Batalha de Cadésia
Batalha de Cadésia | |||
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Conquista islâmica da Pérsia | |||
Iluminura da batalha no Épica dos Reis, século X | |||
Data | 635 ou 636 [a] | ||
Local | Cadésia (atualmente no Iraque) | ||
Desfecho | Vitória árabe | ||
Mudanças territoriais | Iraque anexado pelo Califado Ortodoxo | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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Baixas | |||
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Batalha de Cadésia Localização da batalha no que é hoje o Iraque |
A Batalha de Cadésia ou al-Qadisiyya (em árabe: معركة القادسيّة; transl.: Ma'rakat al-Qādisiyyah; em persa: نبرد قادسيه), também conhecida pelas formas transliteradas Kadisiya ou Kadesiah, foi uma batalha travada em 635 ou 636[a] entre os exércitos do Califado Ortodoxo e do Império Sassânida, no contexto da conquista islâmica da Pérsia.
Índice
1 Contexto
2 A batalha
3 Notas
4 Referências
5 Bibliografia
Contexto |
Nos anos que se seguiram à morte de Maomé (junho de 632) assistiu-se à expansão árabe no Médio Oriente, nomeadamente na Mesopotâmia (atual Iraque). Esta região foi conquistada ao Império Sassânida, que tinha sido fundado em 226 d.C. Em 634, os persas tinham logrado repelir uma primeira tentativa de invasão.[carece de fontes]
Por volta do ano 636, Rostam Farruquezade, comandante-em-chefe do exército persa e conselheiro do imperador Isdigerdes III (r. 632–651) conduz 80 000 homens para lá do rio Eufrates onde se enfrentam à tropas muçulmanas na batalha de Cadésia. Alguns criticaram a decisão de confrontar os árabes nos seus territórios, à beira do deserto, e diz-se que os persas poderiam ter resistido se se tivessem mantido na margem oposta do Eufrates.[carece de fontes]
A batalha |
O califa Omar enviou 30 000 cavaleiros árabes sob o comando de Saade ibne Abi Uacas contra o exército persa, que era reforçado pelos seus vassalos arménios, 3 000 homens comandados pelo general Mamicônio Muchel III, filho de Davi e 1 000 homens de Gregório II, príncipe de Siunique.[1]
No primeiro dia da batalha, a cavalaria árabe é posta em debandada pelos elefantes de guerra persas.[2] No terceiro dia, a infantaria muçulmana conseguem inverter a situação. Os persas tentam fugir, mas Rostam é capturado e decapitado. Muchel III Mamicônio e dois dos seus sobrinhos, bem como Gregório de Siunique, os seus filhos,[3] e Xariar, da importante família Canarangiã, também são mortos. Os generais Hurmurzan, o Medo, e Firuzan, o Persa conseguem escapar.[carece de fontes]
Segundo as fontes muçulmanas, as baixas dos persas foram enormes, enquanto que os árabes perderam apenas 7 500 homens. O tamanho das forças em presença e a disparidade de perdas podem ter sido exagerados ulteriormente, mas é indiscutível que os árabes ganharam a batalha e que esta foi decisiva. Uma das suas consequência diretas da derrota persa foi a queda da capital sassânida, Ctesifonte, no ano seguinte.[carece de fontes]
Notas |
[a] ^Embora alguns autores refiram que a batalha ocorreu entre 16 e 19 de novembro de 636, não há acordo entre os historiadores em relação à precisão dessa data. O historiador persa Al-Tabari (838–923) fala em «durante o 14º ano da Hégira», o que corresponde ao final de 635 ou início de 636.[4] Janine e Dominique Sourdel indicam março de 636 ou de 637.[5] Parvaneh Pourshariati aponta para 635.[1]
Referências
↑ ab Pourshariati 2008, p. 232.
↑ Fargues 2010, p. 66-73.
↑ Pourshariati 2008, p. 233.
↑ al-Tabari, p. 153
↑ Sourdel 2004.
- Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em francês, cujo título é «Bataille d'al-Qadisiyya», especificamente desta versão.
Bibliografia |
al-Tabari; Zotenberg, Hermann (trad.) (século IX ou X), La chronique: histoire des prophètes et des rois, ISBN 9782742733187 (em francês), 2, Actes-Sud (publicado em 2001) Parâmetro desconhecido|chaper=
ignorado (ajuda)
Sourdel, Janine; Sourdel, Dominique (2004), Dictionnaire historique de l'Islam (em francês), Presses Universitaires de France
Pourshariati, Parvaneh (2008), Decline and fall of the Sasanian empire: the Sasanian-Parthian confederacy and the Arab conquest of Iran, ISBN 9781845116453 (em inglês), Londres: I.B. Tauris. Iran Heritage Foundation
Fargues, Cyril (setembro de 2010), «Les Éléphants de guerre», Histoire antique & médiévale (em francês) (51)