Trombose


























Trombose


Trombose venosa profunda na perna direita do paciente, com aparente inchaço e vermelhidão.

Especialidade

angiologia, cirurgia vascular, hematologia
Classificação e recursos externos

CID-10

I80-I82

CID-9

437.6, 453, 671.5, 671.9

MeSH

D013927

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Trombose é a formação de um trombo no interior do coração ou de um vaso sanguíneo num indivíduo vivo. Tromboembolia seria o termo usado para descrever tanto a trombose quanto sua complicação que seria o embolismo. Já os coágulos sanguíneos ocorrem, num indivíduo vivo, fora do sistema cardiovascular ou, num indivíduo morto dentro dos vasos e no coração.


Às vezes pode ocorrer em uma veia situada na superfície do corpo, logo abaixo da pele. Nesse caso é chamada de tromboflebite superficial ou simplesmente tromboflebite ou flebite.




Índice






  • 1 Causas


  • 2 Tipo/classificação


  • 3 Tratamentos


  • 4 Embolização


  • 5 Fatores de Risco


  • 6 Referências


  • 7 Ver também


  • 8 Ligações externas





Causas |




Diagrama de um trombo formado na corrente sanguínea.


Geralmente, a trombose é causada devido a uma anomalia em um ou mais itens da Tríade de Virchow abaixo relacionados:



  1. Composição do sangue (hipercoagulabilidade)

  2. Qualidade das paredes venosas

  3. Natureza do fluxo sanguíneo (hemodinâmica)


Além dessas causas o choque térmico pode levar a um tipo de trombose que pode ser revertido.


A formação do trombo é geralmente causada por um dano nas paredes do vaso, ou ainda por um trauma ou infecção, e também pela lentidão ou estagnação do fluxo sanguíneo, ocasionado por alguma anomalia na coagulação sanguínea. Após a coagulação intravascular, formam-se uma massa deforme de hemácias, leucócitos e fibrina.



Tipo/classificação |


Em geral, existem duas formas distintas de trombose:




  • Trombose venosa

    • Trombose venosa profunda (TVP) - quando o coágulo se forma em veias profundas, no interior dos músculos.

    • Trombose da veia renal

    • Trombose da veia hepática (Síndrome de Budd-Chiari)


    • Síndrome de Paget-Schroetter (Trombose venosa nos membros superiores)

    • Trombose da veia porta renal (Trombose que afeta principalmente a face, devido a choque térmico, em alguns casos os membros superiores, conhecida com mal de Tairkan).

    • Síndrome do desfiladeiro torácico (a causa da maioria das tromboses venosas nos membros superiores que não têm relação com um trauma)



  • Trombose arterial


    • Acidente vascular cerebral (AVC)

    • Trombose da artéria aorta Abdominal.


    • Infarto do miocárdio (geralmente uma trombose na coronária devida a uma ruptura em uma placa aterosclerótica)

    • Síndrome do desfiladeiro torácico (pode precipitar uma trombose tanto arterial como venosa)




Em todo caso, o trombo irá causar uma inflamação na veia ou artéria, podendo ficar apenas no local inicial de formação ou se espalhar ao longo desta, causando a sua obstrução parcial ou total.



Tratamentos |


O tratamento da trombose visa prevenir a formação de coágulos e dissolver os que já se formaram. Para isso, a principal classe de medicamentos usados são os anticoagulantes. Alguns representantes são a heparina, enoxaparina, warfarina e rivaroxabana.


É também possível dissolver os trombos formados com o uso de ativador de plasminogênio tecidual (t-PA), administrado por via intravenosa. Essa medicação requer monitoramento devido ao seu alto risco de hemorragias.


Alternativas não medicamentosas incluem o uso de massageadores pneumáticos ou meias de compressão, que ativam a circulação e impedem que o sangue fique estagnado nos vasos, sobretudo de membros inferiores.



Embolização |


Se uma infecção bacteriológica está presente no lugar onde ocorre a trombose, o trombo pode se romper, espalhando partículas da substância infectada por todo o sistema circulatório e configurando um abscesso metastático onde quer que elas parem. Sem infecção, o trombo pode desprender-se e entrar na circulação como um êmbolo (coágulo), alojando-se e obstruindo completamente a veia sanguínea (um infarto). Os efeitos de um infarto dependem de onde ele ocorreu.


A maioria dos trombos, não obstante, se organizam em proteína fibrilar, e a veia trombótica é gradualmente recanalizada com a ajuda de fibrinolíticos.



Fatores de Risco |


O risco de desenvolver uma trombose pode ser aumentada por alguns fatores tais como:




  • Estase - permanecer em inatividade prolongada (por exemplo viagem de avião ou de carro);


  • Traumatismo na veia - algum traumatismo que provoque lesão nas veias;

  • Prática do tabagismo;

  • Uso de anticoncepcionais;

  • O avanço da idade;

  • Predisposição genética.


Quando uma trombose é diagnosticada uma das primeiras suspeitas recaem sobre a combinação do uso de anticoncepcionais aliado à prática do tabagismo, sobretudo se o paciente possui 35 anos ou mais. Outras hipóteses como trauma na veia, por infecção, cateterismo, introdução de medicação venosa também podem estar desencadeando uma trombose.[1] Alguns fatores genéticos como o Fator V de Leiden,[2] com prevalência de até 5% na população caucasiana, e a Protrombina fator II, podem aumentar significativamente a predisposição de desenvolver uma trombose, sobretudo quando combinada a outros fatores de risco.



Referências




  1. «Trombose». Portal Saúde. 05 de fevereiro de 2009. Consultado em 30 de abril de 2010  Verifique data em: |data= (ajuda)


  2. José M. P. Godoy (20 de fevereiro de 2006). «Factor V Leiden». Consultado em 30 de abril de 2010 



Ver também |


  • Anticoagulantes


Ligações externas |




  • Sociedade Brasileira de Cirurgia Vascular, Trombose.

  • Trombrose: por Drauzio Varella

  • Trombose e Viagens: O Que Você Precisa Saber

  • Risco, Profilaxia e Orientações : Tudo sobre trombose

  • Orientações para Trombose Venosa Profunda





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