Nettie Stevens

Multi tool use
Nettie Stevens | |
---|---|
![]() | |
Nome completo |
Nettie Maria Stevens |
Conhecido(a) por |
descobrir que alguns tipos de cromossomos são diferentes entre os sexos; foi a primeira em apontar que as diferenças entre os cromossomos poderiam estar ligados aos atributos físicos dos indivíduos, especialmente a diferença entre machos e fêmeas |
Nascimento |
7 de julho de 1861 Cavendish, Vermont |
Morte |
4 de maio de 1912 (50 anos) Baltimore, Maryland |
Residência |
Estados Unidos |
Nacionalidade |
norte-americana |
Instituições |
Stanford |
Campo(s) |
Biologia, genética |
Nettie Maria Stevens (7 de julho de 1861- 4 de maio de 1912) foi uma bióloga norte-americana de destaque no século XIX. Ela e Edmund Beecher Wilson foram os primeiros a descrever a base cromossómica de definição sexual nos organismos.
Índice
1 Biografia
2 Referências
3 Outras leituras
4 Ligações externas
Biografia |
Nettie Maria Stevens nasceu em 7 de julho de 1861. Foi uma estudante excepcional, tendo completado em dois anos o curso de quatro anos da Westfield Normal School (hoje a Westfield State University) em Massachusetts.[1]
Ela se formou como a primeira da turma, recebendo o bacharelado por Stanford em 1899 e o mestrado no ano seguinte, voltando à escola para ser professora.[2] Seu doutorado saiu em 1903. Stevens continuou seus estudos em citologia no Bryn Mawr, onde foi influenciada pelo trabalho do antigo diretor do Departamento de Biologia, Edmund Beecher Wilson e por seu sucessor T. H. Morgan.[1] Nettie também estudou organismos marinhos na Europa em Helgoland e Nápoles.[2][3]
Nettie foi a primeira mulher nos Estados Unidos reconhecida por sua contribuição para a ciência. Ela descobriu que alguns tipos de cromossomos são diferentes entre os sexos ao observar insetos. A descoberta foi a primeira em apontar que as diferenças entre os cromossomos poderiam estar ligados aos atributos físicos dos indivíduos, especialmente a diferença entre machos e fêmeas. O trabalho foi completado em 1905 após Nettie observar várias espécies de insetos, onde o cromossomo Y foi identificado no verme do milho Tenebrio molitor. Ela logo deduziu que a base cromossômica do sexo dependia da presença ou ausência do Y. Seus estudos expandiram os conhecimentos em embriologia e citogenética na época, mas Nettie morreu devido a um câncer de mama, no Hospital Johns Hopkins, em 1912, antes de conseguir uma posição em uma universidade para dar aulas.[3]
Logo após sua morte, Thomas Hunt Morgan escreveu um obituário extenso para o periódico Science,[4] onde alegava que ela era mais uma técnica de laboratório do que uma cientista, o que foi desmentido por uma carta escrita pelo próprio Morgan onde ele afirmava que "entre as estudantes de graduação que tive nestes últimos doze anos, nenhum era tão capaz e independente em pesquisa do que a senhorita Stevens".[5]
Nettie Stevens também foi a primeira a reconhecer que as fêmeas possuem cromossomos maiores. Wilson, que não tinha observado isso, chegou a resubmeter seu artigo e agradeceu à Nettie pela descoberta. Este estudo permitiu a Wilson que unisse as teorias dos idiocromossomos com os heterossomos (cromossomos sexuais), o que mostra que Nettie Stevens foi essencial para o processo. A maioria dos textos de biologia creditam a Morgan o mapeamento da localização dos genes nos cromossomos da mosca de fruta Drosophila melanogaster, mas em geral não dizem que foi Nettie quem introduziu a mosca no laboratório de Morgan para estudos.
Nettie Stevens foi enterrada em Westfield, Massachusetts, ao lado do túmulo do pai, Ephraim, e sua irmã, Emma.[2]
Referências |
↑ ab «Nettie Maria Stevens (1861-1912)». The Marine Biological Laboratory. Consultado em 18 de agosto de 2013. Cópia arquivada em 31 de março de 2013
↑ abc «Nettie Maria Stevens - Turn-of-the-century Stanford alumna paved path for women in biology» (PDF). Stanford Historical Society. Consultado em 18 de agosto de 2013. Cópia arquivada (PDF) em 5 de julho de 2010
↑ ab Gilgenkrantz, Simone (15 de outubro de 2008). «Nettie Maria Stevens (1861-1912)» (em français). Clérey-sur-Brénon, France: Médecine/Sciences. Consultado em 18 de agosto de 2013. Cópia arquivada em 17 de agosto de 2013 !CS1 manut: Língua não reconhecida (link)
↑ Morgan, T.H. (12 de outubro de 1912). «The Scientific Work of Miss N. M. Stevens». Science. 36 (298): 468–470. doi:10.1126/science.36.928.468. Consultado em 13 de julho de 2013
↑ Wessel, Gary M. (13 de setembro de 2011). «Y does it work this way?» (PDF). Wiley. Molecular Reproduction and Development. 78 (9). Consultado em 20 de agosto de 2013
Outras leituras |
Brush, S G (junho de 1978). «Nettie M. Stevens and the discovery of sex determination by chromosomes». United States. Isis; an international review devoted to the history of science and its cultural influences. 69 (247): 163–72. ISSN 0021-1753. PMID 389882. doi:10.1086/352001
Ogilvie, M B; Choquette C J (agosto de 1981). «Nettie Maria Stevens (1861-1912): her life and contributions to cytogenetics». United States. Proceedings of the American Philosophical Society. 125 (4): 292–311. ISSN 0003-049X. PMID 11620765
Gilgenkrantz, Simone (outubro de 2008). «Nettie Maria Stevens (1861-1912)». France. Med Sci (Paris). 24 (10): 874–8. ISSN 0767-0974. PMID 18950586. doi:10.1051/medsci/20082410874
Ligações externas |
- Biografia de Nettie Stevens
Cleveland, Hillary. «Women in Science». 3/6/09. Bryn Mawr College. Consultado em 20 de junho de 2013
TLN2jmyd0,LTX dqa g2OTYQn v1AgJ GvMKZ