Partido Comunista Italiano

















































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Partido Comunista Italiano
Partito Comunista Italiano




Fundação

21 de janeiro de 1921 (como PCd'I)
15 de maio de 1943 (como PCI)

Dissolução

3 de janeiro de 1991

Sede

Via delle Botteghe Oscure, Roma,  Itália

Ideologia

Comunismo
Socialismo democrático
Eurocomunismo

Espectro político

Esquerda

Publicação

L'Unità

Sucessor

Partido Democrático de Esquerda (ala maioritária)
Partido da Refundação Comunista (ala minoritária)

Membros
989.708 (1991)
máx: 2.252.446 (1947)

Afiliação internacional

Comintern (1921–1943)
Cominform (1947–1956)

Grupo no Parlamento Europeu

Comunistas e Aliados (1973–1989),
Esquerda Unida Europeia (1989–1991)

Cores

Vermelho



O Partido Comunista Italiano (em italiano: Partito Comunista Italiano, PCI) é a denominação assumida a partir 15 de maio de 1943, pelo Partido Comunista da Itália (em italiano, Partito Comunista d'Italia), seção italiana da Terceira Internacional.




Índice






  • 1 História


  • 2 Resultados Eleitorais


    • 2.1 Eleições legislativas


      • 2.1.1 Câmara dos Deputados


      • 2.1.2 Senado




    • 2.2 Eleições europeias




  • 3 Líderes


  • 4 Referências


  • 5 Ver também


  • 6 Ligações externas





História |


O PCI nasceu em 21 de janeiro de 1921, de uma cisão da esquerda do Partido Socialista Italiano (PSI), liderada por Amadeo Bordiga e Antonio Gramsci, que abandonaram o Teatro Goldoni, em Livorno, durante o XVII Congresso Socialista, convocando o congresso constitutivo do novo partido, no Teatro San Marco.


Nos seus primeiros anos, o partido foi dominado por uma tendência majoritária, mais à esquerda, constituída em torno de Amadeo Bordiga. Assim como os comunistas russos, o Partido Comunista da Itália tinha como objetivos destruir o Estado burguês, abolir o capitalismo e realizar o comunismo através da revolução e da ditadura do proletariado, nos termos definidos por Lenin. Mas, por ocasião do seu III Congresso, realizado clandestinamente em janeiro de 1926, na cidade de Lyon, ocorre uma decisiva mudança de orientação, com a aprovação das chamadas Teses de Lyon, de Gramsci, após o que a esquerda de Bordiga passa a ser minoritária, acusada de sectarismo, sendo posteriormente expulsa do partido, em 1930, sob a acusação de trotskismo.


O partido contribui para a luta contra o regime fascista, através da sua participação na Resistência italiana e, em 1943, altera sua denominação, após a dissolução da III Internacional. No pós-guerra, em 1948, renuncia à tomada violenta do poder e, a partir de 1956, adota a "via italiana para o socialismo" - a via parlamentar, formulada por Palmiro Togliatti, secretário do partido, desde a prisão de Gramsci.


Na década de 1970, o PCI será um dos principais expoentes do eurocomunismo, uma corrente de oposição ao stalinismo, favorável ao pluralismo político, com respeito à democracia ocidental. Não obstante um gradual distanciamento em relação ao PCUS, promovido sobretudo por Enrico Berlinguer - sucessor de Luigi Longo na direção do Partido - o Partido Comunista Italiano permaneceu por muito tempo ligado à União Soviética e manteve relações com todos os partidos comunistas do chamado bloco comunista. Mesmo após a manifestação pública de suas divergências com o PCUS, continuou sendo subsidiado pela URSS. Somente no período 1971-1990, o PCI teria recebido secretamente 47 milhões de dólares do governo soviético - contra 50 milhões enviados ao Partido Comunista Francês e 42 milhões, ao Partido Comunista dos Estados Unidos da América.[1]


À medida que o PCI se fortalece, a Itália vai-se tornando um país claramente dividido entre comunistas e democratas cristãos - até então a principal força política do país. A partir do massacre da Piazza Fontana, em dezembro de 1969, o país entra nos anos de chumbo - que só deverão terminar após o atentado da gare de Bolonha, em 1980.


Em 1976, o PCI conseguiu quase 35% dos votos, tornando-se o maior partido comunista do Ocidente. Enrico Berlinguer, secretário do PCI, tenta então estabelecer um pacto para unir o país, através do chamado "compromisso histórico" com a Democracia Cristã (DC). Mas o assassinato do líder democrata cristão Aldo Moro, em maio de 1978, pelas Brigadas Vermelhas, traumatiza o país e coloca um fim à experiência de aproximação entre os dois maiores partidos da península, na época. Anos depois (em 2000), um relatório parlamentar da coalizão de centro-esquerda A Oliveira concluirá que o assassinato de Moro teria sido "apoiado pelos Estados Unidos, para impedir o PCI e, em menor grau, o PSI, de chegar ao poder na Itália". Mais precisamente, teria sido operado através da infiltração de agentes da rede Gladio nas Brigadas Vermelhas. A Gladio fazia parte de um vasto conjunto de células secretas da OTAN, que colaboravam com a CIA (stay-behinds), dentro da estratégia da tensão.


Em 1991, o PCI se dissolve, sendo sucedido pelo Partido Democrata de Esquerda (PDS, que posteriormente passou a se chamar Democratas de Esquerda, DS), mas a ala mais radical se separa dessa decisão, criando partidos que se reclamam como continuadores do comunismo em Itália: Partido da Refundação Comunista (PRC) e o Partido dos Comunistas Italianos (PdCI).


O anterior chefe de Estado da Itália, Giorgio Napolitano, membro dos Democratas de Esquerda, foi um dos principais expoentes do PCI a partir da década de 1950.



Resultados Eleitorais |



Eleições legislativas |



Câmara dos Deputados |


















































































































































Data
Líder
Votos
%
+/-
Deputados
+/-
Status
1921

Amadeo Bordiga
304 719 (7.º)

00000000000004.7


4,7 / 100




0000000000000015


15 / 535



Oposição
1924

Antonio Gramsci
268 191 (5.º)

00000000000003.7


3,7 / 100



Baixa1,0

0000000000000019


19 / 535



Aumento4
Oposição
1929
Banido
1934
1946

Palmiro Togliatti
4 356 686 (3.º)

00000000000018.9


18,9 / 100




0000000000000104


104 / 556




Governo
1948

Palmiro Togliatti

Frente Democrática Popular

0000000000000130


130 / 574



Aumento26
Oposição
1953

Palmiro Togliatti
6 120 809 (2.º)

00000000000022.6


22,6 / 100




0000000000000143


143 / 590



Aumento13
Oposição
1958

Palmiro Togliatti
6 704 454 (2.º)

00000000000022.7


22,7 / 100



Aumento0,1

0000000000000140


140 / 596



Baixa3
Oposição
1963

Palmiro Togliatti
7 767 601 (2.º)

00000000000025.3


25,3 / 100



Aumento2,6

0000000000000166


166 / 630



Aumento26
Oposição
1968

Luigi Longo
8 557 404 (2.º)

00000000000026.9


26,9 / 100



Aumento1,3

0000000000000177


177 / 630



Aumento11
Oposição
1972

Enrico Berlinguer
9 072 454 (2.º)

00000000000027.1


27,1 / 100



Aumento0,2

0000000000000179


179 / 630



Aumento2
Oposição
1976

Enrico Berlinguer
12 622 728 (2.º)

00000000000034.4


34,4 / 100



Aumento7,3

0000000000000228


228 / 630



Aumento49
Oposição
1979

Enrico Berlinguer
11 139 231 (2.º)

00000000000030.4


30,4 / 100



Baixa4,0

0000000000000201


201 / 630



Baixa27
Oposição
1983

Enrico Berlinguer
11 032 318 (2.º)

00000000000029.9


29,9 / 100



Baixa0,5

0000000000000198


198 / 630



Baixa3
Oposição
1987

Alessandro Nata
10 254 591 (2.º)

00000000000026.6


26,6 / 100



Baixa3,3

0000000000000177


177 / 630



Baixa21
Oposição


Senado |




































































































Data
Votos
%
+/-
Deputados
+/-
Status
1948

Frente Democrática Popular

0000000000000050


50 / 237



Oposição
1953
6 120 809 (2.º)

00000000000022.6


22,6 / 100




0000000000000056


56 / 237



Aumento6
Oposição
1958
6 704 454 (2.º)

00000000000022.2


22,2 / 100



Baixa0,4

0000000000000060


60 / 246



Aumento4
Oposição
1963
6 933 842 (2.º)

00000000000025.2


25,2 / 100



Aumento3,0

0000000000000084


84 / 315



Aumento24
Oposição
1968
8 583 285 (2.º)

00000000000030.0


30,0 / 100



Aumento4,8

0000000000000101


101 / 315



Aumento17
Oposição
1972
8 475 141 (2.º)

00000000000028.1


28,1 / 100



Baixa1,9

0000000000000094


94 / 315



Baixa7
Oposição
1976
10 640 471 (2.º)

00000000000033.6


33,6 / 100



Aumento5,7

0000000000000116


116 / 315



Aumento22
Oposição
1979
9 859 004 (2.º)

00000000000031.5


31,5 / 100



Baixa2,3

0000000000000109


109 / 315



Baixa7
Oposição
1983
9 579 699 (2.º)

00000000000030.8


30,8 / 100



Baixa0,7

0000000000000107


107 / 315



Baixa2
Oposição
1987
9 181 579 (2.º)

00000000000028.3


28,3 / 100



Baixa2,5

0000000000000101


101 / 315



Baixa6
Oposição


Eleições europeias |



































Data
Votos
%
+/-
Deputados
+/-

1979
10 361 344 (2.º)

00000000000029.6


29,6 / 100




0000000000000024


24 / 81




1984
11 714 428 (1.º)

00000000000033.3


33,3 / 100



Aumento3,7

0000000000000027


27 / 81



Aumento3

1989
9 598 369 (2.º)

00000000000027.6


27,6 / 100



Baixa5,7

0000000000000022


22 / 81



Baixa5


Líderes |


Os secretários-gerais (cargo histórico nos partidos comunistas e socialistas, que equivale ao de presidente) do PCI foram:




  • Amadeo Bordiga (1921-1924)


  • Antonio Gramsci (1924-1926)


  • Camilla Ravera (1927–1930)


  • Palmiro Togliatti (1930–1934)


  • Ruggero Grieco (1934–1938)


  • Palmiro Togliatti (1938–1964)


  • Luigi Longo (1964-1972)


  • Enrico Berlinguer (1972-1984)


  • Alessandro Natta (1984-1988)


  • Achille Occhetto (1988-1991)


Em dois breves períodos (entre 1972 e 1980; e entre 1989 e 1991), o PCI também teve presidentes. Foram eles:



  • Luigi Longo (1972–1980)

  • Alessandro Natta (1989–1990)


  • Aldo Tortorella (1990–1991)



Referências




  1. ÉTIENNE, Genovefa e MONIQUET, Claude. Histoire de l'espionnage mondiale, t. 2, Éditions du Félin, 2001, p. 268-269



Ver também |



  • Manifesto do Partido Comunista

  • Comunismo

  • Franco Freda



Ligações externas |




  • Site oficial do DS (em italiano)


  • Site oficial do PRC (em italiano)


  • Site oficial do PdCI (em italiano)





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