Filosofia islâmica







































A filosofia islâmica ou árabe[1] faz parte dos chamados "estudos islâmicos". Os filósofos desse ramo buscam alcançar uma harmonia entre os ensinamentos religiosos do Islão e a razão. De um ponto de vista Ocidental, a filosofia islâmica teve o grande mérito de despertar a renovação filosófica da cultura medieval.[2]


A palavra islã significa "submissão" incondicional à vontade de Alá (Deus). Seus seguidores, os muçulmanos, acreditam que sua fé foi revelada por Alá ao profeta Maomé, cujas palavras foram reunidas no livro sagrado do islamismo, o Alcorão.




Índice






  • 1 Idade Média


    • 1.1 Avicena


    • 1.2 Averróis


    • 1.3 Al-Ghazali


    • 1.4 Shahab al-Din Yahya ibn Habash Suhrawardi


    • 1.5 Outros Filósofos Islâmicos medievais




  • 2 Idade Moderna


  • 3 Idade Contemporânea


  • 4 Referências


  • 5 Ligações externas





Idade Média |



Ver artigo principal: Filosofia islâmica clássica

A produção de comentários sobre a filosofia grega se manteve, no Império Bizantino, durante séculos, o que garantiu a preservação de grande parte da obra de Aristóteles. De lá, a tradição aristotélica passou ao mundo árabe, onde floresceu mesclada ao neoplatonismo - retornando posteriormente à Europa.



Avicena |



Ver artigo principal: Avicena

Avicena (Bucara, 980 — Hamadã, 1037) foi um célebre filósofo e médico persa da Idade Média. Avicena foi o maior filósofo islâmico do período. Elaborou um vasto sistema filosófico, continuando a tradição aristotélico-platônica de Alcindi e Alfarábi - este último, o mais antigo e conhecido entre os filósofos islâmicos do século X.


Pressupondo a unidade da filosofia, Avicena procurou conciliar as doutrinas de Platão e Aristóteles. Utilizou-se das ideias aristotélicas para provar a existência de Deus, alegando que, Nele, existência e essência são iguais: Deus é igual à sua essência e fonte do ser de outras coisas.


Sua influência no Oriente não foi duradoura devido à oposição dos teólogos ortodoxos. No Ocidente, contudo, Avicena foi decisivo para a difusão do pensamento de Aristóteles nos séculos XII e XIII, tendo influenciado filósofos posteriores, como Duns Scotus, Alberto Magno e Tomás de Aquino, que nutriam grande admiração por ele.



Averróis |



Ver artigo principal: Averróis

Averróis (Córdoba, 1126 — Marraquexe, 1198) foi um filósofo, médico e polímata muçulmano andalusino. Membro de uma família de juristas, estudou medicina e filosofia. É um dos maiores conhecedores e comentaristas de Aristóteles. Aliás, o próprio Aristóteles foi redescoberto na Europa graças aos árabes, e os comentários de Averróis muito contribuíram para a recepção do pensamento aristotélico. Averróis também se ocupou com astronomia e direito canônico muçulmano.


Sua filosofia é um misto de aristotelismo com algumas nuanças platônicas. A influência aristotélica se revela em sua ideia da existência do mundo de modo independente de Deus (ambos são coeternos) e de que também não existe providência divina. Já seu platonismo aparece em sua concepção de que a inteligência, fora dos seres, existe como unidade impessoal.



Al-Ghazali |



Ver artigo principal: Al-Ghazali

Al-Ghazali nasceu num pequeno vilarejo ao arredor da cidade de Tus, no Irã oriental, no ano de 450 depois da Hégira. Filósofo islâmico, desenvolveu um precoce interesse pelo sufismo, a forma islâmica de misticismo religioso individual e organizado, e recebeu instrução particular sobre os métodos dos seus praticantes, os Sufis. Ghazali viveu em retiro privado, trabalhando com frequência em empregos servis, escrevendo, passando tempo em contemplação e aprendendo mais ainda sobre uma vida de ascetismo e misticismo com vários sufis. Os seus escritos tiveram grande influência do aristotelismo.



Shahab al-Din Yahya ibn Habash Suhrawardi |



Ver artigo principal: Shahab al-Din Yahya ibn Habash Suhrawardi

Shahab al-Din Yahya ibn Habash Suhrawardi elaborou um pensamento decorrente da filosofia peripatética desenvolvida por Ibn Sina (Avicena), a filosofia iluminacionista de Suhrawardi é crítica a diversas posições de Ibn Sina e se afasta radicalmente dele na criação de uma linguagem simbólica (derivada principalmente da antiga cultura Iraniana ou Farhang-e Khosravani) para dar expressão a sua sabedoria (hikma). Suhrawardi ensinou uma profunda e complexa cosmologia emanacionista, na qual toda a criação é uma sucessiva efusão original da Suprema Luz das Luzes. O fundamento da sua filosofia é pura luz imaterial, onde nada é manifesto, e que se revela da Luz das Luzes numa ordem decrescente de intensidade cada vez menor, através de uma complexa interação, dando origem a um conjunto de luzes horizontais, similar ao conceito Platônico das formas, que governa a realidade mundana. Em outras palavras, o universo e todos os níveis da existência são graus diversificados de luz—luz e escuridão. Na sua divisão dos corpos, ele categoriza os objetos em termos da sua recepção ou não recepção da luz.



Outros Filósofos Islâmicos medievais |



  • Alfarábi

  • Alcindi

  • Alhazen



Idade Moderna |



Idade Contemporânea |


  • Nasr Hamid Abu Zayd



Estátua de Averróis em Córdova



Commons

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Referências




  1. MATTAR, J. Introdução à Filosofia. São Paulo. Pearson Prentice Hall. 2010. p. 274.


  2. SPINELLI, Miguel, "Os árabes e a renovação filosófica da cultura medieval", In: Herança Grega dos Filósofos Medievais, São Paulo: Editora Hucitec, 2013, pp.178-232.



Ligações externas |



  • FERRATER MORA, J.. Dicionário de filosofía, Volume 2. Verbete: "Filosofia árabe", pp 1066-1069




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