Renda (tecido)






Rendeira de Bilro, no Ceará.


A renda é um tecido transparente de malha aberta, fina e delicada, que forma desenhos variados com entrelaçamentos de fios de linho, seda, algodão[1] ou até mesmo de ouro.


É por vezes aplicada como guarnição de vestidos, alfaias e paramentos.


Na sua maioria, as rendas compõem-se de dois elementos:



  • O desenho ou motivo;

  • O fundo, que mantém o desenho unido.


São dois os principais tipos de renda: a renda de bilros e a renda de agulha. Entre outros tipos, incluem-se o crochê (executado com uma agulha) e o frivolité, preparado com naveta, uma espécie de lançadeira, que forma nós com as linhas.




Índice






  • 1 Renda de bilros


  • 2 Renda de agulha


  • 3 Renda renascença


  • 4 Dia da Rendeira


  • 5 Referências


  • 6 Ver também


  • 7 Ligações externas





Renda de bilros |


A origem da Renda de Bilros é desconhecida. Associa-se a renda de bilros aos flamengos da Bélgica porque nesse país a renda se tornou uma verdadeira indústria importante. Ela esta presente também em outros países como em Portugal, na Espanha, na França, etc. No Brasil a renda esta presente em muitos estados brasileiros mas principalmente na região litorânea. A Renda de Bilros também é conhecida renda do norte, renda do Ceará ou renda da terra.



Renda de agulha |


O fundo, para a renda de agulha, pode ser de tela aberta ou de filetes ligados. Os rendeiros desenham o motivo em papel-pergaminho e fixam-no num fundo de linho encorpado. A renda é executada preenchendo o desenho com pontos caseados. O desenho pode ser preparado separadamente e o fundo acrescentado depois.



Renda renascença |


Renda renascença é um trabalho exclusivamente artesanal. Sua trama é executada a partir de um desenho riscado em papel manteiga, fixado em almofada e executada com agulha comum, utilizando linha e lacê (fita de algodão que une as tramas). As peças demoram de semanas a um ano para ficarem prontas, dependendo do tamanho.


Sua origem data do século XVI na Europa, daí o nome renascença. Veio para o Brasil com os portugueses e foi ensinada em Pernambuco nos conventos e colégios internos. A renda renascença chegou a Poção (Pernambuco) na década de 30, pelas mãos de uma senhora famosa na cidade, Maria Pastora. A cidade de Pesqueira, vizinha a Poção também destaca-se pela produção deste tipo de renda.


Poção (Pernambuco) é o maior produtor de renda renascença do Brasil.[2] Hoje o Brasil exporta renda para sete países da América, Europa e Ásia.



Dia da Rendeira |


O Dia da Rendeira no Brasil foi criado pela primeira vez da história do Brasil por Ômi Rendero em maio de 2009. O Dia da Rendeira é comemorado dia 04 de maio, o mês de maio foi escolhido por ser o mês das mães e avós que ensinam essa arte para suas filhas, o dia 04 é em homenagem aos quatro operações básicas para se fechar o ponto.


O município de Florianópolis decidiu então criar um outro dia para comemorar o dia da rendeira e criaram o dia 21 de outubro para festejar essa data.[3]



Referências




  1. No Nordeste Brasileiro, utiliza-se o fio de algodão


  2. Poção, a cidade e suas rendas. Diário de Pernambuco, 31 de julho de 2008.


  3. suldailha.com.br: Lei torna 21 de outubro Dia da Rendeira em Florianópolis , acessado em 30 de novembro de 2009



Ver também |


  • Bilro


Ligações externas |



  • Poção, a cidade e suas rendas. Diário de Pernambuco, 31 de julho de 2008. (consultado em 20 de Fevereiro de 2010)






























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