:34
16:54
Volta

Alto Alegre do Pindaré

Santa Inês
16:59
17:54
Volta

Santa Inês

Vitória do Mearim
18:04
19:10
Volta

Vitória do Mearim

Arari
19:13
19:34
Volta

Arari
Anjo da Guarda (São Luís)
19:40
22:00
Volta


Estatísticas |


Os maiores trens do mundo[19] trafegam na Estrada de Ferro Carajás. A maioria das composições chega a ter 330 vagões, puxados por três locomotivas. Como combustível, os trens usam o B20 – mistura de 20% de biodiesel vegetal com 80% de diesel -, diminuindo consideravelmente a emissão de CO2.



Quantidades transportadas |


Em 2016, EF-315 transportou 156,6 milhões de toneladas de carga, sendo 151,8 milhões de toneladas em minério de ferro, além de cobre, níquel, grãos (soja, farelo e milho), combustível e celulose. [20] O Terminal de Grãos do Porto do Itaqui (Tegram) recebe em média 26 mil toneladas de grãos (soja e milho) por dia.[21]


Em 2015, foram transportadas 4,2 milhões de toneladas de grãos pela ferrovia[22].


De janeiro a outubro de 2017, foram escoados 5,5 milhões de toneladas de grãos pela EF-315, um crescimento de 31% entre 2017 e 2015. [23]


De 2014 a 2017, foram escoados 11,7 milhões de toneladas de grãos entre Porto Nacional (TO) e o Porto de Itaqui (São Luís).[24]


O Porto do Itaqui exportou 1,184 milhões de toneladas de papel e celulose de janeiro a outubro de 2017, produzidos pela unidade da unidade da Suzano Papel e Celulose em Imperatriz (MA), trazidos pela Ferrovia Norte Sul e Ferrovia Carajás.[25]


Em 2015, 1,2 bilhões de litros de combustível circularam pela EF-315 do Porto do Itaqui, em São Luís (MA), com destino à Marabá (PA), Açailândia (MA), e Palmas (TO).[26]



Velocidade |


A ferrovia possui raio mínimo de curva de 860 m e rampa máxima de 0,4% no sentido exportação, o que permite uma velocidade máxima de 132 km/h.[27]


No sentido importação a rampa máxima é de 1%. A VMA padrão é de até 80 km/h quando a via não se encontra com restrição, tais restrições podendo reduzir a velocidade para 40 km/h geralmente, exceto para trens de minério carregados, cuja VMA é de 65 km/h.[28]



Galeria |




Referências





  1. Ferroviário - ANTT


  2. «Informações sobre a Estrada de Ferro Carajás - Vale». www.vale.com. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 


  3. «Informações sobre a Estrada de Ferro Carajás - Vale». www.vale.com. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 


  4. «Estrada de Ferro Carajás - EFC». Portal Brasil 


  5. «Cidade - História». Prefeitura de Parauapebas 


  6. abcde «Estrada de Ferro Carajás» (PDF). Agência Nacional de Transportes Ferroviários 


  7. «Estrada de Ferro Carajás». Vale S.A. 


  8. «Histórico». Ministério dos Transportes 


  9. MACHADO, Paulo Fernando. «O polo sídero-metalúrgico de Carajás: gênese de uma nova região industrial?». Revistas FEE 


  10. «Vale prepara maior expansão da história em Carajás». IG Economia 


  11. ab «Vale enfrenta a crise com investimentos | O Imparcial». O Imparcial. 30 de março de 2017 


  12. «Estrada de Ferro Carajás investe na duplicação da malha – Transporte Moderno». transportemodernoonline.com.br. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 


  13. «Estrada de Ferro Carajás investe na duplicação da malha – Transporte Moderno». transportemodernoonline.com.br. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 


  14. ab «Sudeste do Pará abre alas para mais um monstrengo alegórico de 3,5 km levar minérios da terra.». Pebinha de Açúcar. 30 de junho de 2013 


  15. ab Faustino, Cristiane.; Furtado, Fabrina. (2013). Mineração e Violações de Direitos: O projeto Ferro Carajás S11D, da VALE S.A - Relatório da Missão de Investigação e Incidência (PDF) 1 ed. Açailândia: Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)


  16. «Vale obtém Licença de Operação para Ramal Ferroviário do Projeto S11D». Vale. 15 de setembro de 2016 


  17. «E. F. Carajás -- Estações Ferroviárias do Estado do Pará». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 9 de abril de 2018 


  18. «TrainRoutes - Todos os Itens». www.vale.com. Consultado em 9 de abril de 2018 


  19. «Vale responde por 96% do minério de ferro exportado pelo Brasil». Pará Negócios. 15 de abril de 2008. Consultado em 7 de janeiro de 2009 


  20. «Ferro Carajás movimentou mais de 156 milhões de toneladas em 2016». Jornal O Estado do Maranhão 


  21. Rural, Canal. «Terminal portuário do Maranhão prevê aumento de embarque de grãos e farelo». Canalrural 


  22. «Safra recorde intensifica transporte de grãos sobre trilhos no Brasil». Agronegócio | Gazeta do Povo 


  23. REDAÇÃO. «Portos e Navios - Cresce a movimentação de grãos no Centro-Norte; VLI já movimentou mais de cinco milhões de toneladas este ano» 


  24. «Norte-Sul sai atrás de carga para fazer ferrovia render». Folha de S.Paulo 


  25. Redação. «Portos e Navios - Itaqui movimenta 16,3 milhões de toneladas de janeiro a outubro» 


  26. «EFC gera economia de combustível e mais segurança para população do Maranhão». www.vale.com. Consultado em 4 de fevereiro de 2018 


  27. «Velocidade Máxima das Ferrovias Brasileiras». Felipe e Kássia - Brasil e Polska 


  28. [www.antt.gov.br/concessaofer/efc/Anexos_contrato_concessao.pdf «Concessões»] Verifique valor |url= (ajuda) (PDF). Agência Nacional de Transportes Terrestres 





O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Estrada de Ferro Carajás
































































































































































Ícone de esboço
Este artigo sobre transporte ferroviário é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.



kwJ4UyKN7 p8GqbCicH1v
3CTxNxFQH dovF67C73ibENHvDm w7HNIwAnbhTh5yxdbheub,az7 cNSP 1WW,BcSU

Popular posts from this blog

Monofisismo

Angular Downloading a file using contenturl with Basic Authentication

Olmecas